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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Certificação é estratégia para setor madeireiro.
Economia florestal inicia processo de consolidação com a adesão da iniciativa privada na busca pelo FSC.
Os empresários ligados ao setor da economia florestal começam a investir na certificação do manejo. A floresta estadual do Antimary e a empresa Acre Brasil Verde, duas das mais importantes áreas de manejo florestal do estado, iniciaram esta semana uma pré-avaliação com o objetivo de obter o selo verde mais reconhecido hoje em todo o mundo, o FSC (Forest Stewardship Council), também conhecido como Conselho de Manejo Florestal.
A certificação das duas áreas será uma forma de promover o manejo florestal sustentável, uma vez que as empresas poderão manejar plantações e florestas nativas dentro dos padrões de sustentabilidade, priorizando critérios ambientais, sociais e econômicos. Com isso, o consumidor terá a garantia de que o produto florestal comercializado respeita os processos ecologicamente sustentáveis.
As três empresas que mantém consórcio na Floresta Estadual do Antimary já tem o manejo como um processo estratégico para competir no mercado de exportação. “O processo de certificação é geralmente longo, passa por uma avaliação formal multidisciplinar e um monitoramento contínuo para garantir a credibilidade do selo”, explica Rodrigo Pereira Junior, técnico do Instituto Natureza Amazônica, entidade ligada ao FSC.
A certificação das áreas de manejo é voluntária e depende da iniciativa da empresa ou organização interessada. No caso da reserva do Antimary e da área da empresa Acre Brasil Verde, o Governo do Acre tem dado todo o apoio necessário para que as empresas obtenham o certificado. Nos últimos meses, o governo recuperou e ampliou uma série de ramais que dão acesso às empresas de manejo.
Uma das sócias-proprietárias da empresa Acre Brasil Verde, Adelaide de Fátima, acredita que a certificação trará inúmeras vantagens tanto para a empresa quanto para os trabalhadores e a sociedade. De acordo com Fátima, a certificação permite que o empresário saiba exatamente quantas árvores e de quais espécies ele possui, além de saber quando cada uma estará disponível para a derrubada. “O empresário que adquire o selo verde aumenta o rendimento da sua floresta. A produtividade cresce, o desperdício diminui e a regeneração é bem mais rápida”, destaca.
De acordo com os técnicos que vieram iniciar o processo de avaliação nas duas áreas de manejo, outro fator importante para quem ganha a certificação é a facilidade de acesso a novos mercados, já que o selo também funciona como um atrativo para novos clientes.
Para a engenheira florestal da Funtac, Andreia da Costa Oertel, uma das coordenadoras do Promatec (programa de capacitação técnica em manejo florestal), a crescente conscientização dos empresários sobre a destruição e degradação da floresta tem feito com que eles assimilem mais rapidamente o conceito de manejo florestal. “As pessoas sabem que precisam assegurar os recursos florestais para o futuro. Uma área que é explorada de forma convencional, sem critérios definidos de sustentabilidade, pode levar até cem nos para se regenerar. Com o manejo é diferente, em menos de trinta anos, aquela área que foi aberta já estará totalmente reconstituída”, afirma a engenheira.
De acordo Andreia, três etapas devem ser seguidas rigorosamente para que o processo de manejo seja concluído. A primeira é a atividade pré-exploratória, que consiste no reconhecimento da área e no potencial madeireiro da região. A segunda é a atividade exploratória propriamente dita, quando ocorrerá a derrubada das árvores com o menor impacto possível sobre a natureza. E a última etapa é a atividade pós-exploratória, ou seja, como a floresta estará se comportando após a exploração.
Para candidatar-se à certificação, todas as florestas devem atender aos princípios e critérios estabelecidos pela FSC. “Se apenas um dos nove princípios exigidos para a certificação não estiver de acordo com os nossos critérios, a empresa não consegue o certificado”, explica o técnico do Imaflora, Maurício de Almeida.
Hoje já existem 25 milhões de hectares de florestas certificadas em todo o mundo e mais de 20 mil produtos com o selo do FSC. “O selo atesta que a madeira utilizada para a confecção de um produto é oriunda de uma floresta manejada de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável, de acordo com todas as leis vigentes”, argumenta Maurício de Almeida.
A certificação também é vantajosa para os trabalhadores que vivem nas florestas. Para adquirir o selo, a empresa deve garantir os direitos legais dos trabalhadores, eliminar o trabalho forçado e a mão de obra infantil, reduzir os acidentes de trabalho e qualificar a mão de obra. Mais de cem famílias vivem hoje na floresta estadual do Antimary. Essa população é beneficiada com 4 postos de saúde, três escolas, dentistas, campanhas de vacinação e controle de câncer de útero.
A atividade econômica no Antimary gira em torno de alguns produtos extrativistas como a borracha e a castanha, além da produção agrícola de grãos. A área total da floresta do Antimary é de 77 mil hectares. Neste ano 2.500 hectares foram manejados. A floresta estadual é a primeira área pública nacional a entrar no processo de certificação sócio-ambiental.
Fonte: Página 20
27/out/03
Os empresários ligados ao setor da economia florestal começam a investir na certificação do manejo. A floresta estadual do Antimary e a empresa Acre Brasil Verde, duas das mais importantes áreas de manejo florestal do estado, iniciaram esta semana uma pré-avaliação com o objetivo de obter o selo verde mais reconhecido hoje em todo o mundo, o FSC (Forest Stewardship Council), também conhecido como Conselho de Manejo Florestal.
A certificação das duas áreas será uma forma de promover o manejo florestal sustentável, uma vez que as empresas poderão manejar plantações e florestas nativas dentro dos padrões de sustentabilidade, priorizando critérios ambientais, sociais e econômicos. Com isso, o consumidor terá a garantia de que o produto florestal comercializado respeita os processos ecologicamente sustentáveis.
As três empresas que mantém consórcio na Floresta Estadual do Antimary já tem o manejo como um processo estratégico para competir no mercado de exportação. “O processo de certificação é geralmente longo, passa por uma avaliação formal multidisciplinar e um monitoramento contínuo para garantir a credibilidade do selo”, explica Rodrigo Pereira Junior, técnico do Instituto Natureza Amazônica, entidade ligada ao FSC.
A certificação das áreas de manejo é voluntária e depende da iniciativa da empresa ou organização interessada. No caso da reserva do Antimary e da área da empresa Acre Brasil Verde, o Governo do Acre tem dado todo o apoio necessário para que as empresas obtenham o certificado. Nos últimos meses, o governo recuperou e ampliou uma série de ramais que dão acesso às empresas de manejo.
Uma das sócias-proprietárias da empresa Acre Brasil Verde, Adelaide de Fátima, acredita que a certificação trará inúmeras vantagens tanto para a empresa quanto para os trabalhadores e a sociedade. De acordo com Fátima, a certificação permite que o empresário saiba exatamente quantas árvores e de quais espécies ele possui, além de saber quando cada uma estará disponível para a derrubada. “O empresário que adquire o selo verde aumenta o rendimento da sua floresta. A produtividade cresce, o desperdício diminui e a regeneração é bem mais rápida”, destaca.
De acordo com os técnicos que vieram iniciar o processo de avaliação nas duas áreas de manejo, outro fator importante para quem ganha a certificação é a facilidade de acesso a novos mercados, já que o selo também funciona como um atrativo para novos clientes.
Para a engenheira florestal da Funtac, Andreia da Costa Oertel, uma das coordenadoras do Promatec (programa de capacitação técnica em manejo florestal), a crescente conscientização dos empresários sobre a destruição e degradação da floresta tem feito com que eles assimilem mais rapidamente o conceito de manejo florestal. “As pessoas sabem que precisam assegurar os recursos florestais para o futuro. Uma área que é explorada de forma convencional, sem critérios definidos de sustentabilidade, pode levar até cem nos para se regenerar. Com o manejo é diferente, em menos de trinta anos, aquela área que foi aberta já estará totalmente reconstituída”, afirma a engenheira.
De acordo Andreia, três etapas devem ser seguidas rigorosamente para que o processo de manejo seja concluído. A primeira é a atividade pré-exploratória, que consiste no reconhecimento da área e no potencial madeireiro da região. A segunda é a atividade exploratória propriamente dita, quando ocorrerá a derrubada das árvores com o menor impacto possível sobre a natureza. E a última etapa é a atividade pós-exploratória, ou seja, como a floresta estará se comportando após a exploração.
Para candidatar-se à certificação, todas as florestas devem atender aos princípios e critérios estabelecidos pela FSC. “Se apenas um dos nove princípios exigidos para a certificação não estiver de acordo com os nossos critérios, a empresa não consegue o certificado”, explica o técnico do Imaflora, Maurício de Almeida.
Hoje já existem 25 milhões de hectares de florestas certificadas em todo o mundo e mais de 20 mil produtos com o selo do FSC. “O selo atesta que a madeira utilizada para a confecção de um produto é oriunda de uma floresta manejada de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável, de acordo com todas as leis vigentes”, argumenta Maurício de Almeida.
A certificação também é vantajosa para os trabalhadores que vivem nas florestas. Para adquirir o selo, a empresa deve garantir os direitos legais dos trabalhadores, eliminar o trabalho forçado e a mão de obra infantil, reduzir os acidentes de trabalho e qualificar a mão de obra. Mais de cem famílias vivem hoje na floresta estadual do Antimary. Essa população é beneficiada com 4 postos de saúde, três escolas, dentistas, campanhas de vacinação e controle de câncer de útero.
A atividade econômica no Antimary gira em torno de alguns produtos extrativistas como a borracha e a castanha, além da produção agrícola de grãos. A área total da floresta do Antimary é de 77 mil hectares. Neste ano 2.500 hectares foram manejados. A floresta estadual é a primeira área pública nacional a entrar no processo de certificação sócio-ambiental.
Fonte: Página 20
27/out/03
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