Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
País desperdiça madeira para uso em instrumentos.
O uso na fabricação de instrumentos musicais é um dos destinos mais nobres da madeira. Mas no Brasil muitos proprietários de terra simplesmente queimam as árvores após o desmatamento. "Isso aumenta a poluição. Queremos provar que eles ganham mais com a floresta em pé, desde que haja um plano de manejo", diz o coordenador do Projeto de Avaliação de Madeiras Amazônicas para Utilização em Instrumentos Musicais, Mário Rabelo de Souza.
O programa, do governo federal, já estudou 370 espécies. "Depois pré-selecionamos 172 para escolher 50 delas. Um dos objetivos é promover a madeira nacional para viabilizar planos de manejo sustentável." Outra meta é substituir a importação. "Cerca de 80% dos instrumentos hoje são importados, principalmente da China, Japão e Coréia."
A madeira brasileira tem potencial para ganhar mercado no exterior. O músico brasileiro Ivan Seiler embarcou no fim de semana para Amsterdã, onde mora há 13 anos. Na bagagem, levou uma série de contatos com produtores de madeira e de instrumentos e amostras que colheu durante um mês. "Pretendo apresentar a madeira brasileira numa feira de instrumentos que deve acontecer em março em Frankfurt."
Para Seiler, no entanto, há uma condição para que a madeira nacional ganhe mercado. "Além das características técnicas adequadas, tem de ter certificação do Forest Stewardship Council (FSC). Esse selo internacional é cada vez mais indispensável e mostra não só que a madeira foi extraída legalmente, mas que foram cumpridas as normas trabalhistas e aspectos sociais." Ele disse que o FSC agrega valor ao instrumento. "É um apelo grande para o músico."
Apesar disso, no Brasil a certificação ainda é pouco difundida. Justamente para divulgar o FSC, de amanhã a domingo será realizada a exposição Instrumentos Musicais e as Florestas, no Museu Brasileiro de Escultura (MuBE), em São Paulo, promovida pelas organizações não-governamentais Fauna & Flora International, da Inglaterra, e Amainan Brasil, com patrocínio da Embaixada Britânica.
"No Brasil, o conceito do certificado vem sendo fomentado há cerca de três anos", diz Paulo Sérgio Sgroi Pupo, da Amainan Brasil e gerente do Projeto Sons da Floresta. "Embora ele não seja obrigatório, é garantia da preservação ambiental e uso sustentável."
Representantes do Sons da Floresta, iniciado em maio, já visitaram mais de 50 fabricantes e entidades ligadas a músicos para um trabalho de conscientização. Pupo ressalta que um estudo internacional indicou que a indústria de instrumentos utiliza cerca de 200 espécies de madeira, 70 delas ameaçadas de extinção.
Fonte: O Estado de S.Paulo
21/out/03
O programa, do governo federal, já estudou 370 espécies. "Depois pré-selecionamos 172 para escolher 50 delas. Um dos objetivos é promover a madeira nacional para viabilizar planos de manejo sustentável." Outra meta é substituir a importação. "Cerca de 80% dos instrumentos hoje são importados, principalmente da China, Japão e Coréia."
A madeira brasileira tem potencial para ganhar mercado no exterior. O músico brasileiro Ivan Seiler embarcou no fim de semana para Amsterdã, onde mora há 13 anos. Na bagagem, levou uma série de contatos com produtores de madeira e de instrumentos e amostras que colheu durante um mês. "Pretendo apresentar a madeira brasileira numa feira de instrumentos que deve acontecer em março em Frankfurt."
Para Seiler, no entanto, há uma condição para que a madeira nacional ganhe mercado. "Além das características técnicas adequadas, tem de ter certificação do Forest Stewardship Council (FSC). Esse selo internacional é cada vez mais indispensável e mostra não só que a madeira foi extraída legalmente, mas que foram cumpridas as normas trabalhistas e aspectos sociais." Ele disse que o FSC agrega valor ao instrumento. "É um apelo grande para o músico."
Apesar disso, no Brasil a certificação ainda é pouco difundida. Justamente para divulgar o FSC, de amanhã a domingo será realizada a exposição Instrumentos Musicais e as Florestas, no Museu Brasileiro de Escultura (MuBE), em São Paulo, promovida pelas organizações não-governamentais Fauna & Flora International, da Inglaterra, e Amainan Brasil, com patrocínio da Embaixada Britânica.
"No Brasil, o conceito do certificado vem sendo fomentado há cerca de três anos", diz Paulo Sérgio Sgroi Pupo, da Amainan Brasil e gerente do Projeto Sons da Floresta. "Embora ele não seja obrigatório, é garantia da preservação ambiental e uso sustentável."
Representantes do Sons da Floresta, iniciado em maio, já visitaram mais de 50 fabricantes e entidades ligadas a músicos para um trabalho de conscientização. Pupo ressalta que um estudo internacional indicou que a indústria de instrumentos utiliza cerca de 200 espécies de madeira, 70 delas ameaçadas de extinção.
Fonte: O Estado de S.Paulo
21/out/03
Fonte:
Notícias em destaque

A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo
Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para...
(SILVICULTURA)

A silvicultura precisa e os efeitos na produtividade
Ainda se fala muito a respeito dos fatores que levam os empreendimentos florestais ao sucesso. Condições de solo e clima, material...
(SILVICULTURA)

Natureza honra extrativismo do pinhão
Estimativas iniciais da Emater/RS, com base em dados fornecidos por famílias que trabalham na coleta, projetam uma safra de 860 toneladas...
(GERAL)

Serviço Florestal abre inscrições para curso de identificação de madeira
Capacitação gratuita será realizada de 2 a 6 de junho, em Brasília, com ênfase no combate ao comércio...
(EVENTOS)

Árvores brasileiras: 18 espécies que você precisa conhecer ou não sabia que eram nacionais
Espécies de árvores presentes na Mata Atlântica, no Cerrado e na Amazônia revelam a diversidade e riqueza da flora...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Minas Gerais tem recorde histórico nas exportações do agro
Exportação de ovos cresce 266% em Minas Gerais
As exportações do agronegócio de Minas Gerais...
(AGRO)