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(GERAL)
Madeireiras - Setor pede o congelamento do PMPF
A indústria madeireira reivindica junto ao governo do Estado o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), o preço de pauta. O pedido foi encaminhado ontem em reunião com o governador Blairo Maggi, no Palácio Paiaguás. O setor alega que um reajuste neste momento dificultará o reaquecimento econômico da atividade, que já esbarra em gargalos de competitividade como o frete, até 100% mais caro na comparação com outros Estados do país.

A Secretaria de Fazenda (Sefaz) posiciona que levantamento constatou que as faixas de PMPF atuais estão abaixo dos preços praticados no mercado regional, mas que o reajuste está suspenso para a análise da reivindicação do setor. O pleito foi discutido em reunião no fim de julho, mas segundo a Sefaz até agora a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) não enviou o relatório de alegações sobre o assunto. O preço de pauta da madeira in natura varia de R$ 582 a R$ 2,530 mil o metro cúbico, conforme cada espécie. O PMPF de produtos semi-industrializados como tábuas e caibros oscila entre R$ 292 e R$ 1,265 mil, também de acordo com o tipo de madeira utilizado.

O presidente do Sindicato das Madeireiras do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), Augusto dos Passos, afirma que o preço do frete de Sinop para São Paulo é em média de R$ 160 a tonelada de madeira. Em contraste, regiões do Pará e Rondônia pagam de R$ 70 a R$ 100 para o transporte da tonelada em função da maior oferta de operações de retorno pelas transportadoras. "O que estamos pedindo ao governo é que ajude a nos dar condições de competir no mercado. Se ele aumentar a carga sobre as empresas corre o risco de perder arrecadação com a migração de indústrias para outros Estados".

O dia também foi marcado por discussões junto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). Entre as principais cobranças dos madeireiros consta o pedido de maior interiorização dos trabalhos com a delegação de funções aos escritórios regionais. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Compensados e Laminados (Sindilan), César José Mason, os empresários também vêm tendo dificuldades na agilização de planos de manejo em função de limitações na estrutura física da pasta.

O secretário em exercício de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, afirma que a expansão da estrutura da Sema já está prevista para o ano que vem com a construção de um anexo ao prédio da secretaria, no Centro Político. O custo da obra não foi informado. Ele pondera que desde janeiro já foram implantados mais 8 escritórios regionais ante os 8 existentes anteriormente. "A descentralização da Sema tem que ser amadurecida. Para escritórios como Sinop e Juína já foram delegados trabalhos de vistoria e análise, mas sabemos que a ampliação disso dependerá de mais infra-estrutura".

Juliana Scardua

Gazeta de Cuiabá

Fonte:

Neuvoo Jooble