Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Universidade da Floresta começa a funcionar em 2005
O governo acreano, a bancada federal do Estado, sob o comando do deputado Henrique Afonso (PT), e três ministérios do governo Lula estão dando o pontapé inicial para começar a implantar ainda este ano no Acre o projeto que deverá despertar a atenção de todo o mundo, em particular dos setores envolvidos com a exploração sustentável da floresta amazônica, considerada a maior do planeta.
A semente do referido projeto já está plantada e caminha a passos rápidos para dar os frutos que vai transformar o Acre, em definitivo, num gerador de conhecimento e tecnologia capazes de ajudar a sua população extrativista a transformar em produtos, destinados às mais variadas necessidades humanas, toda a grande riqueza da fauna e da flora existente na floresta acreana.
O projeto em questão atende pelo nome de Universidade da Floresta, a primeira do gênero no Brasil, que vai reunir, a partir do próximo ano, professores, cientistas, técnicos, especialistas e trabalhadores extrativistas que irão gerar o conhecimento científico e tecnológico sobre a flora e a fauna que existe na floresta.
O chamado projeto executivo da futura Universidade, que define todas as ações a serem executadas para a instituição começar a funcionar, já está pronto e conta com recursos iniciais de mais de R$ 3,1 milhões, assegurados em sua maior parte (R$ 2,6 milhões) pelos deputados e senadores da bancada acreana no Orçamento da União deste ano. Outros R$ 500 mil já foram garantidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, que divide com os ministérios da Educação e do Meio Ambiente a parceria federal no projeto.
Elaborado sob a coordenação da Secretaria de Educação do Estado e da Universidade Federal do Acre (Ufac), o projeto executivo prevê ações que começaram a ser discutidas num grande seminário realizado em outubro do ano passado, que reuniu mais de 400 pessoas em Cruzeiro do Sul, onde vai ser sediada a instituição.
A partir deste seminário, a idéia de fundar a primeira instituição de nível superior com enfoque no desenvolvimento sustentável da floresta passou a contar com muitos outros parceiros, entre os quais a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de Viçosa (MG), a Embrapa, os três ministérios e os gabinetes dos senadores Tião Viana (PT-AC) e Sibá Machado (PT-AC) e do deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), o político da região do Juruá que desde o inicio do projeto vem coordenando as ações políticas em Brasília e em outros Estados do país para a concretização do sonho de levar a ciência para dentro da selva acreana.
Concluído o projeto executivo, ele será apresentado agora em maio aos ministros da Educação, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, que vão acertar com a Secretaria de Educação, a Ufac e outras instituições envolvidas, os próximos procedimentos e os convênios interministeriais que terão de ser assinados para tornar a Universidade da Floresta uma realidade.
A articulação da parceria entre os ministérios vem sendo comandada pela ministra acreana Marina Silva, do Meio Ambiente.
Projeto executivo prevê Instituto de Biodiversidade
Pelo projeto executivo, a primeira Universidade da Floresta do Brasil será formada por uma estrutura institucional flexível, formada pelo tripé da capacitação técnica, do ensino superior e da pesquisa avançada. Isso será alcançado pelas três unidades integradas que formarão a instituição, que são o Instituto de Biodiversidade e Manejo Sustentável de Recursos Naturais, o Campus Avançado da Ufac e o Centro de Formação da Floresta, que contará com unidades instaladas em áreas indígenas, nas chamadas unidades de conservação e nos Projetos de Assentamento Florestal (PAFs), cujos dois primeiros da Amazônia foram lançados na recente viagem que o presidente Lula fez ao Acre. O Centro de Formação da Floresta é equivalente ao Centro Vocacional Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia.
A futura Universidade da Floresta, de acordo ainda com seus formuladores, contará com a infra-estrutura que hoje serve ao ensino em Cruzeiro do Sul e com a reforma do Campus da Ufac e das instalações do antigo Projeto Rondônia no município. Os recursos humanos virão da Ufac em Rio Branco e em Cruzeiro, que serão acrescidos de equipes científicas cedidas pelas instituições de ensino superior de outros estados.
O projeto executivo a ser mostrado aos ministros prevê ainda que, nos próximos 10 anos, a Universidade da Floresta acreana contará, no Vale do Juruá, como bases de pesquisa e capacitação o Campus Canela Fina, onde será sediado o Instituto da Biodiversidade; as instalações do antigo Projeto Rondon, onde funcionará a área de demonstração; e as unidades previstas para serem instaladas nas áreas do rio Croa, dos índios Ashaninka, da reserva extrativista do Alto Juruá e do Parque Nacional da Serra do Divisor, onde se encontra uma das regiões de maior biodiversidade do planeta.
Fora do Juruá, a Universidade da Floresta contará, também, como bases de pesquisa e capacitação, com o sítio da Comissão Pró-Índio do Acre, em Rio Branco; com a reserva extrativista Chico Mendes, no Vale do Acre; com um centro associado de Assis Brasil e com um centro associado de Pucallpa-Peru.
A instituição vai dispor inicialmente de três pesquisadores âncoras ligados ao CNPq, à Ufac e à Unicamp, de 10 bolsas do CNPq para doutores recém formados, de 15 bolsas do Ministério da Educação (Capes) para pós-graduados e de 60 bolsas para iniciação científica de graduados. Além disso, contará com 100 bolsas para pesquisadores e monitores socioambientais e com outras 100 para agentes e técnicos agroflorestais.
Curso superior especial para indígenas Segundo reza ainda o projeto executivo, a Universidade da Floresta oferecerá até 2005 cursos de Enfermagem, de Português e Espanhol, de Terceiro Grau Indígena (programa especial), Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais, História e Geografia e Ciências Sociais, com demanda para o desenvolvimento comunitário, gestão e conservação e proteção de direitos intelectuais.
O projeto executivo prevê o início dos cursos no próximo ano, quando serão ofertadas 40 vagas para Letras P-I, 40 para Pedagogia, 40 para Terceiro Grau Indígena, Letras P-E e 40 para Manejo de Recursos e Ecologia. Para 2005, além de mais 40 vagas para cada um desses cursos, serão ofertadas 40 vagas para Enfermagem, 40 para Ciências, 40 para geografia, 40 para Historia e 40 para Antropologia e Arqueologia.
No Instituto de Biodiversidade e Manejo Sustentável dos Recursos Naturais, as linhas de pesquisa, que contarão com orientações teóricas e metodológicas de pesquisadores atualmente envolvidos com estudos na região, serão realizadas sobre manejo sustentável dos recursos naturais, dinâmica de uso da terra e planejamento sustentável da paisagem, tecnologias da floresta, biodiversidade e diversidade social, economia do desenvolvimento sustentável, história, antropologia e patrimônio cultural e sobre medicina da floresta.
Os moradores de terras indígenas, reservas extrativistas, assentamentos agroflorestais e do parque nacional serão os focos de atuação dos Centros de Formação da Floresta, que vão funcionar como elo de ligação entre a comunidade e a universidade, entre o conhecimento científico e o conhecimento tradicional, sem hierarquias, mas enriquecendo as experiências já existentes e atendendo a crescente exigência em criar e experimentar modelos alternativos de ensino para a região amazônica, incluindo a urgência na elaboração de materiais didáticos adequados.
Os centros de formação serão estruturados em unidades itinerantes e fixas na floresta. Nas unidades itinerantes, serão disponibilizados barcos e ônibus equipados com laboratórios e equipamentos de ponta adaptados para apoiar os cursos básicos a serem oferecidos nas diferentes localidades da região do Alto Juruá.
Nas unidades fixas, serão montadas estruturas em localidades estratégicas do Alto Juruá, de acordo com áreas de pesquisa e capacitação do Instituto da Biodiversidade, além de uma estrutura em Cruzeiro do Sul, dispondo de equipamentos que vão possibilitar, também, a realização de cursos técnicos para pessoas que completaram o ensino médio e não possuem a qualificação necessária para atender às demandas da região voltadas para as propostas de desenvolvimento sustentável.
Fonte: Página 20 – 03/05/2004
A semente do referido projeto já está plantada e caminha a passos rápidos para dar os frutos que vai transformar o Acre, em definitivo, num gerador de conhecimento e tecnologia capazes de ajudar a sua população extrativista a transformar em produtos, destinados às mais variadas necessidades humanas, toda a grande riqueza da fauna e da flora existente na floresta acreana.
O projeto em questão atende pelo nome de Universidade da Floresta, a primeira do gênero no Brasil, que vai reunir, a partir do próximo ano, professores, cientistas, técnicos, especialistas e trabalhadores extrativistas que irão gerar o conhecimento científico e tecnológico sobre a flora e a fauna que existe na floresta.
O chamado projeto executivo da futura Universidade, que define todas as ações a serem executadas para a instituição começar a funcionar, já está pronto e conta com recursos iniciais de mais de R$ 3,1 milhões, assegurados em sua maior parte (R$ 2,6 milhões) pelos deputados e senadores da bancada acreana no Orçamento da União deste ano. Outros R$ 500 mil já foram garantidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, que divide com os ministérios da Educação e do Meio Ambiente a parceria federal no projeto.
Elaborado sob a coordenação da Secretaria de Educação do Estado e da Universidade Federal do Acre (Ufac), o projeto executivo prevê ações que começaram a ser discutidas num grande seminário realizado em outubro do ano passado, que reuniu mais de 400 pessoas em Cruzeiro do Sul, onde vai ser sediada a instituição.
A partir deste seminário, a idéia de fundar a primeira instituição de nível superior com enfoque no desenvolvimento sustentável da floresta passou a contar com muitos outros parceiros, entre os quais a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de Viçosa (MG), a Embrapa, os três ministérios e os gabinetes dos senadores Tião Viana (PT-AC) e Sibá Machado (PT-AC) e do deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), o político da região do Juruá que desde o inicio do projeto vem coordenando as ações políticas em Brasília e em outros Estados do país para a concretização do sonho de levar a ciência para dentro da selva acreana.
Concluído o projeto executivo, ele será apresentado agora em maio aos ministros da Educação, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, que vão acertar com a Secretaria de Educação, a Ufac e outras instituições envolvidas, os próximos procedimentos e os convênios interministeriais que terão de ser assinados para tornar a Universidade da Floresta uma realidade.
A articulação da parceria entre os ministérios vem sendo comandada pela ministra acreana Marina Silva, do Meio Ambiente.
Projeto executivo prevê Instituto de Biodiversidade
Pelo projeto executivo, a primeira Universidade da Floresta do Brasil será formada por uma estrutura institucional flexível, formada pelo tripé da capacitação técnica, do ensino superior e da pesquisa avançada. Isso será alcançado pelas três unidades integradas que formarão a instituição, que são o Instituto de Biodiversidade e Manejo Sustentável de Recursos Naturais, o Campus Avançado da Ufac e o Centro de Formação da Floresta, que contará com unidades instaladas em áreas indígenas, nas chamadas unidades de conservação e nos Projetos de Assentamento Florestal (PAFs), cujos dois primeiros da Amazônia foram lançados na recente viagem que o presidente Lula fez ao Acre. O Centro de Formação da Floresta é equivalente ao Centro Vocacional Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia.
A futura Universidade da Floresta, de acordo ainda com seus formuladores, contará com a infra-estrutura que hoje serve ao ensino em Cruzeiro do Sul e com a reforma do Campus da Ufac e das instalações do antigo Projeto Rondônia no município. Os recursos humanos virão da Ufac em Rio Branco e em Cruzeiro, que serão acrescidos de equipes científicas cedidas pelas instituições de ensino superior de outros estados.
O projeto executivo a ser mostrado aos ministros prevê ainda que, nos próximos 10 anos, a Universidade da Floresta acreana contará, no Vale do Juruá, como bases de pesquisa e capacitação o Campus Canela Fina, onde será sediado o Instituto da Biodiversidade; as instalações do antigo Projeto Rondon, onde funcionará a área de demonstração; e as unidades previstas para serem instaladas nas áreas do rio Croa, dos índios Ashaninka, da reserva extrativista do Alto Juruá e do Parque Nacional da Serra do Divisor, onde se encontra uma das regiões de maior biodiversidade do planeta.
Fora do Juruá, a Universidade da Floresta contará, também, como bases de pesquisa e capacitação, com o sítio da Comissão Pró-Índio do Acre, em Rio Branco; com a reserva extrativista Chico Mendes, no Vale do Acre; com um centro associado de Assis Brasil e com um centro associado de Pucallpa-Peru.
A instituição vai dispor inicialmente de três pesquisadores âncoras ligados ao CNPq, à Ufac e à Unicamp, de 10 bolsas do CNPq para doutores recém formados, de 15 bolsas do Ministério da Educação (Capes) para pós-graduados e de 60 bolsas para iniciação científica de graduados. Além disso, contará com 100 bolsas para pesquisadores e monitores socioambientais e com outras 100 para agentes e técnicos agroflorestais.
Curso superior especial para indígenas Segundo reza ainda o projeto executivo, a Universidade da Floresta oferecerá até 2005 cursos de Enfermagem, de Português e Espanhol, de Terceiro Grau Indígena (programa especial), Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais, História e Geografia e Ciências Sociais, com demanda para o desenvolvimento comunitário, gestão e conservação e proteção de direitos intelectuais.
O projeto executivo prevê o início dos cursos no próximo ano, quando serão ofertadas 40 vagas para Letras P-I, 40 para Pedagogia, 40 para Terceiro Grau Indígena, Letras P-E e 40 para Manejo de Recursos e Ecologia. Para 2005, além de mais 40 vagas para cada um desses cursos, serão ofertadas 40 vagas para Enfermagem, 40 para Ciências, 40 para geografia, 40 para Historia e 40 para Antropologia e Arqueologia.
No Instituto de Biodiversidade e Manejo Sustentável dos Recursos Naturais, as linhas de pesquisa, que contarão com orientações teóricas e metodológicas de pesquisadores atualmente envolvidos com estudos na região, serão realizadas sobre manejo sustentável dos recursos naturais, dinâmica de uso da terra e planejamento sustentável da paisagem, tecnologias da floresta, biodiversidade e diversidade social, economia do desenvolvimento sustentável, história, antropologia e patrimônio cultural e sobre medicina da floresta.
Os moradores de terras indígenas, reservas extrativistas, assentamentos agroflorestais e do parque nacional serão os focos de atuação dos Centros de Formação da Floresta, que vão funcionar como elo de ligação entre a comunidade e a universidade, entre o conhecimento científico e o conhecimento tradicional, sem hierarquias, mas enriquecendo as experiências já existentes e atendendo a crescente exigência em criar e experimentar modelos alternativos de ensino para a região amazônica, incluindo a urgência na elaboração de materiais didáticos adequados.
Os centros de formação serão estruturados em unidades itinerantes e fixas na floresta. Nas unidades itinerantes, serão disponibilizados barcos e ônibus equipados com laboratórios e equipamentos de ponta adaptados para apoiar os cursos básicos a serem oferecidos nas diferentes localidades da região do Alto Juruá.
Nas unidades fixas, serão montadas estruturas em localidades estratégicas do Alto Juruá, de acordo com áreas de pesquisa e capacitação do Instituto da Biodiversidade, além de uma estrutura em Cruzeiro do Sul, dispondo de equipamentos que vão possibilitar, também, a realização de cursos técnicos para pessoas que completaram o ensino médio e não possuem a qualificação necessária para atender às demandas da região voltadas para as propostas de desenvolvimento sustentável.
Fonte: Página 20 – 03/05/2004
Fonte:
Notícias em destaque
10 mitos e verdades sobre casas de madeira: tire suas dúvidas sobre esse tipo de construção
Já pensou em construir uma casa de madeira no campo ou no litoral, seja para alugar e obter retornos financeiros ou para passar o feriado...
(MADEIRA E PRODUTOS)
Parceria entre Acelen Renováveis e MultiCropsPlus Revoluciona Produção de Mudas de Macaúba com Excelência Genética
Colaboração busca otimizar a produção de biocombustíveis renováveis, com projeção de 1...
(GERAL)
Lunawood distribuirá produtos ThermoWood pela América do Norte
A Oy Lunawood e a Atlanta Hardwood Corporation formaram uma joint venture, a Lunawood LLC. Esta nova entidade supervisionará a...
(INTERNACIONAL)
Importações de madeira serrada tropical da UE27 caem 19 por cento nos primeiros oito meses de 2024
A UE27 importou 371.600 m3 de madeira serrada tropical nos primeiros oito meses deste ano, 19% a menos que no mesmo período em 2023. O...
(INTERNACIONAL)
Novo relatório destaca a "ameaça" da biomassa às florestas do Sudeste Asiático
Um novo relatório expressou preocupações sobre a segurança das florestas tropicais do Sudeste Asiático,...
(INTERNACIONAL)
Tecnologia nas florestas da Malásia
A Huawei desenvolveu o que é chamado de programa TECH4ALL, uma iniciativa para proteger a biodiversidade e prevenir a...
(INTERNACIONAL)