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Notícias
13
out
2006
(GERAL)
Base florestal cresce em terras de terceiros
As fabricantes de papel e celulose International Paper (IP), Klabin, Stora Enso e Aracruz elevam a participação de acordos de fomento e terras arrendadas em suas bases florestais. A IP pretende aumentar em 33% suas plantações no Mato Grosso do Sul, com 31 mil hectares apenas em terras de terceiros. A medida torna dispensável um investimento de R$ 120 milhões na compra de fazendas, calcula Armando Santiago, vice-presidente florestal do grupo.
A Klabin amplia em 6 mil hectares por ano seu programa de fomento no Paraná, enquanto a Stora Enso, que pretende formar até 150 mil hectares de florestas no Rio Grande do Sul até 2013, inicia o plantio sem dispor de áreas próprias — e espera, para este ano, a autorização para comprar fazendas em terras de fronteira.
No ano que vem, a IP deve investir R$ 72 milhões para o plantio de 26 mil hectares na região de Três Lagoas (MS) e prevê o mesmo montante para ampliar e replantar parte das florestas no ano seguinte. “Nosso plano é aumentar a área disponível em 31 mil hectares até o final de 2008, quando terminaremos de construir nossa fábrica de papel e a planta de celulose, que será entregue à VCP”, diz Santiago. Para comprar as terras, a empresa teria de arcar com uma área ao menos 30% maior, de proteção ambiental. Atualmente a IP dispõe de 72 mil hectares próprios e 22 mil de parceiros no estado. Até 2008, a área de terras pertencentes a terceiros representará 44% do total plantado.
Na região de Mogi Guaçu (SP), em que produz papéis para imprimir e escrever, a empresa avalia vender áreas de alto valor para projetos imobiliários. O grupo deve reduzir a participação das terras próprias de 73% para 70% dos 68 mil hectares plantados.
A redução dos investimentos é a principal diferença de produzir em terras de terceiros, embora as empresas paguem mais na compra da madeira. “No final, contam a disponibilidade de caixa e a contribuição para a economia regional. Nas duas questões, a tendência é que cresçam os contratos de fomento”, diz.
Os acordos firmados são basicamente de dois tipos: o arrendamento, em que a companhia produz a madeira e paga uma porcentagem ao proprietário, e o fomento, em que auxilia a produção e a compra ao valor de mercado. Segundo Santiago, as companhias terceirizam a produção à medida que o mercado produtor cresce, evitando a concentração de fornecedores.
A sueco-finlandesa Stora Enso inicia suas plantações no Rio Grande do Sul apenas em terras de terceiros. “Adiantamos os contratos porque grande parte das terras que pretendemos comprar está em áreas de fronteira, e não recebemos a autorização para fechar o negócio”, diz Otávio Pontes, vice-presidente do grupo. Segundo ele, a companhia programa plantar de 5 a 7 mil hectares de eucalipto neste ano, e mais 10 a 15 mil em 2007, estes em terras próprias. Até 45 mil hectares estão acertados em acordos de compra não concluídos.
De acordo com o executivo, a empresa deverá manter o padrão de 80% das plantações em áreas próprias, uma proporção experimental. Com investimentos previstos de cerca de US$ 100 milhões em compra de terras e plantio para a formação da base no Rio Grande do Sul, a empresa prevê alcançar de 130 mil a 150 mil hectares na região, montante até 50% superior ao necessário para abastecer uma fábrica de celulose.
No mesmo estado, 30% das terras usadas pela Aracruz são em áreas arrendadas ou de fomento, enquanto plantio, colheita, transporte e segurança são 100% terceirizados. Para Renato Rostirolla, gerente regional florestal da Aracruz, a terceirização é uma tendência, ao diminuir os investimentos em ativos imobilizados.
A Klabin, brasileira líder no mercado de papéis, deve elevar de 8% para 20% a participação do fomento no abastecimento de sua produção, até 2012. A modalidade deve ser a principal forma de ampliação da base florestal, diz Ronaldo Sella, gerente de fomento florestal para o estado e para Santa Catarina.
Na região de Telêmaco Borba (PR), o grupo aumentará em 6 mil hectares a área fomentada a cada ano, nos próximos seis anos, para atender à expansão da unidade local. Desde 2005, a Klabin tem acordo com o Banco Itaú para participar como avalista de financiamentos a pequenos e médios silvicultores, nas linhas do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora) e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A Klabin amplia em 6 mil hectares por ano seu programa de fomento no Paraná, enquanto a Stora Enso, que pretende formar até 150 mil hectares de florestas no Rio Grande do Sul até 2013, inicia o plantio sem dispor de áreas próprias — e espera, para este ano, a autorização para comprar fazendas em terras de fronteira.
No ano que vem, a IP deve investir R$ 72 milhões para o plantio de 26 mil hectares na região de Três Lagoas (MS) e prevê o mesmo montante para ampliar e replantar parte das florestas no ano seguinte. “Nosso plano é aumentar a área disponível em 31 mil hectares até o final de 2008, quando terminaremos de construir nossa fábrica de papel e a planta de celulose, que será entregue à VCP”, diz Santiago. Para comprar as terras, a empresa teria de arcar com uma área ao menos 30% maior, de proteção ambiental. Atualmente a IP dispõe de 72 mil hectares próprios e 22 mil de parceiros no estado. Até 2008, a área de terras pertencentes a terceiros representará 44% do total plantado.
Na região de Mogi Guaçu (SP), em que produz papéis para imprimir e escrever, a empresa avalia vender áreas de alto valor para projetos imobiliários. O grupo deve reduzir a participação das terras próprias de 73% para 70% dos 68 mil hectares plantados.
A redução dos investimentos é a principal diferença de produzir em terras de terceiros, embora as empresas paguem mais na compra da madeira. “No final, contam a disponibilidade de caixa e a contribuição para a economia regional. Nas duas questões, a tendência é que cresçam os contratos de fomento”, diz.
Os acordos firmados são basicamente de dois tipos: o arrendamento, em que a companhia produz a madeira e paga uma porcentagem ao proprietário, e o fomento, em que auxilia a produção e a compra ao valor de mercado. Segundo Santiago, as companhias terceirizam a produção à medida que o mercado produtor cresce, evitando a concentração de fornecedores.
A sueco-finlandesa Stora Enso inicia suas plantações no Rio Grande do Sul apenas em terras de terceiros. “Adiantamos os contratos porque grande parte das terras que pretendemos comprar está em áreas de fronteira, e não recebemos a autorização para fechar o negócio”, diz Otávio Pontes, vice-presidente do grupo. Segundo ele, a companhia programa plantar de 5 a 7 mil hectares de eucalipto neste ano, e mais 10 a 15 mil em 2007, estes em terras próprias. Até 45 mil hectares estão acertados em acordos de compra não concluídos.
De acordo com o executivo, a empresa deverá manter o padrão de 80% das plantações em áreas próprias, uma proporção experimental. Com investimentos previstos de cerca de US$ 100 milhões em compra de terras e plantio para a formação da base no Rio Grande do Sul, a empresa prevê alcançar de 130 mil a 150 mil hectares na região, montante até 50% superior ao necessário para abastecer uma fábrica de celulose.
No mesmo estado, 30% das terras usadas pela Aracruz são em áreas arrendadas ou de fomento, enquanto plantio, colheita, transporte e segurança são 100% terceirizados. Para Renato Rostirolla, gerente regional florestal da Aracruz, a terceirização é uma tendência, ao diminuir os investimentos em ativos imobilizados.
A Klabin, brasileira líder no mercado de papéis, deve elevar de 8% para 20% a participação do fomento no abastecimento de sua produção, até 2012. A modalidade deve ser a principal forma de ampliação da base florestal, diz Ronaldo Sella, gerente de fomento florestal para o estado e para Santa Catarina.
Na região de Telêmaco Borba (PR), o grupo aumentará em 6 mil hectares a área fomentada a cada ano, nos próximos seis anos, para atender à expansão da unidade local. Desde 2005, a Klabin tem acordo com o Banco Itaú para participar como avalista de financiamentos a pequenos e médios silvicultores, nas linhas do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora) e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Fonte: Lucas Telles e Ana Borges (DCI)
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