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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Ibama evita extração de madeira em terra indígena no Amazonas
Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) detiveram a extração ilegal de madeira na terra indígena Deni, localizada nos município de Itamarati e Tapuá (Sul do Amazonas), no início da semana quando apreenderam 157 pranchas de louro e inambuí retiradas por madeireiros que invadiram a reserva há quinze dias. A ação denominada "Operação Xeruã", uma alusão ao nome do rio que corta a reserva, foi deflagrada em caráter emergencial pelo Ibama para evitar conflitos na área, pois de acordo relatos de um dos conselheiros da aldeia Morada Nova, Marishanu Deni, os invasores estariam ameaçando de morte os índios.
A invasão foi denunciada pelo Conselho Indígena
Missionário (Cimi), entidade ligada a Igreja Católica, no dia 19. Segundo o Cimi, a reserva já havia sido invadida há sete dias por um grupo armado que estava derrubando árvores sem autorização do Ibama e o consentimento dos Deni. Temendo o uso de violência por parte dos invasores, missionários e lideranças indígenas comunicaram a invasão ao Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao escritório regional do Ibama na cidade de Carauarí.
No dia 22, um grupo de quatro agente dos Ibama seguiu em uma voadeira do órgão para a reserva acompanhados de dois policiais militares, um funcionário da Funai e um índio Deni como guia. Após 18h de viagem pelo rio Juruá até a entrada do rio Xeruã, onde começa a área da terra indígena Deni, o grupo constatou as denúncias feitas pelo Cimi de extração ilegal de madeira pelos filhos de um morador da margem do Xeruã chamado de Raimundo Lopes, conhecidos como Adilson, George e Mundico. Os madeireiros conseguiram fugir do local da extração, no igarapé conhecido como Rosemã, deixando para trás 29 pranchas de madeira das espécies conhecidas como louro e inambuí.
Guiados pelos caciques Saravi Deni e Sabá Deni, líderes de duas das cinco aldeias existentes na reserva, os agentes do Ibama encontraram o restante da madeira na casa de Raimundo Lopes, situada à margem do Xeruã na entrada da reserva. "Segundo os índios, o principal responsável pela retirada de madeira é um filho do senhor Raimundo chamado Adilson, mas ele escapou para o município de Itamarati e o pai não quis assumir a responsabilidade pelo crime ambiental.
Porém, nós apreendemos toda a madeira, duas motoserras e demos um prazo até dia 5 de fevereiro para ele se apresentar, do contrário o pai será multado por armazenar madeira irregular", disse o chefe do escritório regional do Ibama em Carauarí, Francisco Pinto. A "Operação Xeruã" terminou na última terça-feira com o retorno do grupo a Carauarí e nenhum incidente informado entre índios e madeireiros.
"Nesse caso da invasão da reserva Deni foi importante uma ação rápida, pois os índios estavam se preparando para formar um grupo e expulsar os invasores. Com a chegada do Ibama e da Funai a tempo de impedir o conflito e deixar claro para os invasores a presença do Estado através da apreensão da madeira e punição por multa dos madeireiros esperamos conter futuras invasões", afirma o gerente executivo do Ibama no Amazonas, Henrique dos Santos Pereira. O valor aproximado da multa que será aplicada ao madeireiro conhecido como Adilson é de R$ 10 mil.
Fonte: Ibama – 30/01/2004
A invasão foi denunciada pelo Conselho Indígena
Missionário (Cimi), entidade ligada a Igreja Católica, no dia 19. Segundo o Cimi, a reserva já havia sido invadida há sete dias por um grupo armado que estava derrubando árvores sem autorização do Ibama e o consentimento dos Deni. Temendo o uso de violência por parte dos invasores, missionários e lideranças indígenas comunicaram a invasão ao Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao escritório regional do Ibama na cidade de Carauarí.
No dia 22, um grupo de quatro agente dos Ibama seguiu em uma voadeira do órgão para a reserva acompanhados de dois policiais militares, um funcionário da Funai e um índio Deni como guia. Após 18h de viagem pelo rio Juruá até a entrada do rio Xeruã, onde começa a área da terra indígena Deni, o grupo constatou as denúncias feitas pelo Cimi de extração ilegal de madeira pelos filhos de um morador da margem do Xeruã chamado de Raimundo Lopes, conhecidos como Adilson, George e Mundico. Os madeireiros conseguiram fugir do local da extração, no igarapé conhecido como Rosemã, deixando para trás 29 pranchas de madeira das espécies conhecidas como louro e inambuí.
Guiados pelos caciques Saravi Deni e Sabá Deni, líderes de duas das cinco aldeias existentes na reserva, os agentes do Ibama encontraram o restante da madeira na casa de Raimundo Lopes, situada à margem do Xeruã na entrada da reserva. "Segundo os índios, o principal responsável pela retirada de madeira é um filho do senhor Raimundo chamado Adilson, mas ele escapou para o município de Itamarati e o pai não quis assumir a responsabilidade pelo crime ambiental.
Porém, nós apreendemos toda a madeira, duas motoserras e demos um prazo até dia 5 de fevereiro para ele se apresentar, do contrário o pai será multado por armazenar madeira irregular", disse o chefe do escritório regional do Ibama em Carauarí, Francisco Pinto. A "Operação Xeruã" terminou na última terça-feira com o retorno do grupo a Carauarí e nenhum incidente informado entre índios e madeireiros.
"Nesse caso da invasão da reserva Deni foi importante uma ação rápida, pois os índios estavam se preparando para formar um grupo e expulsar os invasores. Com a chegada do Ibama e da Funai a tempo de impedir o conflito e deixar claro para os invasores a presença do Estado através da apreensão da madeira e punição por multa dos madeireiros esperamos conter futuras invasões", afirma o gerente executivo do Ibama no Amazonas, Henrique dos Santos Pereira. O valor aproximado da multa que será aplicada ao madeireiro conhecido como Adilson é de R$ 10 mil.
Fonte: Ibama – 30/01/2004
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