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Notícias
19
out
2006
(GERAL)
Brasil é país que mais preserva florestas.
O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, apresentou em Campinas (SP), dados de um estudo ainda inédito para provar que o País é o que mais contribuiu para a preservação das florestas nativas originais nos últimos 8 mil anos.
A pesquisa, feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), avaliou o porcentual que cada região do planeta respondia por essas florestas e concluiu que, no período avaliado, a fatia brasileira cresceu três vezes e a da Europa, excluindo-se a Rússia, diminuiu 73 vezes.
"É uma relação de 230 vezes entre as duas regiões", disse o ministro. "O território brasileiro é a área do planeta em que as florestas originais mais
têm sido preservadas em termos relativos mundiais", disse Guedes.
O governo pretende utilizar o documento, a ser divulgado oficialmente até o próximo mês, para desmistificar e refutar críticas sobre o desmatamento da
Floresta Amazônica, utilizadas nas ameaças de barreiras não-tarifárias ao
agronegócio brasileiro. Isso explica o fato de a Embrapa tê-lo elaborado e
ainda que modelo de comparação apresentado até agora seja a Europa.
O continente europeu é o maior cliente dos produtos agrícolas brasileiros,
mas também é um dos que mais impõem barreiras tarifárias. Na quinta-feira passada, Guedes já havia mostrado os números preliminares numa reunião da Câmara de Comércio Holanda-Brasil, em Amsterdã. "E eu pude perceber que o impacto foi muito grande", disse o ministro.
De acordo com o levantamento, o Brasil tinha, há 8.000 anos, 6,3 milhões de
quilômetros quadrados em florestas, ou 9,8% do porcentual mundial de
cobertura primária de matas. Na mesma época, a área européia com florestas
correspondia a 7,3% da área mundial ou 4,7 milhões de quilômetros quadrados.
Desde então, o Brasil desmatou quase 2 milhões de quilômetros quadrados,
hoje possui 4,38 milhões de quilômetros em florestas primárias, mas responde
por 28,3% da área atual no mundo.
Só que a escalada na devastação na Europa fez com que apenas 14 mil
quilômetros quadrados das florestas originais resistissem, uma redução de
4,67 milhões de quilômetros quadrados, praticamente a área atual de florestas no Brasil.
Guedes não mostrou, mas afirmou que os dados da pesquisa mostra ainda que
41% das florestas preservadas do mundo estão na América do Sul, ante 18,5% há oito mil anos.
"O estudo não justifica que nós derrubemos uma árvore sequer, e não há necessidade de que isso seja feito para o desenvolvimento da agricultura
brasileira. Mas nós queremos chamar a atenção, diante das inúmeras dificuldades que enfrentamos, que o território brasileiro é o que mais
contribui para a preservação no mundo", reafirmou o ministro da Agricultura,
que participou hoje da 9ª Conferência Internacional de Proteção de Produtos
Armazenados, na cidade paulista.
Em sua apresentação na conferência, para uma platéia de técnicos e
especialistas de 46 países, Guedes reforçou as críticas ao protecionismo
mundial e, principalmente, às ameaças aos produtos agrícolas brasileiros por
meio de barreiras não-tarifárias.
Ainda sobre a questão ambiental, o ministro detalhou aos presentes a
diferença entre a Floresta Amazônica e a Amazônia Legal, região que, apesar
de incluir a mata, tem 1 milhão de quilômetros quadrados, ou 100 milhões de hectares a mais e avança sobre estados agrícolas como o Mato Grosso,
Maranhão e Tocantins. "Da área total de soja do Brasil, apenas 0,27% está em
áreas de floresta. É bom salientar ainda que o governo brasileiro conseguiu
reduzir no último ano em 31% o ritmo de desmatamento dessa floresta",
exemplificou Guedes. Apesar de falar em português, toda a apresentação
gráfica feita pelo ministro foi em inglês.
Por fim, Guedes ainda rebateu as críticas feitas à mão-de-obra forçada ou
escrava na agricultura brasileira, possíveis ameaças não-tarifárias ao
agronegócio. Ele citou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que apontaram 12,3 milhões de pessoas em trabalho forçado no mundo no ano passado e explicou que no Brasil foram flagrados, em 2005, 4.273
trabalhadores nessas condições pelo Ministério do Trabalho.
"É claro que é um absurdo ter um só trabalhador em condições forçadas, mas a agricultura brasileira tem 17,7 milhões de empregados, e o problema no
Brasil não tem a dimensão que querem dar", concluiu o ministro.
A pesquisa, feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), avaliou o porcentual que cada região do planeta respondia por essas florestas e concluiu que, no período avaliado, a fatia brasileira cresceu três vezes e a da Europa, excluindo-se a Rússia, diminuiu 73 vezes.
"É uma relação de 230 vezes entre as duas regiões", disse o ministro. "O território brasileiro é a área do planeta em que as florestas originais mais
têm sido preservadas em termos relativos mundiais", disse Guedes.
O governo pretende utilizar o documento, a ser divulgado oficialmente até o próximo mês, para desmistificar e refutar críticas sobre o desmatamento da
Floresta Amazônica, utilizadas nas ameaças de barreiras não-tarifárias ao
agronegócio brasileiro. Isso explica o fato de a Embrapa tê-lo elaborado e
ainda que modelo de comparação apresentado até agora seja a Europa.
O continente europeu é o maior cliente dos produtos agrícolas brasileiros,
mas também é um dos que mais impõem barreiras tarifárias. Na quinta-feira passada, Guedes já havia mostrado os números preliminares numa reunião da Câmara de Comércio Holanda-Brasil, em Amsterdã. "E eu pude perceber que o impacto foi muito grande", disse o ministro.
De acordo com o levantamento, o Brasil tinha, há 8.000 anos, 6,3 milhões de
quilômetros quadrados em florestas, ou 9,8% do porcentual mundial de
cobertura primária de matas. Na mesma época, a área européia com florestas
correspondia a 7,3% da área mundial ou 4,7 milhões de quilômetros quadrados.
Desde então, o Brasil desmatou quase 2 milhões de quilômetros quadrados,
hoje possui 4,38 milhões de quilômetros em florestas primárias, mas responde
por 28,3% da área atual no mundo.
Só que a escalada na devastação na Europa fez com que apenas 14 mil
quilômetros quadrados das florestas originais resistissem, uma redução de
4,67 milhões de quilômetros quadrados, praticamente a área atual de florestas no Brasil.
Guedes não mostrou, mas afirmou que os dados da pesquisa mostra ainda que
41% das florestas preservadas do mundo estão na América do Sul, ante 18,5% há oito mil anos.
"O estudo não justifica que nós derrubemos uma árvore sequer, e não há necessidade de que isso seja feito para o desenvolvimento da agricultura
brasileira. Mas nós queremos chamar a atenção, diante das inúmeras dificuldades que enfrentamos, que o território brasileiro é o que mais
contribui para a preservação no mundo", reafirmou o ministro da Agricultura,
que participou hoje da 9ª Conferência Internacional de Proteção de Produtos
Armazenados, na cidade paulista.
Em sua apresentação na conferência, para uma platéia de técnicos e
especialistas de 46 países, Guedes reforçou as críticas ao protecionismo
mundial e, principalmente, às ameaças aos produtos agrícolas brasileiros por
meio de barreiras não-tarifárias.
Ainda sobre a questão ambiental, o ministro detalhou aos presentes a
diferença entre a Floresta Amazônica e a Amazônia Legal, região que, apesar
de incluir a mata, tem 1 milhão de quilômetros quadrados, ou 100 milhões de hectares a mais e avança sobre estados agrícolas como o Mato Grosso,
Maranhão e Tocantins. "Da área total de soja do Brasil, apenas 0,27% está em
áreas de floresta. É bom salientar ainda que o governo brasileiro conseguiu
reduzir no último ano em 31% o ritmo de desmatamento dessa floresta",
exemplificou Guedes. Apesar de falar em português, toda a apresentação
gráfica feita pelo ministro foi em inglês.
Por fim, Guedes ainda rebateu as críticas feitas à mão-de-obra forçada ou
escrava na agricultura brasileira, possíveis ameaças não-tarifárias ao
agronegócio. Ele citou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que apontaram 12,3 milhões de pessoas em trabalho forçado no mundo no ano passado e explicou que no Brasil foram flagrados, em 2005, 4.273
trabalhadores nessas condições pelo Ministério do Trabalho.
"É claro que é um absurdo ter um só trabalhador em condições forçadas, mas a agricultura brasileira tem 17,7 milhões de empregados, e o problema no
Brasil não tem a dimensão que querem dar", concluiu o ministro.
Fonte: SBEF
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