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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Setor de portas quer padronização de medidas
Falta de política habitacional compromete negócios com mercado interno
Na busca de uma uniformidade dos produtos, o setor de portas brasileiro está propondo uma padronização nacional para as medidas. A proposta do segmento, que emprega madeira extraída de floresta plantada como matéria-prima, é uniformizar as medidas em 2,10m de altura, 0,60m, 0,70m e 0,80m de largura e 35 mm de espessura, permitindo a instalação nos vãos, previamente preparados, de forma simples, veloz e mais barata. “A tendência no momento é a melhor utilização dos recursos com redução no volume de madeiras nativas e aplicação de outros de material reflorestado”, destaca o vice-presidente de portas da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente – Abimci, Antonio Rubens Camilotti.
No Sul e no Sudeste do país o kit porta tem 2,10m de altura, 0,60m, 0,70m e 0,80m de largura e 35 mm de espessura, enquanto no Nordeste, a espessura muda para 30mm mantendo-se as larguras. Há ainda algumas medidas, como 0,62m, 0,72m e 0,82m de largura e 35mm de espessura, praticadas somente na Grande São Paulo e parte da Baixada Santista. “Isso não apenas dificulta e acrescenta custos na fabricação, como também onera os custos de aplicação, tanto em tempo, como no desperdício de material”, explica Camilotti.
Em um edifício de dez andares, por exemplo, com quatro apartamentos por andar, nas 40 unidades utilizam-se dez kits porta por moradia, incluindo entrada social, sala, três dormitórios, dois banheiros, cozinha e área de serviço. “Nesse caso, a inexistência de padronização provocará desperdício de mão-de-obra, de material e de várias semanas de ajustes dos kits. Com a padronização, o resultado será exatamente o inverso. Mais rapidez com menor custo”, esclarece o empresário.
Segundo o vice-presidente da Abimci, o setor de portas se preocupa também com a unificação dos termos de garantia para proporcionar tranqüilidade ao comprador e ao montador. “Estamos estudando os pontos comuns dos atuais termos, aliando os aspectos do código do consumidor às experiências vivenciadas, tendo como base as normas técnicas da ABNT”, diz Camilotti.
Setor em expansão
Em 2002, a produção nacional chegou a 6,3 milhões de portas prontas. Segundo Camilotti, no Brasil, há cerca de 2,5 mil empresas fabricantes do produto, que geram 200 mil empregos diretos e indiretos. A grande maioria dos fabricantes (80%) está localizada no Paraná e Santa Catarina. Os demais 20% estão distribuídos pelos outros estados. “Trata-se de um mercado cujo crescimento foi de 77% nos últimos cinco anos. Em 1997, a produção somou 3,5 milhões de unidades. Só as dez maiores empresas representam 50% desse total”, afirma Camilotti.
De acordo com a Abimci, em razão da falta de uma política habitacional no país o setor tem se voltado para o mercado externo. “Atualmente, as exportações representam entre 30% e 35% do total. Os restantes, consumidos no mercado interno, estão divididos entre revendas (50%), construção civil (30%) e montadores (20%)”, conta o vice-presidente da Abimci.
As portas prontas são bem aceitas no mercado internacional. As exportações do conjunto – folha, batentes e soleiras – somaram US$ 132 milhões, no ano passado, 23,3% superiores aos US$ 107 milhões de 2001. Nos últimos cinco anos, a evolução foi de mais de 90%.
Perspectivas
A expectativa para o setor de portas de madeira é ampliar seus mercados, interno e externo, projetando um crescimento de 3% na produção de 2003. “Continuaremos buscando a definição de uma política habitacional por parte do governo. Algo que determine e especifique para curto, médio e longo prazos o que será feito, principalmente, quanto ao déficit habitacional”, concluiu Camilotti.
A Abimci, entidade que representa as empresas que atuam no processamento da madeira em diversos segmentos, participa com cerca de 1,5% do PIB, pouco mais de US$ 7,5 bilhões, com uma arrecadação em tributos superior a US$ 2 bilhões. “Focada na Floresta Produtiva, a associação está desenvolvendo diversos planos nacionais de qualidade”, adianta Odelir Battistella, presidente da Associação. Além disso, ele lembra que em 2002, foram exportados US$ 1,5 bilhão. “O que bem pouca gente sabe é que se trata de um total quase integralmente somado na balança comercial brasileira, visto que nosso setor é um dos que, praticamente, pouco importa”, revela Battistella. Mas para o presidente da entidade, ainda é preciso crescer mais. “No ano passado, o volume de negócios somou US$ 8 bilhões. Empregamos 8 milhões de pessoas direta e indiretamente, dos quais 2,5 milhões estão nas empresas do nosso setor. Os restantes 5,5 milhões estão divididos entre a indústria moveleira, com 4,3 milhões, e as áreas de carvão, silvicultura, papel e celulose, entre outras, ficam com 1,2 milhão”, complementa o presidente da Abimci.
Fonte: Singular Agência Notícias
Na busca de uma uniformidade dos produtos, o setor de portas brasileiro está propondo uma padronização nacional para as medidas. A proposta do segmento, que emprega madeira extraída de floresta plantada como matéria-prima, é uniformizar as medidas em 2,10m de altura, 0,60m, 0,70m e 0,80m de largura e 35 mm de espessura, permitindo a instalação nos vãos, previamente preparados, de forma simples, veloz e mais barata. “A tendência no momento é a melhor utilização dos recursos com redução no volume de madeiras nativas e aplicação de outros de material reflorestado”, destaca o vice-presidente de portas da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente – Abimci, Antonio Rubens Camilotti.
No Sul e no Sudeste do país o kit porta tem 2,10m de altura, 0,60m, 0,70m e 0,80m de largura e 35 mm de espessura, enquanto no Nordeste, a espessura muda para 30mm mantendo-se as larguras. Há ainda algumas medidas, como 0,62m, 0,72m e 0,82m de largura e 35mm de espessura, praticadas somente na Grande São Paulo e parte da Baixada Santista. “Isso não apenas dificulta e acrescenta custos na fabricação, como também onera os custos de aplicação, tanto em tempo, como no desperdício de material”, explica Camilotti.
Em um edifício de dez andares, por exemplo, com quatro apartamentos por andar, nas 40 unidades utilizam-se dez kits porta por moradia, incluindo entrada social, sala, três dormitórios, dois banheiros, cozinha e área de serviço. “Nesse caso, a inexistência de padronização provocará desperdício de mão-de-obra, de material e de várias semanas de ajustes dos kits. Com a padronização, o resultado será exatamente o inverso. Mais rapidez com menor custo”, esclarece o empresário.
Segundo o vice-presidente da Abimci, o setor de portas se preocupa também com a unificação dos termos de garantia para proporcionar tranqüilidade ao comprador e ao montador. “Estamos estudando os pontos comuns dos atuais termos, aliando os aspectos do código do consumidor às experiências vivenciadas, tendo como base as normas técnicas da ABNT”, diz Camilotti.
Setor em expansão
Em 2002, a produção nacional chegou a 6,3 milhões de portas prontas. Segundo Camilotti, no Brasil, há cerca de 2,5 mil empresas fabricantes do produto, que geram 200 mil empregos diretos e indiretos. A grande maioria dos fabricantes (80%) está localizada no Paraná e Santa Catarina. Os demais 20% estão distribuídos pelos outros estados. “Trata-se de um mercado cujo crescimento foi de 77% nos últimos cinco anos. Em 1997, a produção somou 3,5 milhões de unidades. Só as dez maiores empresas representam 50% desse total”, afirma Camilotti.
De acordo com a Abimci, em razão da falta de uma política habitacional no país o setor tem se voltado para o mercado externo. “Atualmente, as exportações representam entre 30% e 35% do total. Os restantes, consumidos no mercado interno, estão divididos entre revendas (50%), construção civil (30%) e montadores (20%)”, conta o vice-presidente da Abimci.
As portas prontas são bem aceitas no mercado internacional. As exportações do conjunto – folha, batentes e soleiras – somaram US$ 132 milhões, no ano passado, 23,3% superiores aos US$ 107 milhões de 2001. Nos últimos cinco anos, a evolução foi de mais de 90%.
Perspectivas
A expectativa para o setor de portas de madeira é ampliar seus mercados, interno e externo, projetando um crescimento de 3% na produção de 2003. “Continuaremos buscando a definição de uma política habitacional por parte do governo. Algo que determine e especifique para curto, médio e longo prazos o que será feito, principalmente, quanto ao déficit habitacional”, concluiu Camilotti.
A Abimci, entidade que representa as empresas que atuam no processamento da madeira em diversos segmentos, participa com cerca de 1,5% do PIB, pouco mais de US$ 7,5 bilhões, com uma arrecadação em tributos superior a US$ 2 bilhões. “Focada na Floresta Produtiva, a associação está desenvolvendo diversos planos nacionais de qualidade”, adianta Odelir Battistella, presidente da Associação. Além disso, ele lembra que em 2002, foram exportados US$ 1,5 bilhão. “O que bem pouca gente sabe é que se trata de um total quase integralmente somado na balança comercial brasileira, visto que nosso setor é um dos que, praticamente, pouco importa”, revela Battistella. Mas para o presidente da entidade, ainda é preciso crescer mais. “No ano passado, o volume de negócios somou US$ 8 bilhões. Empregamos 8 milhões de pessoas direta e indiretamente, dos quais 2,5 milhões estão nas empresas do nosso setor. Os restantes 5,5 milhões estão divididos entre a indústria moveleira, com 4,3 milhões, e as áreas de carvão, silvicultura, papel e celulose, entre outras, ficam com 1,2 milhão”, complementa o presidente da Abimci.
Fonte: Singular Agência Notícias
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