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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Analistas recomendam ações de C&Ps
Nas últimas semanas, o setor de papel e celulose tem recebido uma atenção especial dos investidores e analistas, por conta dos aumentos recentes dos preços da commodity, além da boa demanda internacional. Embora os estoques mundiais de celulose estejam em níveis historicamente altos, os preços internacionais seguem em trajetória ascendente em junho, afirma o banco Brascan, em relatório.

Na contramão do setor siderúrgico, que está caminhando para uma estabilização nos preços do aço, o setor de papel e celulose segue com perspectivas mais favoráveis no curto prazo. Apesar da estabilidade dos preços da celulose em maio na Europa em U$ 580 por tonelada, já foram anunciados para junho um aumento de U$ 30 por tonelada nesta região.

Mesmo com estoques em alta, preços devem subir

Os estoques de determinada mercadoria são um importante sinalizador de tendência de seus preços. Se os estoques aumentam demais, os preços tendem a cair. Nesse sentido, de acordo com o banco Brascan, o nível de estoques mundiais de celulose em abril de 2004 ficou 3% acima do patamar de março deste ano e 14% acima de um ano atrás, por conta da queda dos embarques em abril.

No entanto, estes números não preocupam os analistas do Brascan, já que, na Europa, os estoques diminuíram 4% em abril, ao contrário do restante do mundo. Além disso, um fato positivo para as empresas brasileiras é que o aumento dos estoques mundiais ocorreu de forma mais acentuada para os produtores de fibra longa, do que para os produtores de fibra curta, onde estão incluídos os brasileiros.

Desta maneira, a perspectiva dos analistas é de que, após o anúncio de aumento de preços na Europa em junho, novos aumentos deverão ser praticados na Ásia e EUA. Nessas regiões, porém, os aumentos deverão ser mais tímidos, já que os compradores estão mais estocados, segurando as compras para evitar alta de preços.

Suzano irá aumentar preços em junho

No mercado interno, por sua vez, as perspectivas são também favoráveis, no que se refere aos preços da celulose. Segundo o banco Pactual, a recuperação da atividade econômica deverá ser positiva para o setor no segundo trimestre de 2004. No entanto, o crescimento da demanda pela commodity deverá se tornar mais evidente no terceiro trimestre, por conta de fatores sazonais e retomada da economia, afirmam os analistas.

O grupo Suzano, um dos maiores produtores de celulose de eucalipto para exportação, informou no final do mês passado que seus preços devem subir em junho no mercado interno, cerca de US$ 30 por tonelada, sinalizando que as outras empresas do setor também podem reajustar os preços.

Para se ter uma idéia, nos últimos seis meses, os preços praticados pela Suzano subiram cerca de US$ 120 a tonelada, com reajustes em quase todos os meses deste ano, exceto janeiro. No mercado internacional, o preço vendido pelo grupo Suzano oscila atualmente em torno de US$ 595 nos Estados Unidos, US$ 580 na Europa e US$ 560, bem acima dos recordes históricos, em torno de US$ 520 a tonelada.

Principais apostas dos analistas

Neste cenário de boas perspectivas para o setor de papel e celulose, tanto no mercado interno, quanto externo, os analistas são unânimes em recomendar papéis de empresas deste setor. A Suzano é a principal aposta dos analistas, tendo em vista a defasagem dos preços desta ação. Enquanto que a Aracruz PNB subiu 10,22% no mês passado, as ações da Suzano se valorizaram apenas 1,61%.

Para o banco Pactual, a expectativa de aumentos do preço da celulose, principalmente no terceiro trimestre de 2004, deve favorecer as empresas do setor. Assim, as principais recomendações do banco são VCP, Suzano e Ripasa, com bom potencial de valorização no curto prazo.

O banco Brascan, por sua vez, tem como principais indicações as ações da Klabin, Suzano e VCP. Segundo o banco, a análise leva em consideração o potencial de valorização das ações, os indicadores fundamentalistas e o cenário favorável para estas empresas. O maior potencial de valorização, segundo relatório do Brascan, é verificado nas ações da Klabin.

Por fim, a corretora Socopa trocou a totalidade das ações da Aracruz por ações da Ripasa, em sua carteira de recomendações aos clientes, acreditando que as ações da Ripasa estão com preços defasados. Além disso, as melhores perspectivas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) devem favorecer mais a Ripasa, já que esta empresa visa o mercado nacional, enquanto que a Aracruz é predominantemente exportadora.

Fonte: Celulose Online – 04/06/2004

Fonte:

Jooble Neuvoo

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