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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Três madeireiras multadas em R$ 1,8 milhão.
Ibama constatou que empresas de Boca do Acre retiraram ilegalmente cerca de 3 mil metros cúbicos de madeira.
Atendendo denúncia feita por procuradores federais do Amazonas, fiscais do Ibama Acre autuaram e multaram três madeireiras de Boca do Acre em R$ 1.860.108 por causa dos 2.933 metros cúbicos de madeira retirados ilegalmente da floresta e que estavam em seus pátios.
A madeireira Nova Vida foi multada em R$ 130.316 por estar com 430 metros cúbicos de madeira retirada da floresta sem autorização do Ibama e a Amazon Florestal, multada em R$ 751.572 por ter 2.496 metros cúbicos de madeira irregular.
Já a RCA Brito foi multada em R$ 978.220, embora não tivesse qualquer tora no pátio - a propósito, nem pátio ela tem, pois, segundo os fiscais do Ibama, é uma pasteira que sequer tem uma serraria. Assim seus donos se limitavam a produzir papéis como contratos para a retirada de madeira de colônias e fazendas ou inventavam guias para justificar o transporte de madeira de áreas que nem existem, ou que eram simplesmente roubadas de propriedades alheias.
O pedido de verificação foi feito pelos procuradores federais da Procuradoria de Registro dos Direitos do Cidadão, do Amazonas, Ricardo Kliger, Eduardo Barragan e Peterson Paula Pereira, que estiveram em Boca do Acre de 30 de setembro a 3 de outubro deste ano, verificando denúncias sobre a retirada ilegal de madeira.
Atendendo a solicitação foram enviados dois técnicos ambientais e dois analistas ambientais do Ibama que acompanhados por agentes federais trabalharam em Boca do Acre do dia 2 ao dia 10 de outubro analisando os documentos apresentados pelas madeireiras e indo na floresta para verificar o lugar de onde a madeira teria sido retirada.
“O que nossos funcionários descobriram foi um absurdo, pois a RCA Brito, por exemplo, que não tem nem serraria, era quem comprava e produzia documentos daquela madeira. Muito embora, ela não tivesse um plano de manejo ou pelo menos comprado uma área para receber um licenciamento de desmate. Na verdade, ela é uma pasteira que só tem um escritório na cidade”, explica Francisco Messias, chefe de Fiscalização do Ibama no Acre.
Ao pegarem os documentos da RCA e das demais serrarias, os técnicos ambientais foram a cada área citada nas notas como ponto de origem da madeira e descobriram que muitas propriedades nunca existiram. Em outras a mata está intacta e ainda casos em que a madeireira foi roubada de fazenda e seringais mal vigiados.
Destino da madeira
Diante da autuação de lacramento das três madeireiras, o chefe de fiscalização do Ibama explicou que vai concluir a instrução do inquérito e, como as provas não deixam dúvidas da ilegalidade praticada, vai pedir à justiça que autorize a utilização social dessa madeira o mais rapidamente possível.
“Nesses casos os primeiros beneficiados são o exército e demais parceiros federais para trabalhar o material. Creio que ela deve ser usada para produzir casas populares, mas a decisão final sobre isso cabe à justiça. Nós apenas sugerimos uma destinação que ajude a repor o prejuízo causado à comunidade pelos madeireiros que agem ilegalmente”, frisa.
Juracy Xangai
Fonte: Página 20
16/out/03
Atendendo denúncia feita por procuradores federais do Amazonas, fiscais do Ibama Acre autuaram e multaram três madeireiras de Boca do Acre em R$ 1.860.108 por causa dos 2.933 metros cúbicos de madeira retirados ilegalmente da floresta e que estavam em seus pátios.
A madeireira Nova Vida foi multada em R$ 130.316 por estar com 430 metros cúbicos de madeira retirada da floresta sem autorização do Ibama e a Amazon Florestal, multada em R$ 751.572 por ter 2.496 metros cúbicos de madeira irregular.
Já a RCA Brito foi multada em R$ 978.220, embora não tivesse qualquer tora no pátio - a propósito, nem pátio ela tem, pois, segundo os fiscais do Ibama, é uma pasteira que sequer tem uma serraria. Assim seus donos se limitavam a produzir papéis como contratos para a retirada de madeira de colônias e fazendas ou inventavam guias para justificar o transporte de madeira de áreas que nem existem, ou que eram simplesmente roubadas de propriedades alheias.
O pedido de verificação foi feito pelos procuradores federais da Procuradoria de Registro dos Direitos do Cidadão, do Amazonas, Ricardo Kliger, Eduardo Barragan e Peterson Paula Pereira, que estiveram em Boca do Acre de 30 de setembro a 3 de outubro deste ano, verificando denúncias sobre a retirada ilegal de madeira.
Atendendo a solicitação foram enviados dois técnicos ambientais e dois analistas ambientais do Ibama que acompanhados por agentes federais trabalharam em Boca do Acre do dia 2 ao dia 10 de outubro analisando os documentos apresentados pelas madeireiras e indo na floresta para verificar o lugar de onde a madeira teria sido retirada.
“O que nossos funcionários descobriram foi um absurdo, pois a RCA Brito, por exemplo, que não tem nem serraria, era quem comprava e produzia documentos daquela madeira. Muito embora, ela não tivesse um plano de manejo ou pelo menos comprado uma área para receber um licenciamento de desmate. Na verdade, ela é uma pasteira que só tem um escritório na cidade”, explica Francisco Messias, chefe de Fiscalização do Ibama no Acre.
Ao pegarem os documentos da RCA e das demais serrarias, os técnicos ambientais foram a cada área citada nas notas como ponto de origem da madeira e descobriram que muitas propriedades nunca existiram. Em outras a mata está intacta e ainda casos em que a madeireira foi roubada de fazenda e seringais mal vigiados.
Destino da madeira
Diante da autuação de lacramento das três madeireiras, o chefe de fiscalização do Ibama explicou que vai concluir a instrução do inquérito e, como as provas não deixam dúvidas da ilegalidade praticada, vai pedir à justiça que autorize a utilização social dessa madeira o mais rapidamente possível.
“Nesses casos os primeiros beneficiados são o exército e demais parceiros federais para trabalhar o material. Creio que ela deve ser usada para produzir casas populares, mas a decisão final sobre isso cabe à justiça. Nós apenas sugerimos uma destinação que ajude a repor o prejuízo causado à comunidade pelos madeireiros que agem ilegalmente”, frisa.
Juracy Xangai
Fonte: Página 20
16/out/03
Fonte:
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