Um chalé de maçaranduba e cumaru, madeiras encontradas
em abundância na Amazônia, construído a partir de uma
consciência ecológica e projetado para ser prático,
funcional e de baixo custo, é um dos produtos que vão
atrair grande atenção no Equinócio 2003 - Rodada
Internacional de Negócios da cadeia produtivo dos
setores madeireiro e moveleiro, no período de 12 a 16
de novembro próximo, em Macapá.

A empresa responsável pela criação e exposição do chalé
é a Nativa da Amazônia - Casas Ecológicas, com sede em
Macapá, e a idéia básica do projeto vem do sonho de
construir uma casa de madeira, para vender a pessoas
que trabalham com turismo e também para quem dispõe de
terreno na beira de rio ou na praia, proporcionando
conforto, sensação de espaço e liberdade.

As 135 micro e pequenas empresas expositoras e
vendedoras dos nove estados da Amazônia, as 30 empresas
importadoras, atacadistas internacionais de móveis,
madeira e artesanato, e as empresas construtoras
internacionais, com participação confirmada nesta
sétima versão do Equinócio, vão encontrar no evento
preparado pelo Sebrae do Amapá uma singular diversidade
de produtos da madeira.

Uma das preocupações da Nativa da Amazônia - Casas
Ecológicas é desenvolver um trabalho com comunidades,
fazendo aproveitamento de matérias que normalmente são
jogadas fora pelas madeireiras e pelos
assentamentos. "Nós estamos fazendo parceria com
profissionais que trabalham com esse tipo de material e
a nossa idéia é desenvolver um produto dentro do
aproveitamento total, dentro de uma consciência
ecológica", afirma Carlos Araújo, empresário
responsável pela empresa expositora.

O chalé é pré-moldado, com esquema de montagem
construído, e a pessoa que adquirir o produto vai ter
toda a orientação num esquema de montagem prático. Uma
equipe de profissionais treinados será disponibilizada
para ir até o país comprador do produto e treinar a
equipe que fará a montagem, se for necessário.
Além da madeira amapaense, o projeto está utilizando
mão de obra local. A montagem está gerando 15 empregos
diretos e vai continuar gerando empregos após a
realização do Equinócio, pois um dos objetivos do
projeto é tornar a estrutura permanente, como um espaço
multifuncional.

Uma das características mais interessantes do chalé é
que ele não será apenas um produto de exposição
permanente, mas também um local com estrutura de
hidromassagem, sauna, ducha, queda d'dágua e banho de
ofurô (antigo banho grego, usado para relaxamento), em
banheira de madeira de lei, onde a água fica em
temperatura adequada para o corpo. As essências são
colocadas na água de acordo com a necessidade de cada
pessoa, dentro de um a leitura terapêutica, que será
feita por profissional capacitado. Após o banho, pode-
se fazer um trabalho de relaxamento e em seguida uma
massagem.

O espaço será aberto também aos músicos, artistas
plásticos, que poderão expor seus trabalhos e manter
intercâmbio com outros estados e outros países
interessados na cultura amazônica.

Carlos Araújo destaca que há uma grande expectativa de
todos os empresários envolvidos no evento,
especialmente os de Macapá, que contam com um esforço
muito grande do Sebrae para que o Amapá se desenvolva
na área do beneficiamento da madeira. "Eu não acho
interessante o Amapá serrar madeira e vendê-la serrada.
O estado tem um potencial muito grande de produção e eu
tenho percebido o esforço do Sebrae no sentido de criar
esta consciência, qualificar os empresários para que
esse beneficiamento seja feito no Estado, gerando mais
empregos, mais renda e conseqüentemente um crescimento
maior. A consciência que hoje está se criando é a da
extração com responsabilidade e com desenvolvimento
social".

O chalé está sendo montado em frente ao Sebrae, na rua
Ernestino Borges, em Macapá.

Luli Rojanski

Fonte: Assessoria de comunicação - Sebrae/AP

25/out/03.

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