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(GERAL)
Floresta dá mais lucro que a agricultura
Um hectare de eucalipto rende de R$ 3 mil a R$ 5 mil ao ano, bem acima do milho e da soja. Em 1991, o agricultor Danilo Raiser de Oliveira, 58 anos, oito filhos, do município de Reserva, a 45 quilômetros da maior fábrica de papel da América Latina - a Klabin ,em Telêmaco Borba, Centro-Leste do Paraná, destinou oito alqueires de sua propriedade ao plantio de mudas de eucalipto e pinus. A resposta foi tão boa que, hoje, 70% da propriedade de 40 alqueires estão ocupados com reflorestamento.
Há quatro meses, Oliveira fez um desbaste em dois alqueires e recebeu quase R$ 200 mil pela produção. "Só endireitei minha situação quando comecei a mexer com madeira. Antes plantava tomate e milho, mas com o que ganho em oito alqueires posso comprar mil cabeças de gado."
Ali perto, na divisa dos municípios de Tibagi e Ipiranga, o produtor Edmundo Giostri, 79 anos, 40 dedicados à agricultura de soja, trigo e à pecuária de engorda, faz seus cálculos: há setes anos, uma árvore com diâmetro acima de 25 polegadas valia R$ 8,00 na hora da venda e hoje vale R$ 120,00. Como em cada alqueire vão quatro mil mudas, ele não tem dúvidas: vai expandir dos atuais 80 alqueires para 200 alqueires a área ocupada com reflorestamento de pinus e eucalipto na propriedade de 700 alqueires que mantém com os filhos e a nora.
Já o dentista João Antônio Cardoso, também de Telêmaco Borba, preocupa-se com sua posição de investidor: há 16 anos começou com 10 alqueires e, numa área de 3,5 alqueires, já fez um desbaste e o corte raso, recebendo pela madeira R$ 240 mil "limpinhos". No primeiro desbaste na mesma área ele havia recebido um valor semelhante. Nos últimos tempos, adquiriu mais quatro alqueires para ampliar a produção, que convive com uma chácara de lazer.
É quase uma onda verde que se espalha por todo o Brasil e não existe outro assunto de conversa para quem está no raio de ação de grandes empresas de papel e celulose. Milhares de pequenos e médios produtores rurais estão seguindo o exemplo de Oliveira, Giostri e Cardoso e aderindo aos programas de fomento de grandes empresas globalizadas como a Aracruz, Klabin, Masisa e Votorantin Celulose e Papel (VCP), entre outras, e plantando novas florestas.
A Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS) estima que eles já sejam um contingente de mais de 50 mil pequenos e médios proprietários rurais e que deverão ser 100 mil em quatro ou cinco anos. O momento é altamente propício: a tora de madeira é um mercado estável e, desde 2000, subiu mais de 150%, para uma inflação acumulada de 50% em igual período. Diante de um quadro de escassez de matéria-prima e receio de um "apagão" florestal, um hectare de eucalipto, portanto, pode render entre R$ 3 mil a R$ 5 mil ao ano, montante que nenhuma outra cultura oferece hoje em dia, quando soja e milho rendem perto de R$ 700,00 o hectare/ano.
Para o Brasil manter o ritmo crescente de exportações de papel e celulose, calcula-se que é necessário plantar pelo menos 500 mil hectares de novas florestas por ano. Em 2005, o setor plantou 553 mil hectares graças à explosão de projetos de fomento, que foram responsáveis por 130 mil hectares deste total. Em 2006, o setor promete manter-se neste patamar.
"Há um consenso de que o fomento pode ser responsável por 20% das necessidades de madeira nos próximos anos e é este o patamar que buscamos na Klabin", Ronaldo Sella, gerente de Fomento Florestal e de Comercialização de Madeira da Klabin em Telêmaco Borba. "Hoje, temos 8% das 2,5 milhões de toneladas de madeira consumidas anualmente."
Uso racional da terra
A Klabin, provavelmente, é a empresa que há mais tempo utiliza o sistema. "Começamos em 1984, em Santa Catarina, e em 1987, no Paraná, e estamos no terceiro ciclo de produção", diz Sella. A área de fomento da Klabin ocupa 56,5 mil hectares (40% eucalipto e 60% pinus) e está distribuída em 11 mil propriedades do Paraná e Santa Catarina. O tamanho médio das propriedades é de oito hectares. Para estimular a adesão, principalmente dos pequenos, a empresa decidiu avalizar o empréstimo que muitos proprietários fazem no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a fim de implantar o cultivo por meio do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora). Cada fomentado pode tomar até R$ 150 mil. No sexto ano, paga à Klabin o equivalente a 90 toneladas por hectare (equivalente a um terço da produção estimada).
O fomento, por sinal, mostrou ser uma grande saída para as empresas ampliarem sua produção em áreas onde a utilização social da terra é questionada por Organizações Não-Governamentais (ONG's) e movimentos como o MST, particularmente nas regiões Sul e Sudeste do País, já que as empresas normalmente fornecem mudas e adubo, fazem o plantio e garantem assistência técnica, fornecendo tecnologia e inserindo pequenos produtores num mercado globalizado a que eles normalmente não teriam acesso.
O agricultor cuida da área e garante a essa empresa a preferência de compra da madeira, a preço de mercado. "É uma alternativa para as pequenas e médias propriedades que não requer tratos culturais constantes, utiliza terras ociosas, gera empregos e reduz a pressão de corte sobre áreas nativas", garante Ronaldo Sella.
O uso da terra no Brasil é o debate mais sério e necessário da atualidade. Segundo estatísticas, existem no País 90 milhões de hectares de áreas desmatadas ou 900 mil quilômetros quadrados de terras degradadas, sem qualquer aproveitamento econômico em todo o território nacional. Se, de um lado, isso é ruim, por outro é uma realidade a ser trabalhada pelo reflorestamento porque não há necessidade de se desmatar florestas nativas no Brasil.
O diretor-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), Carlos Aguiar, também presidente da Aracruz, explica que a associação deu prioridade total para a inserção dos pequenos e médios produtores rurais na atividade silvicultural, porque o modelo atual provocou a concentração dos plantios pelas grandes empresas, essa inserção promoverá a distribuição de renda, a fixação da mão-de-obra no campo e a melhoria do meio ambiente. E o fomento entra num contexto de expansão das florestas que, se bem-sucedido, de acordo com a Abraf, poderá, em 10 a 15 anos, elevar as exportações de produtos florestais para US$ 15 bilhões por ano, aumentar a arrecadação de impostos para US$ 6 bilhões anuais, gerar milhares de novos empregos e promover a incorporação de mais de dois milhões de hectares às reservas nativas das empresas.
É pouco ainda, mas o cenário é promissor, diante do comércio internacional de produtos florestais, que movimenta US$ 290 bilhões por ano, liderado pelo Canadá, com 20,5%. Em seguida, vêm os Estados Unidos, com 11,6%, e a Finlândia, com 7,6%. Em resumo: o setor está se transformando num grande agente distribuidor de renda por força da falta de matéria-prima.
Poupança florestal
Senão, como explicar o sucesso do programa "Poupança Florestal", lançado em 2004 pela Votorantim Celulose e Papel do Rio Grande do Sul, que conseguiu, em menos de dois anos, o engajamento de cinco mil produtores no seu projeto e que, em sete anos, quer ter 30 mil hectares plantados com florestas de eucalipto para uma nova fábrica.
Cerca de 400 destes produtores já estão efetuando o plantio, depois de receberem treinamento sobre legislação ambiental e, ao final de sete anos, com garantia de compra da VCP e um preço acertado antecipadamente, vão receber o equivalente anual a algo "entre R$ 3 mil a R$ 5 mil por hectare plantado como lucro líquido", diz Fausto Camargo, gerente de meio ambiente e do programa da VCP. "O produtor não bota a mão no bolso. Recebe toda assistência técnica com auxílio da Emater, paga o financiamento e recebe o lucro com a venda da madeira." A VCP pretende investir R$ 15 milhões anuais no desenvolvimento do fomento florestal.
Ou então, os bons resultados da Aracruz com o seu "Produtor Florestal", também chamado de "Poupança Verde", onde agricultores donos de áreas acidentadas ou com baixa produtividade agrícola são estimulados a plantar eucalipto. As mudas, a assistência técnica e o financiamento ficam por conta da companhia. O programa abrange cerca de 71 mil hectares, contratados com mais de três mil produtores rurais nos estados do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
"Ao mesmo tempo em que a empresa não precisa investir na compra de novas terras, ela divide a riqueza com a comunidade da região onde atua", afirma Adhemar Villela Filho, diretor florestal da Masisa, multinacional nascida no Chile e uma das maiores produtoras de painéis de madeira para a fabricação de móveis e embalagens do mundo, cujas fábricas brasileiras ficam em Ponta Grossa, no Paraná, e Rio Negrinho, em Santa Catarina.
O fomento e o arrendamento de áreas (com pagamento anual ao proprietário) já somam três mil hectares e respondem por 17% dos 17,5 mil hectares de florestas que a Masisa tem nos dois estados. Dos 20 mil hectares que serão plantados nos próximos quatro anos, as parcerias com agricultores, por fomento ou arrendamento, contribuirão com seis mil hectares.
Logística
O sucesso do fomento, por outro lado, traz uma nova escala de dificuldade para o trabalho de colheita da madeira. Milhares de pequenas propriedades e maiores distâncias das fábricas vão trazer novos desafios para a logística das empresas. A saída para alguns casos pode ser a formação de cooperativas de pequenos e médios produtores para a compra de equipamentos e contratação de empresas especializadas.
A Klabin, que terceiriza toda a sua parte de colheita e transporte, diz que já está preparada pela experiência que acumulou ao longo dos últimos anos. "Nós podemos trabalhar em todas as escalas porque temos fornecedores desenvolvidos para todos os tamanhos da operação", diz o gerente de fomento Ronaldo Sella.
Já a VCP, que realiza o trabalho com equipamentos e logística próprios, pretende apenas estender o serviço que já realiza para as novas áreas que serão incorporadas. "A colheita e a logística de transporte serão feitas como fazemos nas áreas próprias", acrescenta o gerente Fausto Camargo.
Fonte: Norberto Staviski (Gazeta Mercantil)
Há quatro meses, Oliveira fez um desbaste em dois alqueires e recebeu quase R$ 200 mil pela produção. "Só endireitei minha situação quando comecei a mexer com madeira. Antes plantava tomate e milho, mas com o que ganho em oito alqueires posso comprar mil cabeças de gado."
Ali perto, na divisa dos municípios de Tibagi e Ipiranga, o produtor Edmundo Giostri, 79 anos, 40 dedicados à agricultura de soja, trigo e à pecuária de engorda, faz seus cálculos: há setes anos, uma árvore com diâmetro acima de 25 polegadas valia R$ 8,00 na hora da venda e hoje vale R$ 120,00. Como em cada alqueire vão quatro mil mudas, ele não tem dúvidas: vai expandir dos atuais 80 alqueires para 200 alqueires a área ocupada com reflorestamento de pinus e eucalipto na propriedade de 700 alqueires que mantém com os filhos e a nora.
Já o dentista João Antônio Cardoso, também de Telêmaco Borba, preocupa-se com sua posição de investidor: há 16 anos começou com 10 alqueires e, numa área de 3,5 alqueires, já fez um desbaste e o corte raso, recebendo pela madeira R$ 240 mil "limpinhos". No primeiro desbaste na mesma área ele havia recebido um valor semelhante. Nos últimos tempos, adquiriu mais quatro alqueires para ampliar a produção, que convive com uma chácara de lazer.
É quase uma onda verde que se espalha por todo o Brasil e não existe outro assunto de conversa para quem está no raio de ação de grandes empresas de papel e celulose. Milhares de pequenos e médios produtores rurais estão seguindo o exemplo de Oliveira, Giostri e Cardoso e aderindo aos programas de fomento de grandes empresas globalizadas como a Aracruz, Klabin, Masisa e Votorantin Celulose e Papel (VCP), entre outras, e plantando novas florestas.
A Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS) estima que eles já sejam um contingente de mais de 50 mil pequenos e médios proprietários rurais e que deverão ser 100 mil em quatro ou cinco anos. O momento é altamente propício: a tora de madeira é um mercado estável e, desde 2000, subiu mais de 150%, para uma inflação acumulada de 50% em igual período. Diante de um quadro de escassez de matéria-prima e receio de um "apagão" florestal, um hectare de eucalipto, portanto, pode render entre R$ 3 mil a R$ 5 mil ao ano, montante que nenhuma outra cultura oferece hoje em dia, quando soja e milho rendem perto de R$ 700,00 o hectare/ano.
Para o Brasil manter o ritmo crescente de exportações de papel e celulose, calcula-se que é necessário plantar pelo menos 500 mil hectares de novas florestas por ano. Em 2005, o setor plantou 553 mil hectares graças à explosão de projetos de fomento, que foram responsáveis por 130 mil hectares deste total. Em 2006, o setor promete manter-se neste patamar.
"Há um consenso de que o fomento pode ser responsável por 20% das necessidades de madeira nos próximos anos e é este o patamar que buscamos na Klabin", Ronaldo Sella, gerente de Fomento Florestal e de Comercialização de Madeira da Klabin em Telêmaco Borba. "Hoje, temos 8% das 2,5 milhões de toneladas de madeira consumidas anualmente."
Uso racional da terra
A Klabin, provavelmente, é a empresa que há mais tempo utiliza o sistema. "Começamos em 1984, em Santa Catarina, e em 1987, no Paraná, e estamos no terceiro ciclo de produção", diz Sella. A área de fomento da Klabin ocupa 56,5 mil hectares (40% eucalipto e 60% pinus) e está distribuída em 11 mil propriedades do Paraná e Santa Catarina. O tamanho médio das propriedades é de oito hectares. Para estimular a adesão, principalmente dos pequenos, a empresa decidiu avalizar o empréstimo que muitos proprietários fazem no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a fim de implantar o cultivo por meio do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora). Cada fomentado pode tomar até R$ 150 mil. No sexto ano, paga à Klabin o equivalente a 90 toneladas por hectare (equivalente a um terço da produção estimada).
O fomento, por sinal, mostrou ser uma grande saída para as empresas ampliarem sua produção em áreas onde a utilização social da terra é questionada por Organizações Não-Governamentais (ONG's) e movimentos como o MST, particularmente nas regiões Sul e Sudeste do País, já que as empresas normalmente fornecem mudas e adubo, fazem o plantio e garantem assistência técnica, fornecendo tecnologia e inserindo pequenos produtores num mercado globalizado a que eles normalmente não teriam acesso.
O agricultor cuida da área e garante a essa empresa a preferência de compra da madeira, a preço de mercado. "É uma alternativa para as pequenas e médias propriedades que não requer tratos culturais constantes, utiliza terras ociosas, gera empregos e reduz a pressão de corte sobre áreas nativas", garante Ronaldo Sella.
O uso da terra no Brasil é o debate mais sério e necessário da atualidade. Segundo estatísticas, existem no País 90 milhões de hectares de áreas desmatadas ou 900 mil quilômetros quadrados de terras degradadas, sem qualquer aproveitamento econômico em todo o território nacional. Se, de um lado, isso é ruim, por outro é uma realidade a ser trabalhada pelo reflorestamento porque não há necessidade de se desmatar florestas nativas no Brasil.
O diretor-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), Carlos Aguiar, também presidente da Aracruz, explica que a associação deu prioridade total para a inserção dos pequenos e médios produtores rurais na atividade silvicultural, porque o modelo atual provocou a concentração dos plantios pelas grandes empresas, essa inserção promoverá a distribuição de renda, a fixação da mão-de-obra no campo e a melhoria do meio ambiente. E o fomento entra num contexto de expansão das florestas que, se bem-sucedido, de acordo com a Abraf, poderá, em 10 a 15 anos, elevar as exportações de produtos florestais para US$ 15 bilhões por ano, aumentar a arrecadação de impostos para US$ 6 bilhões anuais, gerar milhares de novos empregos e promover a incorporação de mais de dois milhões de hectares às reservas nativas das empresas.
É pouco ainda, mas o cenário é promissor, diante do comércio internacional de produtos florestais, que movimenta US$ 290 bilhões por ano, liderado pelo Canadá, com 20,5%. Em seguida, vêm os Estados Unidos, com 11,6%, e a Finlândia, com 7,6%. Em resumo: o setor está se transformando num grande agente distribuidor de renda por força da falta de matéria-prima.
Poupança florestal
Senão, como explicar o sucesso do programa "Poupança Florestal", lançado em 2004 pela Votorantim Celulose e Papel do Rio Grande do Sul, que conseguiu, em menos de dois anos, o engajamento de cinco mil produtores no seu projeto e que, em sete anos, quer ter 30 mil hectares plantados com florestas de eucalipto para uma nova fábrica.
Cerca de 400 destes produtores já estão efetuando o plantio, depois de receberem treinamento sobre legislação ambiental e, ao final de sete anos, com garantia de compra da VCP e um preço acertado antecipadamente, vão receber o equivalente anual a algo "entre R$ 3 mil a R$ 5 mil por hectare plantado como lucro líquido", diz Fausto Camargo, gerente de meio ambiente e do programa da VCP. "O produtor não bota a mão no bolso. Recebe toda assistência técnica com auxílio da Emater, paga o financiamento e recebe o lucro com a venda da madeira." A VCP pretende investir R$ 15 milhões anuais no desenvolvimento do fomento florestal.
Ou então, os bons resultados da Aracruz com o seu "Produtor Florestal", também chamado de "Poupança Verde", onde agricultores donos de áreas acidentadas ou com baixa produtividade agrícola são estimulados a plantar eucalipto. As mudas, a assistência técnica e o financiamento ficam por conta da companhia. O programa abrange cerca de 71 mil hectares, contratados com mais de três mil produtores rurais nos estados do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
"Ao mesmo tempo em que a empresa não precisa investir na compra de novas terras, ela divide a riqueza com a comunidade da região onde atua", afirma Adhemar Villela Filho, diretor florestal da Masisa, multinacional nascida no Chile e uma das maiores produtoras de painéis de madeira para a fabricação de móveis e embalagens do mundo, cujas fábricas brasileiras ficam em Ponta Grossa, no Paraná, e Rio Negrinho, em Santa Catarina.
O fomento e o arrendamento de áreas (com pagamento anual ao proprietário) já somam três mil hectares e respondem por 17% dos 17,5 mil hectares de florestas que a Masisa tem nos dois estados. Dos 20 mil hectares que serão plantados nos próximos quatro anos, as parcerias com agricultores, por fomento ou arrendamento, contribuirão com seis mil hectares.
Logística
O sucesso do fomento, por outro lado, traz uma nova escala de dificuldade para o trabalho de colheita da madeira. Milhares de pequenas propriedades e maiores distâncias das fábricas vão trazer novos desafios para a logística das empresas. A saída para alguns casos pode ser a formação de cooperativas de pequenos e médios produtores para a compra de equipamentos e contratação de empresas especializadas.
A Klabin, que terceiriza toda a sua parte de colheita e transporte, diz que já está preparada pela experiência que acumulou ao longo dos últimos anos. "Nós podemos trabalhar em todas as escalas porque temos fornecedores desenvolvidos para todos os tamanhos da operação", diz o gerente de fomento Ronaldo Sella.
Já a VCP, que realiza o trabalho com equipamentos e logística próprios, pretende apenas estender o serviço que já realiza para as novas áreas que serão incorporadas. "A colheita e a logística de transporte serão feitas como fazemos nas áreas próprias", acrescenta o gerente Fausto Camargo.
Fonte: Norberto Staviski (Gazeta Mercantil)
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