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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Queimadas na Amazônia influenciam ar da região sul do país.
Partículas e gases produzidos pelas queimadas e por incêndios florestais na Amazônia estão viajando milhares de quilômetros e mudando a composição atmosférica do Paraná e de todo o Sul e Sudeste do país. Além disso, podem estar afetando o regime de chuvas e o equilíbrio biológico dessas regiões. O alerta faz parte das conclusões da primeira etapa de um estudo iniciado há dois anos pelo Instituto de Física da USP - Universidade de São Paulo e pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.
Os pesquisadores descobriram que os aerossóis – gases e partículas formados pelas queimadas amazônicas – são levados pelas correntes de ventos e massas de ar e chegam ao Centro-Sul do país. "A quantidade deles na atmosfera é muito grande", afirma o coordenador da pesquisa, o professor Paulo Eduardo Artaxo Netto, do Instituto de Física da USP.
Com equipamentos cedidos pela Nasa, a agência espacial norte-americana, os pesquisadores mediram a quantidade dos aerossóis sobre a cidade de São Paulo, em agosto passado. Trinta por cento das partículas encontradas eram provenientes das queimadas no Norte do país, afirma Artaxo Netto.
Não houve medições em outras localidades. Mas imagens de satélite mostram que os aerossóis chegam ao Sul do país e até mesmo a países vizinhos. A incidência maior dessas partículas, diz o coordenador da pesquisa, é verificada entre agosto e outubro – época que coincide com o período em que mais ocorrem as queimadas na Amazônia.
Artaxo Netto afirma que os aerossóis normalmente ficam em suspensão em camadas da atmosfera localizadas a 6 ou 7 quilômetros de altura. Por isso, não chegam a causar problemas de poluição do ar que é respirado pelos moradores do Sul e do Sudeste.
Mas, de acordo com Artaxo Netto, as partículas provenientes das queimadas amazônicas têm influência sobre a formação de nuvens e, conseqüentemente, sobre o regime de precipitação pluviométrica. Isso pode ter implicações econômicas sérias, pois a agricultura, a geração de energia e o abastecimento público de água dependem das chuvas. A medição da magnitude da influência do fenômeno no regime pluviométrico – ou seja, em que grau de intensidade as partículas alterariam a quantidade de chuvas – será a próxima etapa da pesquisa.
O transporte de aerossóis provenientes das queimadas da Amazônia para o Sul e Sudeste também pode provocar alterações na biodiversidade dessas regiões. As partículas absorvem parte da radiação solar e diminuem a incidência dela sobre o solo, explica Artaxo Netto. "Afeta todo o funcionamento do ecossistema", diz ele. Vegetais precisam da luz solar para fazer a fotossíntese. Mudanças no equilíbrio biológico das plantas causariam alterações também para os animais que se alimentam delas. Para Artaxo Netto, dependendo das conclusões finais da pesquisa, o governo brasileiro terá mais um motivo para coibir as queimadas e os incêndios florestais no Norte do país.
138 mil focos de fogo em 2003
O Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e o Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registraram em 2003, 138.665 focos de fogo na Amazônia Legal – que inclui os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
O ano terminou com o segundo maior número de queimadas e incêndios florestais desde 2000, quando foi adotada a atual metodologia de captação de imagens por satélite. Em 2002, foram registrados 160 mil focos; em 2000, foram 67 mil; e em 2001, 100 mil.
Segundo informações do Ibama, as queimadas são utilizadas na Amazônia para diversos fins: preparar a terra para o plantio, controlar ervas daninhas em pastagens e até mesmo para derrubar florestas. Queimadas fora de controle também acabam por causar incêndios florestais. E, para isso, ainda contribui a derrubada de árvores para a indústria madeireira. Áreas desmatadas são mais sujeitas a pegarem fogo do que as florestas úmidas da região amazônica.
Fernando Martins
Fonte:Gazeta do Povo/PR
05/jan/04
Os pesquisadores descobriram que os aerossóis – gases e partículas formados pelas queimadas amazônicas – são levados pelas correntes de ventos e massas de ar e chegam ao Centro-Sul do país. "A quantidade deles na atmosfera é muito grande", afirma o coordenador da pesquisa, o professor Paulo Eduardo Artaxo Netto, do Instituto de Física da USP.
Com equipamentos cedidos pela Nasa, a agência espacial norte-americana, os pesquisadores mediram a quantidade dos aerossóis sobre a cidade de São Paulo, em agosto passado. Trinta por cento das partículas encontradas eram provenientes das queimadas no Norte do país, afirma Artaxo Netto.
Não houve medições em outras localidades. Mas imagens de satélite mostram que os aerossóis chegam ao Sul do país e até mesmo a países vizinhos. A incidência maior dessas partículas, diz o coordenador da pesquisa, é verificada entre agosto e outubro – época que coincide com o período em que mais ocorrem as queimadas na Amazônia.
Artaxo Netto afirma que os aerossóis normalmente ficam em suspensão em camadas da atmosfera localizadas a 6 ou 7 quilômetros de altura. Por isso, não chegam a causar problemas de poluição do ar que é respirado pelos moradores do Sul e do Sudeste.
Mas, de acordo com Artaxo Netto, as partículas provenientes das queimadas amazônicas têm influência sobre a formação de nuvens e, conseqüentemente, sobre o regime de precipitação pluviométrica. Isso pode ter implicações econômicas sérias, pois a agricultura, a geração de energia e o abastecimento público de água dependem das chuvas. A medição da magnitude da influência do fenômeno no regime pluviométrico – ou seja, em que grau de intensidade as partículas alterariam a quantidade de chuvas – será a próxima etapa da pesquisa.
O transporte de aerossóis provenientes das queimadas da Amazônia para o Sul e Sudeste também pode provocar alterações na biodiversidade dessas regiões. As partículas absorvem parte da radiação solar e diminuem a incidência dela sobre o solo, explica Artaxo Netto. "Afeta todo o funcionamento do ecossistema", diz ele. Vegetais precisam da luz solar para fazer a fotossíntese. Mudanças no equilíbrio biológico das plantas causariam alterações também para os animais que se alimentam delas. Para Artaxo Netto, dependendo das conclusões finais da pesquisa, o governo brasileiro terá mais um motivo para coibir as queimadas e os incêndios florestais no Norte do país.
138 mil focos de fogo em 2003
O Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e o Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registraram em 2003, 138.665 focos de fogo na Amazônia Legal – que inclui os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
O ano terminou com o segundo maior número de queimadas e incêndios florestais desde 2000, quando foi adotada a atual metodologia de captação de imagens por satélite. Em 2002, foram registrados 160 mil focos; em 2000, foram 67 mil; e em 2001, 100 mil.
Segundo informações do Ibama, as queimadas são utilizadas na Amazônia para diversos fins: preparar a terra para o plantio, controlar ervas daninhas em pastagens e até mesmo para derrubar florestas. Queimadas fora de controle também acabam por causar incêndios florestais. E, para isso, ainda contribui a derrubada de árvores para a indústria madeireira. Áreas desmatadas são mais sujeitas a pegarem fogo do que as florestas úmidas da região amazônica.
Fernando Martins
Fonte:Gazeta do Povo/PR
05/jan/04
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