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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Japão também está interessado nos créditos de carbono brasileiros
Os projetos de energia renovável da América Latina estão despertando a atenção de empresas japonesas. O Japão é um dos países que, preocupado com o aquecimento global, já ratificou o protocolo de Kyoto e, além de estar implantando um plano de redução de gases de efeito nocivo à camada de ozônio, começa a analisar projetos cujos investimentos tenham como retorno dos créditos de carbono, beneficiando o país.
No plano interno de redução dos gases de efeito estufa, o Japão já aderiu à mistura do álcool à gasolina. De olho no setor canavieiro, onde se concentra a maior parte dos pequenos e médios empreendimentos de energia renovável, empresas japonesas do setor elétrico convidaram o representante brasileiro da Econergy, especializada em soluções financeiras inovadoras voltadas a empreendedores de tecnologias limpas, Marcelo Schunn Diniz Junqueira, para iniciar as negociações dos investimentos no Brasil.
“O Brasil pode receber investimentos de aproximadamente US$ 20 milhões apenas com o potencial das pequenas e médias empresas de energia renovável. Essas negociações já estão em andamento através do CleanTech Fund, um fundo de investimentos administrado pela Econergy Brasil”, explica Marcelo, que recentemente apresentou no Japão os projetos brasileiros para a Tókio Eletric Power, Kasai Eletric, Kyushu Eletric, Mitsui, Nissho Iwai e JBIC - Japan Bank for International Cooperation.
“Existe um grande interesse destas instituições em atuar tanto na redução da emissão de gases de efeito estufa através da mistura de álcool na gasolina como em adquirir créditos de carbono gerados em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em países como o Brasil. Muito embora a mistura do álcool na gasolina seja uma medida ainda dependente de soluções político-econômicas, a compra dos créditos de carbono já começou”, diz.
Negociações
O namoro entre os investidores japoneses e os projetos de energia renovável brasileiros teve início em meados do ano passado. Em novembro, pesos pesados do setor elétrico japonês estiveram no Brasil para duas reuniões, realizadas no Rio de Janeiro e São Paulo.
O objetivo da reunião foi despertar o interesse do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - em desenvolver uma estrutura financeira junto com o CleanTech Fund para o Brasil, à semelhança do que foi desenvolvido pelo Banco de Desenvolvimento Mexicano, National Financiera - NAFIN.
Neste contexto, o CleanTech Fund apresentou ao BNDES o conhecimento em investimentos em projetos de energia renovável e comercialização de créditos de carbono, realizados pela Econergy, e que tanto interessam ao JBIC. As relações se fortaleceram em dezembro de 2003, culminando com o convite para a reunião em Tokyo e Fukuoka, no Japão, no final de janeiro deste ano.
Fundos de Investimento
O CleanTech Fund, fundo de investimento administrado pela Econergy, investirá US$ 3,5 milhões por projeto, em iniciativas desenvolvidas por pequenas e médias empresas nas áreas de energia renovável e eficiência energética. Os recursos do fundo serão aplicados em projetos com potencial para gerar créditos de carbono e, por conseguinte, propiciar duas fontes de receita aos projetos pela venda dos créditos de carbono e da energia.
O cálculo de engenharia para disponibilizar créditos de carbono no mercado varia de acordo com a tecnologia empregada pelo projeto e o cenário de referência a que cada um deles é comparado. De qualquer forma, a não-emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera é convertida em toneladas equivalentes de gás carbônico (tCO2e) . Para projetos implementados no Brasil, essa tonelada é chamada de Redução Certificada de Emissão (RCE). De acordo com Marcelo Junqueira, a comercialização de Créditos de Carbono deve representar um movimento de cerca de U$ 1 bilhão por ano para os países em desenvolvimento, principalmente Brasil, China e Índia. O Brasil, de modo geral, deve ser um grande beneficiário desse novo mercado, onde as usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo têm condições de disputar uma grande fatia. Sua área agricultável é enorme e a sua produção de energia limpa tende ser cada vez maior.
Além da biomassa para a produção de eletricidade, também podem obter créditos de carbono para comercialização os investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), projetos de eficiência energética, aterros sanitários, energia solar, energia eólica ou qualquer projeto que diminua o consumo de combustíveis fósseis ou evite a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.
Fonte: Ateliê da Notícia – 11/03/2004
No plano interno de redução dos gases de efeito estufa, o Japão já aderiu à mistura do álcool à gasolina. De olho no setor canavieiro, onde se concentra a maior parte dos pequenos e médios empreendimentos de energia renovável, empresas japonesas do setor elétrico convidaram o representante brasileiro da Econergy, especializada em soluções financeiras inovadoras voltadas a empreendedores de tecnologias limpas, Marcelo Schunn Diniz Junqueira, para iniciar as negociações dos investimentos no Brasil.
“O Brasil pode receber investimentos de aproximadamente US$ 20 milhões apenas com o potencial das pequenas e médias empresas de energia renovável. Essas negociações já estão em andamento através do CleanTech Fund, um fundo de investimentos administrado pela Econergy Brasil”, explica Marcelo, que recentemente apresentou no Japão os projetos brasileiros para a Tókio Eletric Power, Kasai Eletric, Kyushu Eletric, Mitsui, Nissho Iwai e JBIC - Japan Bank for International Cooperation.
“Existe um grande interesse destas instituições em atuar tanto na redução da emissão de gases de efeito estufa através da mistura de álcool na gasolina como em adquirir créditos de carbono gerados em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em países como o Brasil. Muito embora a mistura do álcool na gasolina seja uma medida ainda dependente de soluções político-econômicas, a compra dos créditos de carbono já começou”, diz.
Negociações
O namoro entre os investidores japoneses e os projetos de energia renovável brasileiros teve início em meados do ano passado. Em novembro, pesos pesados do setor elétrico japonês estiveram no Brasil para duas reuniões, realizadas no Rio de Janeiro e São Paulo.
O objetivo da reunião foi despertar o interesse do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - em desenvolver uma estrutura financeira junto com o CleanTech Fund para o Brasil, à semelhança do que foi desenvolvido pelo Banco de Desenvolvimento Mexicano, National Financiera - NAFIN.
Neste contexto, o CleanTech Fund apresentou ao BNDES o conhecimento em investimentos em projetos de energia renovável e comercialização de créditos de carbono, realizados pela Econergy, e que tanto interessam ao JBIC. As relações se fortaleceram em dezembro de 2003, culminando com o convite para a reunião em Tokyo e Fukuoka, no Japão, no final de janeiro deste ano.
Fundos de Investimento
O CleanTech Fund, fundo de investimento administrado pela Econergy, investirá US$ 3,5 milhões por projeto, em iniciativas desenvolvidas por pequenas e médias empresas nas áreas de energia renovável e eficiência energética. Os recursos do fundo serão aplicados em projetos com potencial para gerar créditos de carbono e, por conseguinte, propiciar duas fontes de receita aos projetos pela venda dos créditos de carbono e da energia.
O cálculo de engenharia para disponibilizar créditos de carbono no mercado varia de acordo com a tecnologia empregada pelo projeto e o cenário de referência a que cada um deles é comparado. De qualquer forma, a não-emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera é convertida em toneladas equivalentes de gás carbônico (tCO2e) . Para projetos implementados no Brasil, essa tonelada é chamada de Redução Certificada de Emissão (RCE). De acordo com Marcelo Junqueira, a comercialização de Créditos de Carbono deve representar um movimento de cerca de U$ 1 bilhão por ano para os países em desenvolvimento, principalmente Brasil, China e Índia. O Brasil, de modo geral, deve ser um grande beneficiário desse novo mercado, onde as usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo têm condições de disputar uma grande fatia. Sua área agricultável é enorme e a sua produção de energia limpa tende ser cada vez maior.
Além da biomassa para a produção de eletricidade, também podem obter créditos de carbono para comercialização os investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), projetos de eficiência energética, aterros sanitários, energia solar, energia eólica ou qualquer projeto que diminua o consumo de combustíveis fósseis ou evite a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.
Fonte: Ateliê da Notícia – 11/03/2004
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