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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Tucuruí quer reduzir fuligem de carvoarias
Prefeituras, comunidades, profissionais de saúde e madeireiros buscam, juntos, alternativas para a proliferação de carvoarias, nos sete municípios da área de influência da hidrelétrica de Tucuruí, no sul do Pará.

Já são mais de mil fornos de carvão, muitos dos quais financiados pelas cinco guseiras de Marabá e construídos em madeireiras e serrarias. Neles, os resíduos do beneficiamento de madeira são transformados em carvão vegetal e vendidos para as siderúrgicas, que fazem ferro-gusa (guseiras). Em alguns casos, a receita obtida com o carvão já ultrapassa a venda da própria madeira.

“O problema é a fuligem gerada pelos fornos de carvão, que afeta a saúde pública”, diz Sérgio Guimarães, do Instituto Centro de Vida (ICV), coordenador do Programa Fogo: Amazônia encontrando soluções.

Segundo ele, dada a semelhança entre os problemas gerados pela fuligem e pela fumaça das queimadas, os diversos setores querem incluir a busca de alternativas ao carvão nos protocolos municipais, que são acordos comunitários de redução do uso do fogo agrícola. “Os fornos são como as queimadas urbanas: localizados e pequenos, mas, devido ao alto número, de impacto multiplicado.”

Os sete municípios já haviam assinado protocolos municipais, em junho de 2002, e estes começaram a ser reativados, a partir de reuniões realizadas nesta quarta-feira e quinta, em Tucuruí. Os coordenadores do programa estão buscando alternativas de uso dos resíduos florestais - junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e universidades - que eliminem a fuligem ou fumaça e sejam tão rentáveis quanto o carvão.

Fogo em recesso

Durante o mês de abril, em razão das chuvas, foi baixo o índice de queimadas e incêndios no País, de acordo com as imagens dos satélite NOAA, processadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Embrapa Monitoramento por Satélite.

O total de focos registrado no mês foi de 1254. As maiores concentrações ocorreram em Roraima, no sul da Bahia e no sul de Santa Catarina. Também houve registros que merecem atenção no noroeste do Amazonas, em área de baixa densidade populacional, no litoral da Bahia, de Sergipe e Alagoas e no interior do Paraná, de Minas Gerais e do Mato Grosso. Na zona canavieira de São Paulo, as queimadas para colheita foram igualmente registradas.

A grande maioria dos incêndios que atingiram unidades de conservação ocorreram na Estação Ecológica de Marabá, em Roraima, castigada por 65 focos, durante o mês. Ainda queimaram: a Floresta Nacional de Roraima (2 focos), o Parque Nacional de Monte Pascoal (2 focos) e o Parque Nacional da Chapada Diamantina (1 foco), ambos na Bahia.

Fonte: Liana John/ Estadão

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