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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Indústria de painéis acusa argentinos de dumping.
Enrique Manubens, diretor-comercial da Duratex e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), diz que, este ano, o desempenho do setor foi prejudicado pelo desaquecimento econômico, e pela política de dumping adotada por produtores argentinos como Masisa e Arauco. O diretor afirma que os painéis do país vizinho são postos a preços muito baixos no mercado brasileiro devido ao encalhe dos mesmos na Argentina. Com isso, Manubens diz que as indústrias brasileiras têm tido dificuldades em honrar compromissos com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou ampliações e modernizações no setor.
Manubens diz que em setembro a demanda cresceu, fazendo com que o setor utilizasse a máxima capacidade. Ele afirma que distribuidores e empresas de móveis reforçaram estoques, prevendo reajustes que ocorrerão durante o último trimestre.
A Eucatex, que entrou em concordata recentemente, mantém vendas e ainda sustenta cerca de 15% do mercado de painéis. Segundo Edison Tamura, seu diretor-comercial, a estratégia da empresa é oferecer produtos com acabamentos diferenciados, de maior valor agregado. Ele afirma que o grupo tem planos de entrar futuramente no segmento de MDF, que ele diz ser uma evolução natural do setor. Quanto às importações de aglomerados argentinos, Tamura diz que não há como competir em preço, e não sabe se a prática é ou não ilegal.
O diretor-comercial da Masisa no Brasil, Jorge Grandi, diz que os aglomerados são importados da Argentina por meio de linhas ferroviárias da América Latina Logística S.A.. "Os custos com frete são extremamente baixos", comenta. No fluxo inverso, a opção pelo transporte ferroviário também beneficia a exportação de painéis OSB (Oriented Strand Board), ou de partículas orientadas, para a Argentina e restante da América do Sul. Esses painéis são aplicados no setor de construção civil. A Masisa fechou 2002 com faturamento de US$ 54,8 milhões no Brasil. A indústria ainda possui unidades em cinco outros países.
As importações de painéis de madeira do país vizinho somaram US$ 17,2 milhões de janeiro a agosto. No mesmo período de 2002, esse valor foi de US$ 7,87 milhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Estocagem
De acordo com Graça Berneck, gerente de marketing da Berneck Aglomerados S.A., a empresa vem trabalhando, em média, com ocupação de apenas 60% da capacidade. As vendas cresceram substancialmente nos últimos dois meses, principalmente por parte de moveleiros. Graça afirma que a indústria de painéis tenta reajustar preços há um ano. "Os produtores de móveis anteciparam os aumentos e compraram grandes quantidades", diz. Entretanto, o mês de dezembro, que costuma ter vendas melhores, deve ser fraco. "Os moveleiros estão com estoques lotados", explica Graça.
Tipos de painéis
Os painéis de madeira dividem-se basicamente entre aglomerados e MDF. A diferença está na constituição da placa. Enquanto o aglomerado normal utiliza partículas de madeira, o MDF é produzido a partir da aglutinação de fibras. No processo de ambas, a junção é feita com adição de resinas sintéticas. Há também a chapa de fibra, ou de alta densidade, na qual a aglutinação das fibras é feita por processo úmido, sem adição de resinas.
O MDF possui propriedades semelhantes às da madeira maciça. Isso permite maior flexibilidade para usinagem e curvatura. Segundo dados da Abipa, a produção de MDF este ano deve ser 22% maior que de 2002, superando um milhão de metros quadrados. Em 1997, quando o produto começou a ser fabricado no Brasil, a produção foi de 30 mil metros quadrados. Já o ritmo de produção dos aglomerados e das chapas de fibra decresce.
Fabricantes nacionais de painéis de madeira acusam argentinos de dumping na importação de aglomerados e MDF.
Enrique Manubens, diretor-comercial da Duratex e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), diz que, este ano, o desempenho do setor foi prejudicado pelo desaquecimento econômico e pela política de dumping adotada por produtores argentinos.
Fonte: Panorama Brasil
15/out/03
Manubens diz que em setembro a demanda cresceu, fazendo com que o setor utilizasse a máxima capacidade. Ele afirma que distribuidores e empresas de móveis reforçaram estoques, prevendo reajustes que ocorrerão durante o último trimestre.
A Eucatex, que entrou em concordata recentemente, mantém vendas e ainda sustenta cerca de 15% do mercado de painéis. Segundo Edison Tamura, seu diretor-comercial, a estratégia da empresa é oferecer produtos com acabamentos diferenciados, de maior valor agregado. Ele afirma que o grupo tem planos de entrar futuramente no segmento de MDF, que ele diz ser uma evolução natural do setor. Quanto às importações de aglomerados argentinos, Tamura diz que não há como competir em preço, e não sabe se a prática é ou não ilegal.
O diretor-comercial da Masisa no Brasil, Jorge Grandi, diz que os aglomerados são importados da Argentina por meio de linhas ferroviárias da América Latina Logística S.A.. "Os custos com frete são extremamente baixos", comenta. No fluxo inverso, a opção pelo transporte ferroviário também beneficia a exportação de painéis OSB (Oriented Strand Board), ou de partículas orientadas, para a Argentina e restante da América do Sul. Esses painéis são aplicados no setor de construção civil. A Masisa fechou 2002 com faturamento de US$ 54,8 milhões no Brasil. A indústria ainda possui unidades em cinco outros países.
As importações de painéis de madeira do país vizinho somaram US$ 17,2 milhões de janeiro a agosto. No mesmo período de 2002, esse valor foi de US$ 7,87 milhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Estocagem
De acordo com Graça Berneck, gerente de marketing da Berneck Aglomerados S.A., a empresa vem trabalhando, em média, com ocupação de apenas 60% da capacidade. As vendas cresceram substancialmente nos últimos dois meses, principalmente por parte de moveleiros. Graça afirma que a indústria de painéis tenta reajustar preços há um ano. "Os produtores de móveis anteciparam os aumentos e compraram grandes quantidades", diz. Entretanto, o mês de dezembro, que costuma ter vendas melhores, deve ser fraco. "Os moveleiros estão com estoques lotados", explica Graça.
Tipos de painéis
Os painéis de madeira dividem-se basicamente entre aglomerados e MDF. A diferença está na constituição da placa. Enquanto o aglomerado normal utiliza partículas de madeira, o MDF é produzido a partir da aglutinação de fibras. No processo de ambas, a junção é feita com adição de resinas sintéticas. Há também a chapa de fibra, ou de alta densidade, na qual a aglutinação das fibras é feita por processo úmido, sem adição de resinas.
O MDF possui propriedades semelhantes às da madeira maciça. Isso permite maior flexibilidade para usinagem e curvatura. Segundo dados da Abipa, a produção de MDF este ano deve ser 22% maior que de 2002, superando um milhão de metros quadrados. Em 1997, quando o produto começou a ser fabricado no Brasil, a produção foi de 30 mil metros quadrados. Já o ritmo de produção dos aglomerados e das chapas de fibra decresce.
Fabricantes nacionais de painéis de madeira acusam argentinos de dumping na importação de aglomerados e MDF.
Enrique Manubens, diretor-comercial da Duratex e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), diz que, este ano, o desempenho do setor foi prejudicado pelo desaquecimento econômico e pela política de dumping adotada por produtores argentinos.
Fonte: Panorama Brasil
15/out/03
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