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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Problemas de logística portuária prejudicam exportações de produtos de madeira
Os empresários do setor de base florestal, que exportaram em 2003 US$ 4 bilhões, estão com dificuldades para escoar os produtos para o exterior por importantes portos do país. O segmento de madeira sólida, responsável por US$ 2,6 bilhões desses negócios, se mobiliza para conseguir soluções por parte da administração dos portos para os problemas. Na semana passada, a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente – ABIMCI, enviou uma carta à superintendência do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, solicitando uma resposta para as constatações dos empresários de superlotação no local. De acordo com os números do próprio porto, em janeiro, madeira e derivados contribuíram com uma movimentação de 110.866 toneladas, 26% do total movimentado no local, que foi 418.790 toneladas.
De acordo com o vice-presidente do Comitê de Pinus da ABIMCI, Paulo Roberto Pupo, a maior dificuldade em Itajaí está em conseguir colocar os produtos dentro do porto. “Normalmente, a mercadoria fica nos armazéns 10 dias, mas agora chega a permanecer em média três semanas”, conta o vice-presidente. O resultado é um aumento nos custos operacionais e a impossibilidade de cobrança do importador pelo produto, já que somente após o embarque dos contêineres é possível emitir a documentação para receber o pagamento. “Ainda corremos o risco de ter pedidos cancelados devido ao atraso”, alerta Pupo.
Segundo o diretor de logística do porto de Itajaí, Héder Cassiano Moritz, com o aumento significativo de cargas, em alguns casos, os armadores têm efetuado cortes de cargas, “notadamente”, contêineres com madeira e derivados. Ele afirma ainda que em outras situações, ocorrem atrasos no recebimento das cargas por parte do operador responsável, nesse caso o Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí Sociedade Anônima (Teconvi S/A), em virtude de problemas operacionais decorrentes da falta de equipamentos, limitação de áreas para armazenagem e problemas de comunicação. “A aquisição de novos equipamentos, que estão em fase de montagem e entrarão em operação até a segunda quinzena de março, e o início das operações da área B (pátios para armazenagem de contêineres), previstas para no máximo 120 dias, devem normalizar o problema”, garante Moritz. Apesar da previsão de melhorias nos pátios do porto de Itajaí, a expectativa dos empresários do setor madeireiro é de um período de dois ou três meses de dificuldades.
No Paraná, a atuação do porto de Paranaguá também tem causado preocupação no setor de base florestal. Para os empresários, a política de cargas preferências prejudica um setor que representa 4% do Produto Interno Bruto do país. No caso de Paranaguá, na carga geral, os fertilizantes têm preferência no embarque, segundo Pupo. Outro problema no local é a redução do número de navios. A reivindicação dos produtores de madeira sólida é a de um canal de escoamento que garanta a exportação da carga. “O cancelamento de contratos, despesas extras e deteriorização do material denigrem a imagem e a credibilidade do setor e do país no exterior”, afirma o superintendente executivo da ABIMCI, Jeziel Adam de Oliveira. Para a entidade, são necessárias medidas administrativas que solucionem um problema que se agrava a cada dia com sérias conseqüências para a economia nacional e setorial.
Pará
A Federação das Indústrias do Estado do Pará – Fiepa irá divulgar um documento sobre as melhorias que devem ser feitas nos portos do Estado. Um outro estudo mostra as condições portuárias baseado em pesquisa feita com cerca de 80% dos principais exportadores do Pará que trabalham nos portos de Belém e Vila do Conde. Parte das exportações de madeira antes escoada pelo porto de Belém está sendo enviada pelo porto de Itaqui, no Maranhão.
Fonte: Assessoria de Imprensa – ABIMCI – 02/03/2004
De acordo com o vice-presidente do Comitê de Pinus da ABIMCI, Paulo Roberto Pupo, a maior dificuldade em Itajaí está em conseguir colocar os produtos dentro do porto. “Normalmente, a mercadoria fica nos armazéns 10 dias, mas agora chega a permanecer em média três semanas”, conta o vice-presidente. O resultado é um aumento nos custos operacionais e a impossibilidade de cobrança do importador pelo produto, já que somente após o embarque dos contêineres é possível emitir a documentação para receber o pagamento. “Ainda corremos o risco de ter pedidos cancelados devido ao atraso”, alerta Pupo.
Segundo o diretor de logística do porto de Itajaí, Héder Cassiano Moritz, com o aumento significativo de cargas, em alguns casos, os armadores têm efetuado cortes de cargas, “notadamente”, contêineres com madeira e derivados. Ele afirma ainda que em outras situações, ocorrem atrasos no recebimento das cargas por parte do operador responsável, nesse caso o Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí Sociedade Anônima (Teconvi S/A), em virtude de problemas operacionais decorrentes da falta de equipamentos, limitação de áreas para armazenagem e problemas de comunicação. “A aquisição de novos equipamentos, que estão em fase de montagem e entrarão em operação até a segunda quinzena de março, e o início das operações da área B (pátios para armazenagem de contêineres), previstas para no máximo 120 dias, devem normalizar o problema”, garante Moritz. Apesar da previsão de melhorias nos pátios do porto de Itajaí, a expectativa dos empresários do setor madeireiro é de um período de dois ou três meses de dificuldades.
No Paraná, a atuação do porto de Paranaguá também tem causado preocupação no setor de base florestal. Para os empresários, a política de cargas preferências prejudica um setor que representa 4% do Produto Interno Bruto do país. No caso de Paranaguá, na carga geral, os fertilizantes têm preferência no embarque, segundo Pupo. Outro problema no local é a redução do número de navios. A reivindicação dos produtores de madeira sólida é a de um canal de escoamento que garanta a exportação da carga. “O cancelamento de contratos, despesas extras e deteriorização do material denigrem a imagem e a credibilidade do setor e do país no exterior”, afirma o superintendente executivo da ABIMCI, Jeziel Adam de Oliveira. Para a entidade, são necessárias medidas administrativas que solucionem um problema que se agrava a cada dia com sérias conseqüências para a economia nacional e setorial.
Pará
A Federação das Indústrias do Estado do Pará – Fiepa irá divulgar um documento sobre as melhorias que devem ser feitas nos portos do Estado. Um outro estudo mostra as condições portuárias baseado em pesquisa feita com cerca de 80% dos principais exportadores do Pará que trabalham nos portos de Belém e Vila do Conde. Parte das exportações de madeira antes escoada pelo porto de Belém está sendo enviada pelo porto de Itaqui, no Maranhão.
Fonte: Assessoria de Imprensa – ABIMCI – 02/03/2004
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