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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Japão e mercado mundial têm interesse em madeira tropical
"Não só o Japão, mas o mercado mundial tem interesse em madeira tropical". A idéia foi expressa pelo professor Takashi Okuyama, vice-presidente da Sociedade Japonesa de Pesquisa da Madeira, membro da Academia Internacional da Ciência da Madeira e professor da Universidade de Nagoya, no Japão. Ele acrescenta, porém, a necessidade de melhorias principalmente no manejo da madeira.

Okuyama preside a comitiva de seis pesquisadores japoneses de madeira que visita Mato Grosso até o dia 19. O principal objetivo da visita é iniciar as negociações para um acordo de cooperação técnico-científica em pesquisas na área entre Mato Grosso e o Japão.

Para o reitor da UFMT, Paulo Speller, a visita dos pesquisadores é de grande importância, pois o estudo de madeira e desenvolvimento florestal, além de ser área estratégica para o Governo do Estado, é de interesse da universidade. "A UFMT já desenvolve pesquisas nessa área e essa parceria será muito valiosa".

O interesse dos pesquisadores em Mato Grosso se justifica pela na busca de produtos florestais oriundos de planos de manejo sustentável. Para tanto, eles pretendem conhecer o acervo local de madeira, as pesquisas realizadas e verificar a situação da política ambiental local. O grupo já esteve no Amazonas e, depois de Mato Grosso, segue para São Paulo, onde já tem convênio com a Universidade de São Paulo (USP).

Na UFMT, os pesquisadores assistiram a uma apresentação sobre as pesquisas desenvolvidas no Estado na área de madeira, floresta e agricultura tropical. Nesta segunda-feira (15.03), às 15h30, eles visitam o Governador, em companhia da secretária de Ciência e Tecnologia, Flávia Nogueira, e dos secretários de Indústria’, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, e de Projetos Estratégicos, Cloves Vetoratto.

A visita dos estudiosos foi acertada em agosto de 2003, entre o Governador Blairo Maggi e Haruito Taura, diretor de uma das maiores empresas importadoras de madeira japonesas, a Kyoritsu Corporation. A empresa afirmou, na época, o seu interesse em colocar à disposição do Estado sua tecnologia adquirida na pesquisa do setor madeireiro. O acordo de cooperação entre o Estado e o Japão permitirá tanto a transferência da tecnologia desenvolvida pelo Japão na pesquisa na área, quanto à aquisição de conhecimento, por parte dos japoneses, sobre a floresta tropical.

O acordo de cooperação técnico-científica é o primeiro passo para a exportação de madeira de Mato Grosso para o Japão, o que só pode acontecer quando os produtos são certificados. "Os pesquisadores vão discutir também a utilização racional da madeira", destaca o superintendente de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Secitec, Adnauer Tarquínio Daltro. Ele enfatiza que, por sofrerem na pele as conseqüências do desmate descontrolado, os japoneses vêm com a preocupação de discutir o manejo e a conservação florestal.

Na terça-feira (16.03), os pesquisadores fazem uma apresentação sobre a Universidade de Nagoya e se reúnem com o Grupo de Trabalhos de Madeiras e Estruturas de Madeira no departamento de Engenharia Civil da UFMT. Às 14h30 visitam os laboratórios de Trabalhos de Madeira e Estrutura de Madeira, na UFMT e os departamentos de Engenharia Civil e Florestal, Arquitetura e Agronomia. Entre as sugestões a serem feitas pelos professores locais está a criação de um curso de pós-graduação, possivelmente na área Agroflorestal em Mato Grosso, em cooperação com a Universidade de Nagoya.

No dia 17, os japoneses iniciam sua visita ao interior de Mato Grosso, onde visitarão fazendas de plantio de madeira.

Fonte: Amazônia.org.br – 16/03/2004

Fonte:

Jooble Neuvoo