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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Paraná vai produzir carvão compactado para a exportação
Um grupo de empresários paranaenses investiu US$ 3,5 milhões para a instalação da Central de Processamento Energético Vitória (Cepevil), localizada em União da Vitória (sul do estado) e no desenvolvimento do primeiro carvão compactado do Brasil. Ele será comercializado com a marca Carvonet e terá 50% de sua produção destinada ao mercado externo.

"Trouxemos a experiência de outros países que já utilizam o briquete de carvão e somos a primeira indústria a explorar esse tipo de atividade na América Latina", diz o diretor da Cepevil, Dilso Rossi. De acordo com ele, o novo tipo de carvão é utilizado em larga escala no mercado europeu e americano em substituição ao carvão para uso doméstico.

O Carvonet é produzido à partir da queima da bracatinga, planta usada em reflorestamento, abundante na região da bacia de União da Vitória, e da moagem do carvão comum. O projeto da empresa prevê que produtores agrícolas da região forneçam o carvão e sejam orientados sobre a tecnologia a ser usada no manejo sustentado da mata e na transformação da planta em carvão. O programa conta com parceria técnica da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-Paraná), que cuidará do aperfeiçoamento profissional do produtor e terá a supervisão dos órgãos ambientais.

Formato padronizado

A empresa também vai investir no trabalho de divulgação do produto no mercado interno e orientações sobre o uso. Segundo Rossi, o carvão convencional produz entre 25% a 30% de resíduos e esta perda é eliminada no carvão compactado. O pó de carvão é aproveitado (britado uniforme), chegando ao consumidor com formato padronizado. "O Carvonet elimina problemas de sujeira porque não solta pó como o carvão convencional e tem um tamanho padrão. O cliente sabe que sempre comprará o mesmo produto", diz.

O briquete de carvão é produzido em formato de losangos com dimensões de 5 cm de comprimento, largura e altura de 2,5 cm e peso de 20 a 25 gramas. Inicialmente será comercializado em embalagens de quatro quilos para o mercado interno chegando ao consumidor com valor em torno de 30% mais alto do que o do carvão comum.

"O valor calorífico do carvão compactado é mais alto, com queima mais duradoura, que, dependendo das condições de uso, representa um rendimento até 50% melhor, para um custo similar. A fábrica, de cinco mil metros quadrados de área construída, produzirá seis toneladas no primeiro ano, com previsão de atingir em dois anos sua capacidade total, de 30 mil toneladas ao ano.

Fonte: Gazeta

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