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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Madeireiros peruanos ilegais podem atrapalhar integração
Garantido o apoio político para a integração com o Peru por meio do Acordo de Pucalpa, a comitiva acreana tratou de articular um movimento que garanta o respeito às populações tradicionais na região de fronteira e à defesa da biodiversidade. Madeireiros peruanos estão invadindo o território brasileiro na região do Rio Amônia - terras sob domínio dos índios axanincas - e isso pode atrapalhar o processo de integração. Em discussões paralelas às formalidades da assinatura de documentos oficiais, o governador Jorge Viana articulou com rapidez para passar uma mensagem cristalina em tom de ultimato ao presidente da região de Ucayali, Edwin Vásques. "O problema está no lado peruano, e é bom frisar que o Brasil quer, o presidente Lula quer, e nós, do Acre, também queremos essa integração, mas da maneira mais sólida possível: crescer economicamente com respeito ao meio ambiente, às populações tradicionais e à biodiversidade".
Se a atuação dos madeireiros ilegais não impossibilita a integração, é verdade que ela pode atrapalhar. "Esse assunto, nós já tratamos durante o encontro com o Ministro das Relações Exteriores do Peru, Manuel Rodrigues Quadro, com o apoio de toda a bancada federal e estadual aqui presente, para dar uma solução a esse problema", disse Jorge Viana. "Em relação ao respeito às populações tradicionais da Floresta Amazônica, aos ribeirinhos, aos índios e aos extrativistas, nós, no Acre, estamos muito melhor", reconheceu Viana.
Em todos os acordos de cooperação e de projetos que poderão ser realizados conjuntamente, as questões do meio ambiente e da preservação dos povos tradicionais eram premissa fundamental. O governador acreano explicou que, por causa da presença de madeireiros ilegais naquela área, foi enviado recentemente um grupo com 50 agentes da Polícia Federal, do Exército e da Polícia Militar. O objetivo foi reavivar dos marcos fronteiriços na divisa Brasil-Peru e reprimir a ação dos invasores.
Presidente regional se surpreende
O presidente regional de Ucayali, Edwin Vásques se disse surpreendido pela denúncia. "Nós não tínhamos conhecimento dessa situação, mas, com a informação do senhor Viana, nós vamos imediatamente tomar medidas para não permitir esse tipo de trabalho e erradicá-lo totalmente", disse Edwin. O governador Ucayalino disse concordar com a criação de uma área de proteção florestal na fronteira entre os dois países. "Vamos manter essa política preservacionista para evitar qualquer problema futuro", afirmou. Ele garantiu que enviará ainda nesta semana a polícia do seu departamento e a Marinha peruana ao local para solucionar de vez a questão. Segundo Vásquez, "o problema é as pessoas que agem à margem da lei e nos causam esse tipo de problema, mas nós vamos fazer cumprir a lei. Não vamos esperar um mês e nem dois. Nesta semana, vamos trabalhar essa questão", concluiu.
Diplomata se compromete em resolver questão
O chanceler peruano Manuel Quadros assumiu o compromisso de "agir imediatamente para que a gente não tenha mais esse tipo de problema". Logo após a assinatura do Acordo de Pucalpa, o governador Jorge Viana participou de uma reunião a portas fechadas com o chanceler Quadros. O governador saiu otimista da reunião, pois sabia que uma conversa com um dos homens de confiança do presidente peruano Alejandro Toledo em pouco tempo colocaria a questão na mesa de quem tem o poder de decisão. Mesmo assim, momentos antes de embarcar para o Acre, Viana conversou, na presença de todos os deputados estaduais e federais que participaram da comitiva acreana, com o presidente da região de Ucayali - cargo equivalente a governador no Brasil - e com o prefeito da cidade de Pucalpa para discutir o assunto.
A proposta de Viana foi que em uma área de 50 km antes da divisa com o Brasil não haja nenhum tipo de exploração, "para que a gente tenha uma relação harmoniosa na fronteira", disse ele. Viana fez questão de frisar que esse é um passo importante para que a integração entre o Acre e Ucayali possa se concretizar. Ele comentou que o chanceler peruano deverá implementar a sugestão do governo do Acre de criar uma faixa de 50 km de proteção da fronteira, que, inclusive, está prevista nas leis do Peru.
Ação integrada como garantia de desenvolvimento
Integração com o Peru está perto da realidade
O líder do governo na Assembléia Legislativa do Acre, deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), disse ontem que falta muito pouco para que Ucayali e o Vale do Juruá dêem um passo importante para a economia daquelas regiões. Edvaldo esclareceu que tanto o Acre tem produtos de interesse do mercado peruano, quanto Ucayali tem a oferecer a Cruzeiro do Sul.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) que tem acompanhado os encontros para a integração Brasil-Peru-Bolívia disse que o mercado peruano já estaria pronto para fornecer sua produção de hortifrutigranjeiros a Cruzeiro do Sul e comprar, em contrapartida, a carne bovina acreana.
O Acre recebe em maio próximo, em Paris (Francá) o certificado de Área Livre de Aftosa, ficando apto a exportar a carne de seu rebanho para todo o mundo. Edvaldo Magalhães esclareceu que o Peru importa a carne da Argentina e dos Estados Unidos, pagando fretes encarecedores. Em compensação, Cruzeiro do Sul está a uma hora de vôo, em avião de carreira, da cidade de Pucallpa. O encurtamento da distância poderá também colocar produtos no mercado de Cruzeiro a preços competitivos. Hoje Cruzeiro do Sul paga cerca de R$ 3,50 o quilo do tomate brasileiro (São Paulo) e poderia ter o produto peruano por R$ 1,10, o quilo. - É possível um vôo semanal em avião de carga - tipo 737 - de Cruzeiro a Pucallpa, e quem sabe, até Lima para levar a carne bovina do Acre e trazer os produtos hortifrutigranjeiros do Peru, observou o líder do governo. Pucallpa tem cerca de 450 mil habitantes, número próximo ao total de habitantes do Estado do Acre.
Fonte: Amazonia.org.br –
18/03/2004
Se a atuação dos madeireiros ilegais não impossibilita a integração, é verdade que ela pode atrapalhar. "Esse assunto, nós já tratamos durante o encontro com o Ministro das Relações Exteriores do Peru, Manuel Rodrigues Quadro, com o apoio de toda a bancada federal e estadual aqui presente, para dar uma solução a esse problema", disse Jorge Viana. "Em relação ao respeito às populações tradicionais da Floresta Amazônica, aos ribeirinhos, aos índios e aos extrativistas, nós, no Acre, estamos muito melhor", reconheceu Viana.
Em todos os acordos de cooperação e de projetos que poderão ser realizados conjuntamente, as questões do meio ambiente e da preservação dos povos tradicionais eram premissa fundamental. O governador acreano explicou que, por causa da presença de madeireiros ilegais naquela área, foi enviado recentemente um grupo com 50 agentes da Polícia Federal, do Exército e da Polícia Militar. O objetivo foi reavivar dos marcos fronteiriços na divisa Brasil-Peru e reprimir a ação dos invasores.
Presidente regional se surpreende
O presidente regional de Ucayali, Edwin Vásques se disse surpreendido pela denúncia. "Nós não tínhamos conhecimento dessa situação, mas, com a informação do senhor Viana, nós vamos imediatamente tomar medidas para não permitir esse tipo de trabalho e erradicá-lo totalmente", disse Edwin. O governador Ucayalino disse concordar com a criação de uma área de proteção florestal na fronteira entre os dois países. "Vamos manter essa política preservacionista para evitar qualquer problema futuro", afirmou. Ele garantiu que enviará ainda nesta semana a polícia do seu departamento e a Marinha peruana ao local para solucionar de vez a questão. Segundo Vásquez, "o problema é as pessoas que agem à margem da lei e nos causam esse tipo de problema, mas nós vamos fazer cumprir a lei. Não vamos esperar um mês e nem dois. Nesta semana, vamos trabalhar essa questão", concluiu.
Diplomata se compromete em resolver questão
O chanceler peruano Manuel Quadros assumiu o compromisso de "agir imediatamente para que a gente não tenha mais esse tipo de problema". Logo após a assinatura do Acordo de Pucalpa, o governador Jorge Viana participou de uma reunião a portas fechadas com o chanceler Quadros. O governador saiu otimista da reunião, pois sabia que uma conversa com um dos homens de confiança do presidente peruano Alejandro Toledo em pouco tempo colocaria a questão na mesa de quem tem o poder de decisão. Mesmo assim, momentos antes de embarcar para o Acre, Viana conversou, na presença de todos os deputados estaduais e federais que participaram da comitiva acreana, com o presidente da região de Ucayali - cargo equivalente a governador no Brasil - e com o prefeito da cidade de Pucalpa para discutir o assunto.
A proposta de Viana foi que em uma área de 50 km antes da divisa com o Brasil não haja nenhum tipo de exploração, "para que a gente tenha uma relação harmoniosa na fronteira", disse ele. Viana fez questão de frisar que esse é um passo importante para que a integração entre o Acre e Ucayali possa se concretizar. Ele comentou que o chanceler peruano deverá implementar a sugestão do governo do Acre de criar uma faixa de 50 km de proteção da fronteira, que, inclusive, está prevista nas leis do Peru.
Ação integrada como garantia de desenvolvimento
Integração com o Peru está perto da realidade
O líder do governo na Assembléia Legislativa do Acre, deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), disse ontem que falta muito pouco para que Ucayali e o Vale do Juruá dêem um passo importante para a economia daquelas regiões. Edvaldo esclareceu que tanto o Acre tem produtos de interesse do mercado peruano, quanto Ucayali tem a oferecer a Cruzeiro do Sul.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) que tem acompanhado os encontros para a integração Brasil-Peru-Bolívia disse que o mercado peruano já estaria pronto para fornecer sua produção de hortifrutigranjeiros a Cruzeiro do Sul e comprar, em contrapartida, a carne bovina acreana.
O Acre recebe em maio próximo, em Paris (Francá) o certificado de Área Livre de Aftosa, ficando apto a exportar a carne de seu rebanho para todo o mundo. Edvaldo Magalhães esclareceu que o Peru importa a carne da Argentina e dos Estados Unidos, pagando fretes encarecedores. Em compensação, Cruzeiro do Sul está a uma hora de vôo, em avião de carreira, da cidade de Pucallpa. O encurtamento da distância poderá também colocar produtos no mercado de Cruzeiro a preços competitivos. Hoje Cruzeiro do Sul paga cerca de R$ 3,50 o quilo do tomate brasileiro (São Paulo) e poderia ter o produto peruano por R$ 1,10, o quilo. - É possível um vôo semanal em avião de carga - tipo 737 - de Cruzeiro a Pucallpa, e quem sabe, até Lima para levar a carne bovina do Acre e trazer os produtos hortifrutigranjeiros do Peru, observou o líder do governo. Pucallpa tem cerca de 450 mil habitantes, número próximo ao total de habitantes do Estado do Acre.
Fonte: Amazonia.org.br –
18/03/2004
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