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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Marceneiros se unem em associação para conquistar mercado.
A união faz a força. O velho ditado serviu de estímulo para um grupo de marceneiros da cidade de Cruzília, no sul de Minas Gerais. Unidos pelo ofício e pela tradição, eles montaram, há cerca de três anos, a Associação da Indústria Moveleira de Cruzília e tentam ganhar mercado trabalhando juntos em iniciativas como a instituição de uma central de compras e participação em feiras e concorrências.
Mestres em móveis sob encomenda, os marceneiros de Cruzília têm clientes conquistados no Rio de Janeiro e em São Paulo há vários anos, numa trajetória iniciada há cerca de quatro décadas na cidade. Segundo Fábio Jacinto de Souza, presidente da associação, a marcenaria foi fincada em Cruzília pelas mãos de seu avô, Fábio Rodrigues de Souza que, com o irmão, atendiam a clientela na cidade e nas fazendas vizinhas.
"Eram marcenarias muito pequenas, mas que conseguiram se firmar", lembra Fábio, cujo pai e outros dois irmãos também seguiram os passos do seu avô. Ele calcula que em Cruzília, uma cidade de aproximadamente 14 mil habitantes, existam 40 marcenarias formalizadas. Participam da Associação, apenas 13. "Acho que muitos empresários estão esperando para ver se a a Associação vai dar certo mesmo", acredita ele.
Em levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em 2001, foram listadas 315 empresas desse tipo nas cidades de Cruzília e na vizinha Varginha. Levantamento anterior, de 1998, sobre o impacto da duplicação da BR 381 (Fernão Dias) na região, havia mostrado a forte concentração de marcenaria e de empresas de construção civil naquelas localidades, explica a técnica do Sebrae em Minas Gerais, Marise Brandão, ressaltando que foi a partir desses resultados que o órgão decidiu investir no fortalecimento do setor moveleiro nos dois municípios.
Um primeiro seminário, realizado em Varginha em setembro de 2000, com o apoio do Sebrae e outras entidades, expôs a 70 empresários a situação do pequeno pólo moveleiro. Este seminário, lembra Fábio, estimulou a criação da associação em Cruzília. "Saímos de lá certos de que tínhamos que nos organizar para dar maior representatividade ao nosso trabalho", lembra ele.
Depois do seminário, foi criado um grupo gestor do projeto de fortalecimento do pólo. O Sebrae e entidades parceiras ajudaram ainda no estabelecimento de planos estratégicos para as associações (também em Varginha, os empresários se mobilizaram para a formação de uma associação), na capacitação gerencial dos empresários e de empregados e também em programas de atualização tecnológica. Além disso, foi iniciada uma empreitada junto a feiras e exposições, com resultados bastante positivos, destaca a técnica do Sebrae.
Para Marise, incentivar pólos como os de Cruzília é uma forma concreta de gerar emprego e renda. Ela destaca que as empresas do pequeno município empregam em média seis funcionários e faturam mensalmente em torno de R$ 8 mil. "Eles atendem uma clientela que exige muita qualidade e dão muito bem conta disso", avalia, destacando o mercado aberto em São Paulo e Rio de Janeiro.
"Ficamos forte", analisa o presidente da associação, para quem, apesar de pouco tempo de formada, a entidade tem conquistas que devem ser comemoradas. A mais significativa foi a criação de uma central de compras, que atende às necessidades dos associados. A central está funcionando há um ano e, segundo Fábio, os marceneiros conseguiram uma redução nas notas de até 20%. "Ainda estamos comprando pequenos materiais, como parafusos, dobradiças, colas, mas a intenção é ampliar os pedidos à toda matéria-prima", assinala.
De acordo com Fábio, como a experiência é recente exige também cautela. "Quando lidamos com muita gente, sempre aparecem problemas. Estamos aprendendo a lidar com esses problemas para depois partimos para compras maiores", afirma. Outra conquista da associação, lista ele, foi a participação conjunta em concorrências. A primeira delas resultou na confecção de 600 cadeiras encomendadas por um flat de São Paulo.
Foi a primeira vez que os marceneiros trabalharam juntos, num sistema de produção compartilhada. "Dividimos o trabalho por partes das cadeiras e depois montamos tudo", recorda Fábio. "Ainda não tivemos outra oportunidade em concorrências, mas estamos trabalhando para isso", emenda. O presidente da associação conta também que a entidade está negociando com a prefeitura um local para a exposição da produção das marcenarias de Cruzília. A idéia é ter um espaço, na entrada da cidade, para que os clientes possam visitar e verem de perto os móveis feitos na cidade.
"Precisamos disso, porque nas marcenarias não temos como deixar nada em exposição, mesmo porque trabalhamos por encomenda", diz Fábio, ressaltando que os empresários atendem a projetos enviados por arquitetos e decoradores. "Mas temos também intenção de fazer uma linha em série", antecipa. O portal na entrada da cidade seria destinado também à exposição e vendas de outros produtos feitos artesanalmente no município. "Infelizmente, as coisas estão difíceis também para a prefeitura. Vamos continuar tentando obter este espaço porque é uma das melhores formas de mostrar o que fazemos", conclui.
Fonte: Assessoria Sebrae MG
08/out/03
Mestres em móveis sob encomenda, os marceneiros de Cruzília têm clientes conquistados no Rio de Janeiro e em São Paulo há vários anos, numa trajetória iniciada há cerca de quatro décadas na cidade. Segundo Fábio Jacinto de Souza, presidente da associação, a marcenaria foi fincada em Cruzília pelas mãos de seu avô, Fábio Rodrigues de Souza que, com o irmão, atendiam a clientela na cidade e nas fazendas vizinhas.
"Eram marcenarias muito pequenas, mas que conseguiram se firmar", lembra Fábio, cujo pai e outros dois irmãos também seguiram os passos do seu avô. Ele calcula que em Cruzília, uma cidade de aproximadamente 14 mil habitantes, existam 40 marcenarias formalizadas. Participam da Associação, apenas 13. "Acho que muitos empresários estão esperando para ver se a a Associação vai dar certo mesmo", acredita ele.
Em levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em 2001, foram listadas 315 empresas desse tipo nas cidades de Cruzília e na vizinha Varginha. Levantamento anterior, de 1998, sobre o impacto da duplicação da BR 381 (Fernão Dias) na região, havia mostrado a forte concentração de marcenaria e de empresas de construção civil naquelas localidades, explica a técnica do Sebrae em Minas Gerais, Marise Brandão, ressaltando que foi a partir desses resultados que o órgão decidiu investir no fortalecimento do setor moveleiro nos dois municípios.
Um primeiro seminário, realizado em Varginha em setembro de 2000, com o apoio do Sebrae e outras entidades, expôs a 70 empresários a situação do pequeno pólo moveleiro. Este seminário, lembra Fábio, estimulou a criação da associação em Cruzília. "Saímos de lá certos de que tínhamos que nos organizar para dar maior representatividade ao nosso trabalho", lembra ele.
Depois do seminário, foi criado um grupo gestor do projeto de fortalecimento do pólo. O Sebrae e entidades parceiras ajudaram ainda no estabelecimento de planos estratégicos para as associações (também em Varginha, os empresários se mobilizaram para a formação de uma associação), na capacitação gerencial dos empresários e de empregados e também em programas de atualização tecnológica. Além disso, foi iniciada uma empreitada junto a feiras e exposições, com resultados bastante positivos, destaca a técnica do Sebrae.
Para Marise, incentivar pólos como os de Cruzília é uma forma concreta de gerar emprego e renda. Ela destaca que as empresas do pequeno município empregam em média seis funcionários e faturam mensalmente em torno de R$ 8 mil. "Eles atendem uma clientela que exige muita qualidade e dão muito bem conta disso", avalia, destacando o mercado aberto em São Paulo e Rio de Janeiro.
"Ficamos forte", analisa o presidente da associação, para quem, apesar de pouco tempo de formada, a entidade tem conquistas que devem ser comemoradas. A mais significativa foi a criação de uma central de compras, que atende às necessidades dos associados. A central está funcionando há um ano e, segundo Fábio, os marceneiros conseguiram uma redução nas notas de até 20%. "Ainda estamos comprando pequenos materiais, como parafusos, dobradiças, colas, mas a intenção é ampliar os pedidos à toda matéria-prima", assinala.
De acordo com Fábio, como a experiência é recente exige também cautela. "Quando lidamos com muita gente, sempre aparecem problemas. Estamos aprendendo a lidar com esses problemas para depois partimos para compras maiores", afirma. Outra conquista da associação, lista ele, foi a participação conjunta em concorrências. A primeira delas resultou na confecção de 600 cadeiras encomendadas por um flat de São Paulo.
Foi a primeira vez que os marceneiros trabalharam juntos, num sistema de produção compartilhada. "Dividimos o trabalho por partes das cadeiras e depois montamos tudo", recorda Fábio. "Ainda não tivemos outra oportunidade em concorrências, mas estamos trabalhando para isso", emenda. O presidente da associação conta também que a entidade está negociando com a prefeitura um local para a exposição da produção das marcenarias de Cruzília. A idéia é ter um espaço, na entrada da cidade, para que os clientes possam visitar e verem de perto os móveis feitos na cidade.
"Precisamos disso, porque nas marcenarias não temos como deixar nada em exposição, mesmo porque trabalhamos por encomenda", diz Fábio, ressaltando que os empresários atendem a projetos enviados por arquitetos e decoradores. "Mas temos também intenção de fazer uma linha em série", antecipa. O portal na entrada da cidade seria destinado também à exposição e vendas de outros produtos feitos artesanalmente no município. "Infelizmente, as coisas estão difíceis também para a prefeitura. Vamos continuar tentando obter este espaço porque é uma das melhores formas de mostrar o que fazemos", conclui.
Fonte: Assessoria Sebrae MG
08/out/03
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