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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Acre vai produzir clones florestais.
Projeto prevê a reprodução de no mínimo 250 mil mudas no próximo ano.
Começa a funcionar nos próximos dias a primeira biofábrica acreana. Ela será comandada pelo engenheiro agrônomo Jonny Everson Scherwinski, PhD em biologia celular e cultura de tecido de plantas. A fábrica vai reproduzir dezenas e até árvores e outros vegetais a partir de um único broto. O projeto prevê a reprodução de pelo menos 250 mil mudas no ano que vem.
A biofábrica acreana está sendo construída graças a um projeto de cooperação firmado entre a Embrapa no Acre com a prefeitura de Acrelância para fazer a recuperação de áreas degradadas naquele município. Esse projeto está sendo financiado pelo Ministério do Meio Ambiente, que repassou R$ 234.996,33, e a prefeitura está dando uma contrapartida de R$ 52.010.
“A instalação desta biofábrica no Acre se justifica pelo fato de ser muito demorada a reprodução das espécies madeireiras a partir de sementes. Mas conseguimos produzir mais de 50 mudas de mogno a partir de um único broto do qual tiramos os tecidos, que ao serem cultivados em laboratório dão origem a novas árvores exatamente iguais às suas mães”, explica Scherwinski.
Agora estão sendo feitos os toques finais na montagem do laboratório que será utilizado na reprodução de mudas florestais. Além de espécies como o mogno, cedro e outras essências madeireiras ou frutíferas da floresta acreana, o laboratório estará a serviço dos agricultores daquele município. Ou seja, são eles quem dirão que espécies devem ser reproduzidas a fim de serem usadas na recuperação de capoeiras e áreas degradadas.
A teca, madeira indiana e que custa oito vezes mais que o mogno, é uma das espécies em que os agricultores acrelandenses estão de olho. Mas eles também querem mudas de banana resistentes ao mal da Sigatoka negra, como é o caso da FIA-25, cuja primeira muda veio do Canadá.
“Os agricultores precisam de banana de alta qualidade genética e resistente a doenças como a Sigatoka plantadas na região. Nós podemos reproduzir até 600 mudas a partir de um único broto, em cinco meses. Isso serve para dar uma idéia da velocidade com que elas dão origem a outras exatamente iguais à primeira”, argumenta ele.
MUDAS - Enquanto não chegam ao campo as mudas que começam a ser reproduzidas nos primeiros testes do laboratório, o viveiro montado em Acrelândia já serviu, este ano, para reproduzir plantas usadas para arborizar as ruas daquela cidade. Há duas semanas, a Associação dos Fruticultores de Acrelândia conseguiu trazer de Rondônia alguns sacos com sementes de açaí de touceira, que já estão semeadas e deverão produzir pelo menos 280 mil mudas, que serão plantadas no ano que vem.
Juracy Xangai
Fonte:Página 20
13/nov/03
Começa a funcionar nos próximos dias a primeira biofábrica acreana. Ela será comandada pelo engenheiro agrônomo Jonny Everson Scherwinski, PhD em biologia celular e cultura de tecido de plantas. A fábrica vai reproduzir dezenas e até árvores e outros vegetais a partir de um único broto. O projeto prevê a reprodução de pelo menos 250 mil mudas no ano que vem.
A biofábrica acreana está sendo construída graças a um projeto de cooperação firmado entre a Embrapa no Acre com a prefeitura de Acrelância para fazer a recuperação de áreas degradadas naquele município. Esse projeto está sendo financiado pelo Ministério do Meio Ambiente, que repassou R$ 234.996,33, e a prefeitura está dando uma contrapartida de R$ 52.010.
“A instalação desta biofábrica no Acre se justifica pelo fato de ser muito demorada a reprodução das espécies madeireiras a partir de sementes. Mas conseguimos produzir mais de 50 mudas de mogno a partir de um único broto do qual tiramos os tecidos, que ao serem cultivados em laboratório dão origem a novas árvores exatamente iguais às suas mães”, explica Scherwinski.
Agora estão sendo feitos os toques finais na montagem do laboratório que será utilizado na reprodução de mudas florestais. Além de espécies como o mogno, cedro e outras essências madeireiras ou frutíferas da floresta acreana, o laboratório estará a serviço dos agricultores daquele município. Ou seja, são eles quem dirão que espécies devem ser reproduzidas a fim de serem usadas na recuperação de capoeiras e áreas degradadas.
A teca, madeira indiana e que custa oito vezes mais que o mogno, é uma das espécies em que os agricultores acrelandenses estão de olho. Mas eles também querem mudas de banana resistentes ao mal da Sigatoka negra, como é o caso da FIA-25, cuja primeira muda veio do Canadá.
“Os agricultores precisam de banana de alta qualidade genética e resistente a doenças como a Sigatoka plantadas na região. Nós podemos reproduzir até 600 mudas a partir de um único broto, em cinco meses. Isso serve para dar uma idéia da velocidade com que elas dão origem a outras exatamente iguais à primeira”, argumenta ele.
MUDAS - Enquanto não chegam ao campo as mudas que começam a ser reproduzidas nos primeiros testes do laboratório, o viveiro montado em Acrelândia já serviu, este ano, para reproduzir plantas usadas para arborizar as ruas daquela cidade. Há duas semanas, a Associação dos Fruticultores de Acrelândia conseguiu trazer de Rondônia alguns sacos com sementes de açaí de touceira, que já estão semeadas e deverão produzir pelo menos 280 mil mudas, que serão plantadas no ano que vem.
Juracy Xangai
Fonte:Página 20
13/nov/03
Fonte:
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