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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Cooperação é remédio para o setor florestal.
Cooperação com outros órgãos e instituições para agilizar a liberação de autorizações à exploração extrativista. A alternativa é apontada pelo engenheiro florestal e doutor em desenvolvimento sócio ambiental, André Luiz Lopes de Souza, como uma decisão que pode ajudar a diminuir o desgaste entre o setor florestal e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já que a organização do setor é imprescindível para a sustentabilidade social e econômica.
Para o professor, não dá para fugir da discussão sobre a titularidade das terras onde os planos de manejo florestal podem ser executados. Um dos motivos é a história estadual marcada pela facilidade na aquisição de terras, especulação e todos os conflitos gerados por essa falta de controle público.
Isso faz o professor observar que, se antes os órgãos fiscais pecaram pela omissão, hoje podem estar pecando pelo excesso. Contudo, acredita que legalizar é preciso por causa dos efeitos positivos que o planejamento da exploração extrativista pode representar para a economia e para a população.
Embora produza lucros imediatos e “altos”, a extração desordenada de madeira se torna insustentável a médio e longo prazos. Numa exploração tradicional, o erro começa na derrubada das árvores sem qualquer critério. Várias espécies são cortadas, algumas não são aproveitadas e o arraste até o caminhão abre imensas clareiras.
Continuamente, essa retirada descontrolada vai reduzindo os estoques atuais e ameaçando os futuros porque também atinge árvores sementeiras. Luiz observa que a natureza leva um tempo muito maior para se recompor. É o inverso do ocorrido nas áreas onde a exploração foi feita a partir de plano de manejo.
Para ser certificada com o rótulo de sustentável, a extração começa com um planejamento técnico em que é feito um inventário florestal seguido de corte de cipós e seleção das árvores a serem derrubadas. Com mão-de-obra treinada e acompanhamento do engenheiro florestal é possível reduzir os impactos e, consequentemente, reduzir o tempo de regeneração da área.
André Luiz garante que os investimentos exigem mais dinheiro para a implantação, mas esses custos tendem a cair bastante por causa da economia gerada com o aumento do rendimento dos equipamentos. Os custos de implantação, explica, variam de acordo com o tamanho da área e as correspondentes exigências legais.
Com relação a essas exigências, ele observa que não há como ceder por causa do risco de especulação. Mas acredita que é preciso maior agilidade na revisão dos projetos e liberação de Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPF). A sugestão é a abertura para a cooperação institucional.
O professor acredita que, instituições como as universidades podem ser parceiras do Ibama na hora analisar, vistoriar e propor projetos de manejo para ajudar a suprir a falta de pessoal. No livro de sua autoria “Desenvolvimento sustentável, manejo florestal e o uso dos recursos madeireiros na Amazônia brasileira: desafios, possibilidades e limites”, André sugere também o controle estadual das terras para permitir a concessão à exploração, fiscalizada.
Sandra Rocha
Fonte: O liberal
29/nov/03
Para o professor, não dá para fugir da discussão sobre a titularidade das terras onde os planos de manejo florestal podem ser executados. Um dos motivos é a história estadual marcada pela facilidade na aquisição de terras, especulação e todos os conflitos gerados por essa falta de controle público.
Isso faz o professor observar que, se antes os órgãos fiscais pecaram pela omissão, hoje podem estar pecando pelo excesso. Contudo, acredita que legalizar é preciso por causa dos efeitos positivos que o planejamento da exploração extrativista pode representar para a economia e para a população.
Embora produza lucros imediatos e “altos”, a extração desordenada de madeira se torna insustentável a médio e longo prazos. Numa exploração tradicional, o erro começa na derrubada das árvores sem qualquer critério. Várias espécies são cortadas, algumas não são aproveitadas e o arraste até o caminhão abre imensas clareiras.
Continuamente, essa retirada descontrolada vai reduzindo os estoques atuais e ameaçando os futuros porque também atinge árvores sementeiras. Luiz observa que a natureza leva um tempo muito maior para se recompor. É o inverso do ocorrido nas áreas onde a exploração foi feita a partir de plano de manejo.
Para ser certificada com o rótulo de sustentável, a extração começa com um planejamento técnico em que é feito um inventário florestal seguido de corte de cipós e seleção das árvores a serem derrubadas. Com mão-de-obra treinada e acompanhamento do engenheiro florestal é possível reduzir os impactos e, consequentemente, reduzir o tempo de regeneração da área.
André Luiz garante que os investimentos exigem mais dinheiro para a implantação, mas esses custos tendem a cair bastante por causa da economia gerada com o aumento do rendimento dos equipamentos. Os custos de implantação, explica, variam de acordo com o tamanho da área e as correspondentes exigências legais.
Com relação a essas exigências, ele observa que não há como ceder por causa do risco de especulação. Mas acredita que é preciso maior agilidade na revisão dos projetos e liberação de Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPF). A sugestão é a abertura para a cooperação institucional.
O professor acredita que, instituições como as universidades podem ser parceiras do Ibama na hora analisar, vistoriar e propor projetos de manejo para ajudar a suprir a falta de pessoal. No livro de sua autoria “Desenvolvimento sustentável, manejo florestal e o uso dos recursos madeireiros na Amazônia brasileira: desafios, possibilidades e limites”, André sugere também o controle estadual das terras para permitir a concessão à exploração, fiscalizada.
Sandra Rocha
Fonte: O liberal
29/nov/03
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