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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Comerciantes defendem praticidade do pinus
Uma forma simples de preservar a natureza. Um jeito fácil de gerar riqueza. Mais do que isto, um apelo inteligente para conscientizar as crianças e os pequenos proprietários de terras sobre um grande negócio: o plantio de pinus. Transformar todas estas questões em um conteúdo simples, palpável e interessante para um público que se caracteriza pela pouca idade ou pela pouca instrução, foi a idéia que impulsionou a Câmara dos Dirigentes Lojistas de União da Vitória, com o apoio da comunidade, a elaborar uma cartilha que faz parte do Projeto Renda Crescente, uma iniciativa que visa explorar os benefícios da silvicultura ou agricultura de árvores.
De acordo com o empresário Cláudio Zini, Diretor Presidente da Pormade, empresa que fabrica portas de madeira para o mercado interno e para exportação, trata-se de um projeto de conscientização que objetiva tentar ajustar as leis ambientais e levar mais conhecimento ao pequeno proprietário, como a geração direta de empregos, obtenção de renda e equilíbrio ambiental. "Esta cartilha foi elaborada inicialmente para as crianças, pois queremos que elas saibam desde cedo que podem contar com a silvicultura como forma de garantir seu sustento e seu futuro. Como conseqüência disso, imaginamos que este conteúdo chegue até os pais por intermédio delas e que estes, saibam exigir das autoridades seus direitos de conquistar uma vida muito melhor", vislumbra.
A história é contada por dois simpáticos bichinhos, o Quati "Kiko" e a Gralha Azul "Graça". Eles explicam que na região de União da Vitória, a incidência de terrenos acidentados é grande e que esse fator é extremamente comprometedor para a agricultura, mas que, em contrapartida, pode ser muito bem aproveitado para a plantação de pinus. No desenrolar da narrativa, os personagens colocam que as dificuldades acontecem devido às leis ambientais que impedem a ampliação de áreas plantadas na região e questionam junto ao leitor porque se contentar com essa realidade se ela pode ser diferente. "O texto da cartilha se preocupa em comparar situações de forma didática, explicando a questão através de ilustrações. No final, o material apresenta rico conteúdo exposto através de pesquisas, artigos e matérias jornalísticas sobre o atual desafio de consolidar a silvicultura na região e no país", considera Zini.
Mudando de vida
O plantio florestal é uma atividade que possui grande potencial para a geração de empregos, pois emprega trabalhadores sem maiores qualificações profissionais, realidade social predominante em regiões do interior. Um alqueire de pinus recém plantado vale cerca de R$ 4.000,00. Este mesmo alqueire, com 20 anos de idade, chega a valer em média R$ 100.000,00.
Cláudio Zini comenta que para ser um agricultor de árvores é necessário apenas capricho no plantio manual das mudas, habilidade para os desbastes e cortes. "A atividade florestal consiste em um emprego digno, que retém o trabalhador na terra e o afasta do impulso migratório para grandes centros populacionais. Acreditar na silvicultura é acreditar que a vida pode tomar um rumo bem mais interessante", completa.
Próprio para o plantio Já se sabe que no Brasil, grandes áreas de terras são acidentadas, impróprias para a agricultura mecanizada e, por este motivo, permanecem incultas. O empresário José Tadeu Naiser, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, destaca que o plantio florestal merece maior atenção, pois favorece a preservação do meio ambiente, o equilíbrio do clima e dos recursos hídricos, além de continuar a gerar riquezas nas terras, que tendem a permanecer sempre renovadas. "Estamos preocupados em gerar cada vez mais empregos para gerar cada vez mais renda. Só quando o povo estiver trabalhando, conseguiremos aumentar a circulação do dinheiro", completa.
Luiz Carlos Herde, conselheiro da APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), afirma que nosso país tem um potencial econômico fabuloso e uma ótima aceitação da nossa madeira pelo mercado externo. "As árvores plantadas no Brasil são produtivas após quinze anos, enquanto que no hemisfério norte, (Estados Unidos e Europa), esse espaço de tempo pode chegar a noventa anos, devido ao clima frio, a neve e a falta de chuvas regulares", revela.
Pesquisa
Em 2003, a Sociedade Patrimônio Ambiental realizou estudo técnico objetivando diagnóstico ambiental da região abrangida pelo Projeto Renda Crescente - que tem como base territorial os municípios de Bituruna, General Carneiro, Matos Costa, Calmon, Porto União, Porto Vitória, Paulo Freitas, Irineópolis, São Mateus do Sul, Cruz Machado e Antônio Olinto. Foram levantados os dados sociais, econômicos e ambientais, bem como efetivada a revisão das políticas públicas de meio ambiente e dos recursos naturais. O estudo também faz a revisão da legislação incidente nas atividades rurais produtivas. Com base em imagens de satélite Landsat, do mesmo ano, a mesma região de abrangência foi utilizada para estudo de uso e ocupação dos solos. O material foi desenvolvido pelo Laboratório de Inventário Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
"Tomamos conhecimento de que 63,3% da área total do Projeto Renda Crescente está sob restrições ambientais. As unidades de conservação, vegetação nativa em estágios médios e avançados de regeneração e, declividade entre 25º e 45º, foram consideradas de uso restrito. A faixa de preservação permanente, declividades acima de 45º e unidades de conservação de proteção integral, foram consideradas áreas intangíveis", explica Cláudio Zini.
Do total de mata nativa, 57.448 hectares foram classificados em estágio avançado e 241.437 hectares em estágio médio de regeneração. "Tratam-se de áreas totalmente enquadradas como de uso restrito. Já a vegetação, em estágio inicial de regeneração, perfaz 142.288 hectares, dos quais aproximadamente 80.000 hectares não apresentam outras restrições de uso, sendo passíveis de substituição por florestas comerciais. No entanto, estas áreas estão fragmentadas em porções e face à burocracia institucional o plantio pode se tornar inviável",observa o empresário.
Fonte: Gazeta do Paraná – 07/04/2004
De acordo com o empresário Cláudio Zini, Diretor Presidente da Pormade, empresa que fabrica portas de madeira para o mercado interno e para exportação, trata-se de um projeto de conscientização que objetiva tentar ajustar as leis ambientais e levar mais conhecimento ao pequeno proprietário, como a geração direta de empregos, obtenção de renda e equilíbrio ambiental. "Esta cartilha foi elaborada inicialmente para as crianças, pois queremos que elas saibam desde cedo que podem contar com a silvicultura como forma de garantir seu sustento e seu futuro. Como conseqüência disso, imaginamos que este conteúdo chegue até os pais por intermédio delas e que estes, saibam exigir das autoridades seus direitos de conquistar uma vida muito melhor", vislumbra.
A história é contada por dois simpáticos bichinhos, o Quati "Kiko" e a Gralha Azul "Graça". Eles explicam que na região de União da Vitória, a incidência de terrenos acidentados é grande e que esse fator é extremamente comprometedor para a agricultura, mas que, em contrapartida, pode ser muito bem aproveitado para a plantação de pinus. No desenrolar da narrativa, os personagens colocam que as dificuldades acontecem devido às leis ambientais que impedem a ampliação de áreas plantadas na região e questionam junto ao leitor porque se contentar com essa realidade se ela pode ser diferente. "O texto da cartilha se preocupa em comparar situações de forma didática, explicando a questão através de ilustrações. No final, o material apresenta rico conteúdo exposto através de pesquisas, artigos e matérias jornalísticas sobre o atual desafio de consolidar a silvicultura na região e no país", considera Zini.
Mudando de vida
O plantio florestal é uma atividade que possui grande potencial para a geração de empregos, pois emprega trabalhadores sem maiores qualificações profissionais, realidade social predominante em regiões do interior. Um alqueire de pinus recém plantado vale cerca de R$ 4.000,00. Este mesmo alqueire, com 20 anos de idade, chega a valer em média R$ 100.000,00.
Cláudio Zini comenta que para ser um agricultor de árvores é necessário apenas capricho no plantio manual das mudas, habilidade para os desbastes e cortes. "A atividade florestal consiste em um emprego digno, que retém o trabalhador na terra e o afasta do impulso migratório para grandes centros populacionais. Acreditar na silvicultura é acreditar que a vida pode tomar um rumo bem mais interessante", completa.
Próprio para o plantio Já se sabe que no Brasil, grandes áreas de terras são acidentadas, impróprias para a agricultura mecanizada e, por este motivo, permanecem incultas. O empresário José Tadeu Naiser, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, destaca que o plantio florestal merece maior atenção, pois favorece a preservação do meio ambiente, o equilíbrio do clima e dos recursos hídricos, além de continuar a gerar riquezas nas terras, que tendem a permanecer sempre renovadas. "Estamos preocupados em gerar cada vez mais empregos para gerar cada vez mais renda. Só quando o povo estiver trabalhando, conseguiremos aumentar a circulação do dinheiro", completa.
Luiz Carlos Herde, conselheiro da APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), afirma que nosso país tem um potencial econômico fabuloso e uma ótima aceitação da nossa madeira pelo mercado externo. "As árvores plantadas no Brasil são produtivas após quinze anos, enquanto que no hemisfério norte, (Estados Unidos e Europa), esse espaço de tempo pode chegar a noventa anos, devido ao clima frio, a neve e a falta de chuvas regulares", revela.
Pesquisa
Em 2003, a Sociedade Patrimônio Ambiental realizou estudo técnico objetivando diagnóstico ambiental da região abrangida pelo Projeto Renda Crescente - que tem como base territorial os municípios de Bituruna, General Carneiro, Matos Costa, Calmon, Porto União, Porto Vitória, Paulo Freitas, Irineópolis, São Mateus do Sul, Cruz Machado e Antônio Olinto. Foram levantados os dados sociais, econômicos e ambientais, bem como efetivada a revisão das políticas públicas de meio ambiente e dos recursos naturais. O estudo também faz a revisão da legislação incidente nas atividades rurais produtivas. Com base em imagens de satélite Landsat, do mesmo ano, a mesma região de abrangência foi utilizada para estudo de uso e ocupação dos solos. O material foi desenvolvido pelo Laboratório de Inventário Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
"Tomamos conhecimento de que 63,3% da área total do Projeto Renda Crescente está sob restrições ambientais. As unidades de conservação, vegetação nativa em estágios médios e avançados de regeneração e, declividade entre 25º e 45º, foram consideradas de uso restrito. A faixa de preservação permanente, declividades acima de 45º e unidades de conservação de proteção integral, foram consideradas áreas intangíveis", explica Cláudio Zini.
Do total de mata nativa, 57.448 hectares foram classificados em estágio avançado e 241.437 hectares em estágio médio de regeneração. "Tratam-se de áreas totalmente enquadradas como de uso restrito. Já a vegetação, em estágio inicial de regeneração, perfaz 142.288 hectares, dos quais aproximadamente 80.000 hectares não apresentam outras restrições de uso, sendo passíveis de substituição por florestas comerciais. No entanto, estas áreas estão fragmentadas em porções e face à burocracia institucional o plantio pode se tornar inviável",observa o empresário.
Fonte: Gazeta do Paraná – 07/04/2004
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