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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Técnicas ajudam a estudar "teto da floresta".
Para entender melhor o ambiente ainda pouco conhecido do dossel de florestas -superfície formada pelas copas das árvores-, pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo cursos de campo com treinamento de técnicas de escaladas e pesquisas sobre a biodiversidade dessas áreas.
Segundo a organização internacional GCP (em português Programa Global de Dosséis), 90% da biomassa da terra interage com a atmosfera nos dosséis florestais. Apesar de pouco estudadas, são regiões fundamentais para a investigação da manutenção da biodiversidade e influência das florestas nas mudanças climáticas.
Professores e alunos de pós-graduação em biologia participam do "Curso de Campo de Pesquisas em Dosséis", no Parque Estadual do Rio Doce, em Marliéria (MG). O treinamento, que vai até o dia 14, tem o apoio do GCP e é financiado pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido. A promoção é da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), em parceria com a Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) e com a Unicamp (Universidade de Campinas).
O objetivo, segundo seus organizadores, é criar uma metodologia única de treinamento e pesquisa em dossel, além de lançar as bases para um seminário, em 2004, que discutirá o futuro desses estudos no país. Recursos para outras duas edições anuais do curso já estão assegurados.
Em três semanas, o aluno aprende sobre equipamentos de escalada, segurança, movimentação na copa e entre copas de árvores, além de desenvolver projetos de ecologia (relação entre seres vivos e o ambiente).
Os projetos de ecologia tem como alvo o estudo das espécies que vivem nos dosséis, principalmente insetos. Além de mapear os organismos, buscam investigar necessidades para a vida na copa e como ela é mantida.
As técnicas de acesso às árvores são baseadas no alpinismo com o uso de cordas. Outros métodos, como guindastes e balões de hélio, não são abordados.
"Queremos que as técnicas mais simples sejam dominadas pelos futuros pesquisadores", explicou Talita Fontoura, da Uesc, uma das organizadoras do curso.
As primeiras pesquisas sobre dosséis florestais começaram há cerca de 20 anos. Desde então, a região do topo das árvores é chamada de "última fronteira da ciência", dadas as descobertas que ali surgiram. Apesar de o termo dossel já ter sido desmitificado, os estudos ainda não deram conta de sua complexidade.
"Não sabemos, por exemplo, se há mais espécies lá em cima, ou no solo", disse o coordenador do curso, Sérvio Pinheiro, da Ufop.
O papel dos dosséis no processo de mudanças climáticas é outra importante linha de pesquisa. Segundo estimativas do GCT, eles influenciam a hidrologia de cerca de 45 milhões de hectares de terra no Brasil por controlar o processo de evapotranspiração (fenômeno combinado de evaporação da água do solo e das superfícies líquidas e de transpiração dos vegetais) e interceptar 25% das chuvas, além de exercer o papel --ainda não esclarecido-- no sequestro de carbono da atmosfera.
No Brasil, segundo Fontoura, falta consolidar o diálogo entre os pesquisadores que enfatizam a ecologia de espécies e aqueles que tratam da climatologia.
"Estamos tentando fazer uma rede nacional para que projetos possam ser feitos integrando tanto a biologia em si como as grandes modificações atmosféricas."
Segundo a organização internacional GCP (em português Programa Global de Dosséis), 90% da biomassa da terra interage com a atmosfera nos dosséis florestais. Apesar de pouco estudadas, são regiões fundamentais para a investigação da manutenção da biodiversidade e influência das florestas nas mudanças climáticas.
Professores e alunos de pós-graduação em biologia participam do "Curso de Campo de Pesquisas em Dosséis", no Parque Estadual do Rio Doce, em Marliéria (MG). O treinamento, que vai até o dia 14, tem o apoio do GCP e é financiado pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido. A promoção é da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), em parceria com a Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) e com a Unicamp (Universidade de Campinas).
O objetivo, segundo seus organizadores, é criar uma metodologia única de treinamento e pesquisa em dossel, além de lançar as bases para um seminário, em 2004, que discutirá o futuro desses estudos no país. Recursos para outras duas edições anuais do curso já estão assegurados.
Em três semanas, o aluno aprende sobre equipamentos de escalada, segurança, movimentação na copa e entre copas de árvores, além de desenvolver projetos de ecologia (relação entre seres vivos e o ambiente).
Os projetos de ecologia tem como alvo o estudo das espécies que vivem nos dosséis, principalmente insetos. Além de mapear os organismos, buscam investigar necessidades para a vida na copa e como ela é mantida.
As técnicas de acesso às árvores são baseadas no alpinismo com o uso de cordas. Outros métodos, como guindastes e balões de hélio, não são abordados.
"Queremos que as técnicas mais simples sejam dominadas pelos futuros pesquisadores", explicou Talita Fontoura, da Uesc, uma das organizadoras do curso.
As primeiras pesquisas sobre dosséis florestais começaram há cerca de 20 anos. Desde então, a região do topo das árvores é chamada de "última fronteira da ciência", dadas as descobertas que ali surgiram. Apesar de o termo dossel já ter sido desmitificado, os estudos ainda não deram conta de sua complexidade.
"Não sabemos, por exemplo, se há mais espécies lá em cima, ou no solo", disse o coordenador do curso, Sérvio Pinheiro, da Ufop.
O papel dos dosséis no processo de mudanças climáticas é outra importante linha de pesquisa. Segundo estimativas do GCT, eles influenciam a hidrologia de cerca de 45 milhões de hectares de terra no Brasil por controlar o processo de evapotranspiração (fenômeno combinado de evaporação da água do solo e das superfícies líquidas e de transpiração dos vegetais) e interceptar 25% das chuvas, além de exercer o papel --ainda não esclarecido-- no sequestro de carbono da atmosfera.
No Brasil, segundo Fontoura, falta consolidar o diálogo entre os pesquisadores que enfatizam a ecologia de espécies e aqueles que tratam da climatologia.
"Estamos tentando fazer uma rede nacional para que projetos possam ser feitos integrando tanto a biologia em si como as grandes modificações atmosféricas."
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