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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Acre pode obter recursos da cadeia de móveis.
Visita de especialistas a Cruzeiro do Sul sinaliza inserção do Estado no orçamento do Ministério do Comércio Exterior.
O seminário de desenvolvimento do setor moveleiro do Juruá que aconteceu na última quarta-feira, 16, em Cruzeiro do Sul, marca o primeiro passo do Estado na corrida por um lugar na lista de beneficiados no orçamento de U$ 3,6 bilhões do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), traçado para os próximos três anos à cadeia produtiva de madeira e móveis de cidades de alguns Estados brasileiros.
A iniciativa do Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) pretende colocar o setor moveleiro do Vale do Juruá na lista, onde apenas dois Estados que integram a Amazônia Ocidental - Amapá e Rondônia - foram contemplados.
Em busca dessa organização e da criação de um projeto que realmente possa ser colocado em prática, o Sebrae trouxe ao Vale do Juruá dois profissionais que estão no ranking dos melhores do Brasil.
José de Castro Silva é engenheiro florestal, professor e pesquisador da conceituada Universidade Federal de Viçosa, que atua hoje com 700 professores na educação de cerca de 14 mil alunos. É também especialista em tecnologia moveleira e doutor em tecnologia de produtos florestais. Atua como consultor do pólo moveleiro de Ubá (Minas Gerais) e empresas do Brasil e da Venezuela, entre outros países.
João Araújo Pinto Neto é diretor-superintendente da Fundação Votuporanguense de Educação e Cultura, principal realizador e professor do Centro Tecnológico de Formação Profissional de Madeira e Mobiliário de Votuporanga. Com o curso técnico de produção moveleira, ele trabalha no ramo há 15 anos.
Ambos visitaram por dois dias algumas empresas em Cruzeiro do Sul, junto ao coordenador de projetos do setor moveleiro do Sebrae, Leomando de Souza, e o presidente do Sindicato dos Moveleiros do Acre (Sindmóveis), Francisco José da Silva. A intenção é que o projeto abranja também Rio Branco. No seminário, que reuniu 28 pessoas, a maioria donos de movelarias e representantes do governo e bancos, foram expostas as experiências de outros Estados e apresentadas propostas de algumas coisas que podem ser feitas de acordo com a realidade local para melhorar o setor.
Empresários vão apresentar projeto ao Ministério do Comércio Exterior
A principal proposta foi a parceria que precisa ser criada entre os pequenos empresários em algumas atividades para que possam produzir mais e ter um menor custo em suas despesas.
Mas tudo isso foi só o primeiro passo junto à resposta positiva dos empresários do setor moveleiro que aceitaram em trabalhar um projeto para que seja apresentado ao MIDC. E com o recurso garantindo há a previsão de que ele seja implantado em 18 meses. José de Castro explica que o primeiro passo agora é que o setor do Vale do Juruá escolha um representante que pode ser o próprio Sebrae ou Governo do Estado. Ou até mesmo os dois.
João Araújo dá uma informação bastante positiva e esperançosa a trabalhadores locais que querem crescer, mas desconhecem o caminho de um mercado bastante competitivo. “Aqui há um potencial muito diversificado que precisa apenas ser trabalhado”.
Só depois, os dois especialistas levarão a Brasília um projeto com a durabilidade de 18 meses para o arranjo produtivo local, contemplando todos os pontos de deficiência e as soluções para corrigi-los. Dessa maneira a proposta passa a ter consistência. Eles mostram que há interesse do MDIC em desenvolver o setor nos Estados brasileiros. Com a aprovação do projeto, o recurso será aplicado em diversos segmentos, como transferência de tecnologia, qualificação na mão de obra, contratação de qualidade de produto, mercado, designer, organização do setor e gerenciamento.
Além disso, os dois consultores irão propor ações aplicadas em outros setores que deram certo, como a criação de uma central de compras, onde todos os empresários podem efetuar suas compras juntos e assim, diminuem o custo dos produtos.
Pesquisa detecta dificuldades do setor
As pesquisas feitas com 10 empresários do setor mostraram algumas das situações enfrentadas por eles. A maioria colocou a dificuldade em trazer pessoas de outros Estados para profissionalizar os funcionários daqui. Os principais defeitos na madeira que compram são furos e manchas.
A dificuldade de obtenção de madeira é uma das principais reclamações junto ao Instituto de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Instituto de Meio Ambiente (Imac). Uma das sugestões apresentadas é a integração para que a classe represente sua cadeia produtiva e consiga, assim, importantes parceiros. Em se tratando de investimentos, eles vêem a área de produção como a mais importante a ser trabalhada.
Segundo os consultores, a realidade daqui permite um diferencial ao Estado, que é a matéria prima de qualidade e valor. Mas eles fazem um alerta, mostrando que elas precisam ser bem utilizadas, do contrário terão o mesmo fim de outros lugares que apenas desmataram e acabaram com essa riqueza. RECURSO – Dos U$ 3,6 bilhões que serão investidos na cadeia produtiva de madeira e móveis, R$ 100 milhões serão destinados para a floresta, R$ 1 bilhão para placas, painéis e compensados, R$ 1,9 bilhão para móveis e o restante para serrarias. Todos os projetos apresentados terão de garantir a inclusão social, privilegiar os municípios menos privilegiados e gerar cidadania.
Andréa Zílio
Fonte:Página20
19/dez/03
O seminário de desenvolvimento do setor moveleiro do Juruá que aconteceu na última quarta-feira, 16, em Cruzeiro do Sul, marca o primeiro passo do Estado na corrida por um lugar na lista de beneficiados no orçamento de U$ 3,6 bilhões do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), traçado para os próximos três anos à cadeia produtiva de madeira e móveis de cidades de alguns Estados brasileiros.
A iniciativa do Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) pretende colocar o setor moveleiro do Vale do Juruá na lista, onde apenas dois Estados que integram a Amazônia Ocidental - Amapá e Rondônia - foram contemplados.
Em busca dessa organização e da criação de um projeto que realmente possa ser colocado em prática, o Sebrae trouxe ao Vale do Juruá dois profissionais que estão no ranking dos melhores do Brasil.
José de Castro Silva é engenheiro florestal, professor e pesquisador da conceituada Universidade Federal de Viçosa, que atua hoje com 700 professores na educação de cerca de 14 mil alunos. É também especialista em tecnologia moveleira e doutor em tecnologia de produtos florestais. Atua como consultor do pólo moveleiro de Ubá (Minas Gerais) e empresas do Brasil e da Venezuela, entre outros países.
João Araújo Pinto Neto é diretor-superintendente da Fundação Votuporanguense de Educação e Cultura, principal realizador e professor do Centro Tecnológico de Formação Profissional de Madeira e Mobiliário de Votuporanga. Com o curso técnico de produção moveleira, ele trabalha no ramo há 15 anos.
Ambos visitaram por dois dias algumas empresas em Cruzeiro do Sul, junto ao coordenador de projetos do setor moveleiro do Sebrae, Leomando de Souza, e o presidente do Sindicato dos Moveleiros do Acre (Sindmóveis), Francisco José da Silva. A intenção é que o projeto abranja também Rio Branco. No seminário, que reuniu 28 pessoas, a maioria donos de movelarias e representantes do governo e bancos, foram expostas as experiências de outros Estados e apresentadas propostas de algumas coisas que podem ser feitas de acordo com a realidade local para melhorar o setor.
Empresários vão apresentar projeto ao Ministério do Comércio Exterior
A principal proposta foi a parceria que precisa ser criada entre os pequenos empresários em algumas atividades para que possam produzir mais e ter um menor custo em suas despesas.
Mas tudo isso foi só o primeiro passo junto à resposta positiva dos empresários do setor moveleiro que aceitaram em trabalhar um projeto para que seja apresentado ao MIDC. E com o recurso garantindo há a previsão de que ele seja implantado em 18 meses. José de Castro explica que o primeiro passo agora é que o setor do Vale do Juruá escolha um representante que pode ser o próprio Sebrae ou Governo do Estado. Ou até mesmo os dois.
João Araújo dá uma informação bastante positiva e esperançosa a trabalhadores locais que querem crescer, mas desconhecem o caminho de um mercado bastante competitivo. “Aqui há um potencial muito diversificado que precisa apenas ser trabalhado”.
Só depois, os dois especialistas levarão a Brasília um projeto com a durabilidade de 18 meses para o arranjo produtivo local, contemplando todos os pontos de deficiência e as soluções para corrigi-los. Dessa maneira a proposta passa a ter consistência. Eles mostram que há interesse do MDIC em desenvolver o setor nos Estados brasileiros. Com a aprovação do projeto, o recurso será aplicado em diversos segmentos, como transferência de tecnologia, qualificação na mão de obra, contratação de qualidade de produto, mercado, designer, organização do setor e gerenciamento.
Além disso, os dois consultores irão propor ações aplicadas em outros setores que deram certo, como a criação de uma central de compras, onde todos os empresários podem efetuar suas compras juntos e assim, diminuem o custo dos produtos.
Pesquisa detecta dificuldades do setor
As pesquisas feitas com 10 empresários do setor mostraram algumas das situações enfrentadas por eles. A maioria colocou a dificuldade em trazer pessoas de outros Estados para profissionalizar os funcionários daqui. Os principais defeitos na madeira que compram são furos e manchas.
A dificuldade de obtenção de madeira é uma das principais reclamações junto ao Instituto de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Instituto de Meio Ambiente (Imac). Uma das sugestões apresentadas é a integração para que a classe represente sua cadeia produtiva e consiga, assim, importantes parceiros. Em se tratando de investimentos, eles vêem a área de produção como a mais importante a ser trabalhada.
Segundo os consultores, a realidade daqui permite um diferencial ao Estado, que é a matéria prima de qualidade e valor. Mas eles fazem um alerta, mostrando que elas precisam ser bem utilizadas, do contrário terão o mesmo fim de outros lugares que apenas desmataram e acabaram com essa riqueza. RECURSO – Dos U$ 3,6 bilhões que serão investidos na cadeia produtiva de madeira e móveis, R$ 100 milhões serão destinados para a floresta, R$ 1 bilhão para placas, painéis e compensados, R$ 1,9 bilhão para móveis e o restante para serrarias. Todos os projetos apresentados terão de garantir a inclusão social, privilegiar os municípios menos privilegiados e gerar cidadania.
Andréa Zílio
Fonte:Página20
19/dez/03
Fonte:
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