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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Indústria de Madeira queixa-se de leis ambientais
No próximo dia 8 de abril, na embaixada brasileira em Londres, a Associação Brasileira da industria da madeira Processada Mecanicamente (Abimci) realizará um workshop quando mostrará aos clientes europeus as vantagens dos produtos brasileiros. A Abimci pretende apresentar o programa de certificação da madeira desenvolvida no Brasil e credenciar-se junto a entidade com credibilidade na Europa para avaliar o sistema de certificação brasileiro. É o que Odelir Battistella, presidente da entidade chamada, "buscar reconhecimento mútuo". Em 2002, o País exportou US$ 1,5 bilhões em madeiras processadas.

Essa indústria, que compreende a produção da madeira serrada e compensados para o consumo interno e exportação é composta por 99% de pequenas empresas de estruturas familiar. Soma 13 mil serrarias e 320 fábricas de compensado de madeira, segundo dados da Abimci.

Exportações

Os produtos como tábuas, esquadrias, batentes, componentes para móveis e os compensados, são utilizados na industria de móveis, de embalagens e na construção civil. Em sua maior parte, a madeira serrada, destina-se ao mercado interno. Da produção anual de 13 milhões de m/3, 11 milhões de m/3 servem ao mercado nacional. No caso dos compensados de pinus, no entanto, a exportação é prioridade. Dos 3 milhões de m/3 produzidos anualmente, 2 milhões de m/3 destina-se a países como EUA, Alemanha e Reino Unido, nosso principal consumidor.

Araucárias

A questão é complexa, pois envolve um setor economicamente importante e a necessidade de conservar florestas nativas tropicais. Um exemplo desmatamento indiscriminado é a Mata Atlântica brasileira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de um total de 1,3 milhões de km/2 da floresta primitiva, hoje restam apenas 50 mil km/2 que correspondem a menos de 5% da área original.

Limites ao Mercado Externo

As portarias editadas pelo Ministério do Meio ambiente e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determinaram ainda que num raio de 10 km/2 ao redor delas não podem ser plantadas árvores que não pertençam a flora brasileira, categoria em que se encaixa o pinus. Só no estado de Santa Catarina as medidas prejudicaram mais de 13 mil propriedades rurais que vivem exclusivamente da agricultura da madeira.

Gás Carbônico

Para Battistella, nenhum ecologista até agora levantou o aspecto de que todo artefato de madeira armazenada dióxido de carbono e ajuda na despoluição do ar. "Toda floresta retira o gás carbônico da atmosfera e libera o oxigênio e, na árvore adulta, esse processo é equilibrado. Quando se corta essa madeira e se permite que as árvores mais jovens cresçam, o gás carbônico é retirado da atmosfera em maior volume", argumenta.

Fonte: Gazeta

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