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16
out
2006
(GERAL)
Burocracia emperra projetos de MDL
Somente metade dos créditos de carbono gerados pelo MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo devem chegar ao mercado, declarou um especialista esta semana.

As contínuas incertezas no processo de aprovação, e alguns outros projetos que geram uma quantidade menor do que o esperado de RCEs - Reduções Certificadas de Emissão, podem diminuir dramaticamente as redução disponíveis para o mercado de carbono, disse Pedro Moura Costa, diretor administrativo da EcoSecurities, uma empresa baseada em Londres que já iniciou mais de 235 projetos de MDL.

“De um output potencial de 1.1 bilhões de toneladas, somente veremos metade,” disse ele, a Carbon Finance 2006, uma conferência organizada pela Environmental Finance Publications.

Em junho, o secretariado da ONU sobre mudanças climáticas anunciou que o MDL deveria gerar mais de 1 bilhão de toneladas de reduções de emissão até o final de 2012. Mais de 800 projetos estavam encaminhados, dos quais 210 já estavam registrados.

Até o meio de setembro, 14.4 milhões de RCEs foram expedidas. Entretanto, em média, o número de RCEs expedidas para um projeto é aproximadamente metade do número original, disse Moura, e o processo de aprovação dos projetos “tem se tornado extremamente longo, e até mais burocrático do que no início.”

A falta de transparência, consistência e confiança do Corpo Executivo do MDL no estabelecimento do mecanismo, está criando um “processo longo e incerto” o qual reduzirá o output de RCEs, disse ele.

Com um processo de aprovação mais eficiente, ele estima que o MDL poderia gerar de 2.5 a 3 bilhões de toneladas de RCEs até 2012.

Hans Jürgen Stehr, vice presidente do Corpo Executivo, disse que vai continuar trabalhando para assegurar um funcionamento eficiente, custo-efetivo e transparente do MDL.

Fonte: Fernanda B. Muller/ CarbonoBrasil

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