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(GERAL)
Acre começa a sair da economia primária e entrar na era da indústria
Tijolos, cimento e esquadrias não são apenas componentes de uma simples obra, quando se fala nas fábricas de piso e preservativos masculinos, que vêem sendo construídas pelo governo do Estado no município de Xapuri. Eles são a materialização de um sonho que teve início há anos, na época em que Jorge Viana, Tião Viana e Binho Marques sequer sonhavam ser eleitos e que Chico Mendes pregava o desenvolvimento econômico aliado à preservação da natureza. "A industrialização do Estado é último estágio do Plano de Desenvolvimento que sonhamos para o Acre. Antes nossas riquezas saiam daqui como matéria prima para outros Estados, lá eram beneficiadas, gerando os empregos, a renda e o aquecimento da economia em outros estados. Com a instalação destas indústrias acontece o contrário, nossas riquezas ficam aqui, geram empregos e renda para os acreanos", afirma o governador. Segundo Jorge Viana, o governo não tem como proibir a saída de matéria-prima do Estado, mas tem como criar mecanismos para que ela seja beneficiada no Acre. "A idéia é dar o exemplo para toda a Amazônia de como ganhar dinheiro com a floresta. Não há na região indústria com esse porte.
No eixo Rio Branco Assis Brasil incentivamos a instalação de dezesseis indústrias que estão mudando a realidade econômica da região. Queremos isso para os vinte e dois municípios do Acre", afirma Jorge Viana. Para o professor da universidade federal do Paraná (UFPR), engenheiro florestal Ivan Tomaselli, um dos grandes nomes do setor no Brasil, o Acre está no caminho certo. Somente com o desenvolvimento da economia voltada para o setor florestal é possível conciliar preservação e geração de renda. "O mercado é exigente e aqui temos uma fábrica de pisos com a melhor tecnologia da Amazônia. Estamos falando de pisos de primeira linha. Não estamos falando de piso de vinte e dois reais o metro, mas de pisos de cento e cinqüenta", garante. A mesma opinião é compartilhada por outro professor, José de Arimatéia, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Segundo ele, Xapuri é uma transição em curso. O município sai da economia primária para uma economia industrial e de serviço.
Setor industrial é o que mais cresce no Estado
A revolução industrial por que passa o Vale do Acre é silenciosa para quem vê de longe ou não consegue compreender como funciona o mercado. Mas para quem vivencia o setor industrial todos os dias, como é o caso do presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Francisco Salomão, ela pode ser ouvida em alto e bom som. Os indicadores financeiros mostram o que não dá para esconder. O setor industrial é o que mais cresce no Estado. Sem contar com a construção civil, a indústria de transição corresponde hoje a 12% do Produto Interno Bruto do Estado (PIB), sete a mais que há cinco anos. "A instalação de indústrias como essas aquece também outros setores. Com os empregos que serão gerados aqui, muda o poder aquisitivo da população, que poderá comprar mais. Uma coisa vai puxando a outra", explica.
Fábrica de piso deve movimentar R$ 18 milhões
Segundo o secretário de Florestas, Carlos Rezende, a expectativa é que a fábrica de piso movimente no primeiro ano algo em torno de R$ 18 milhões, e que cerca de 350 empregos diretos deva ser gerado. Isso sem contar com os aproximadamente 900 indiretos, pois a madeira utilizada na fábrica será oriunda de Planos de Manejo da região. A previsão é que indústria de piso entre em operação ainda este ano. Até outubro o governo deverá estar entregando a obra. O próximo passo depois disso será a abertura de licitação para definir a empresa que irá gerir o empreendimento. A fábrica está sendo construída com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) na ordem de R$ 30 milhões, sendo que destes 10% é contrapartida do Estado. Segundo o secretário de Obras, Eduardo Vieira, a estrutura física do empreendimento possui 7.000 m2 e 200 operários trabalharam no local. Além do moderno equipamento que irá ser instalado na fábrica e da magnitude dos galpões, estufas e caldeiras, o projeto da usina geradora de energia chama a atenção. "Toda a energia utilizada pela fábrica será gerada pela usina que utilizará os resíduos de madeira provenientes da confecção dos pisos", explica Eduardo.
Acre vai produzir 100 milhões de preservativos
A fábrica de preservativos masculinos, a chamada camisinha, também deverá ser entregue este ano. As obras no local estão avançadas. A primeira parte dela e a mais complexa, a centrífuga, está praticamente concluída. A indústria deverá produzir cem milhões de preservativos ano. Para se ter idéia do que isso significa, a demanda brasileira é de um bilhão de camisinhas por ano e a capacidade produtiva do país é de apenas trezentos milhões. Os setecentos restantes são importados da Ásia. Segundo o secretário Eduardo Vieira, a fábrica custou aproximadamente R$ 7 milhões e os equipamentos de ponta R$ 29 milhões.
Para que o sucesso do empreendimento aconteça, o governo do Estado investiu ainda na capacitação de setecentas famílias de seringueiros da Reserva Chico Mendes, que fornecerão o látex para a indústria. "Foram instaladas quinze unidades de coleta na floresta, sendo que a distância entre a unidade e a casa do seringueiro é de no máximo duas horas", explica. O látex, colhido pelos seringueiros, deverá estar dentro dos padrões exigidos para a confecção das camisinhas. Segundo o secretário, ainda na floresta, será misturado ao leite da seringa um anti-coagulante para que ele se mantenha em estado líquido, imprescindível para a fabricação dos preservativos. Depois esse látex será transportado em caminhões até a fábrica, onde será processado e armazenado para num outro momento ser transformado em camisinhas. "A capacidade da fábrica é de seiscentas toneladas de látex por ano, depois de passado na centrífuga essa quantidade cai para trezentas toneladas, que podem ficar armazenadas durante um ano", explica.
Fonte: A Gazeta
No eixo Rio Branco Assis Brasil incentivamos a instalação de dezesseis indústrias que estão mudando a realidade econômica da região. Queremos isso para os vinte e dois municípios do Acre", afirma Jorge Viana. Para o professor da universidade federal do Paraná (UFPR), engenheiro florestal Ivan Tomaselli, um dos grandes nomes do setor no Brasil, o Acre está no caminho certo. Somente com o desenvolvimento da economia voltada para o setor florestal é possível conciliar preservação e geração de renda. "O mercado é exigente e aqui temos uma fábrica de pisos com a melhor tecnologia da Amazônia. Estamos falando de pisos de primeira linha. Não estamos falando de piso de vinte e dois reais o metro, mas de pisos de cento e cinqüenta", garante. A mesma opinião é compartilhada por outro professor, José de Arimatéia, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Segundo ele, Xapuri é uma transição em curso. O município sai da economia primária para uma economia industrial e de serviço.
Setor industrial é o que mais cresce no Estado
A revolução industrial por que passa o Vale do Acre é silenciosa para quem vê de longe ou não consegue compreender como funciona o mercado. Mas para quem vivencia o setor industrial todos os dias, como é o caso do presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Francisco Salomão, ela pode ser ouvida em alto e bom som. Os indicadores financeiros mostram o que não dá para esconder. O setor industrial é o que mais cresce no Estado. Sem contar com a construção civil, a indústria de transição corresponde hoje a 12% do Produto Interno Bruto do Estado (PIB), sete a mais que há cinco anos. "A instalação de indústrias como essas aquece também outros setores. Com os empregos que serão gerados aqui, muda o poder aquisitivo da população, que poderá comprar mais. Uma coisa vai puxando a outra", explica.
Fábrica de piso deve movimentar R$ 18 milhões
Segundo o secretário de Florestas, Carlos Rezende, a expectativa é que a fábrica de piso movimente no primeiro ano algo em torno de R$ 18 milhões, e que cerca de 350 empregos diretos deva ser gerado. Isso sem contar com os aproximadamente 900 indiretos, pois a madeira utilizada na fábrica será oriunda de Planos de Manejo da região. A previsão é que indústria de piso entre em operação ainda este ano. Até outubro o governo deverá estar entregando a obra. O próximo passo depois disso será a abertura de licitação para definir a empresa que irá gerir o empreendimento. A fábrica está sendo construída com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) na ordem de R$ 30 milhões, sendo que destes 10% é contrapartida do Estado. Segundo o secretário de Obras, Eduardo Vieira, a estrutura física do empreendimento possui 7.000 m2 e 200 operários trabalharam no local. Além do moderno equipamento que irá ser instalado na fábrica e da magnitude dos galpões, estufas e caldeiras, o projeto da usina geradora de energia chama a atenção. "Toda a energia utilizada pela fábrica será gerada pela usina que utilizará os resíduos de madeira provenientes da confecção dos pisos", explica Eduardo.
Acre vai produzir 100 milhões de preservativos
A fábrica de preservativos masculinos, a chamada camisinha, também deverá ser entregue este ano. As obras no local estão avançadas. A primeira parte dela e a mais complexa, a centrífuga, está praticamente concluída. A indústria deverá produzir cem milhões de preservativos ano. Para se ter idéia do que isso significa, a demanda brasileira é de um bilhão de camisinhas por ano e a capacidade produtiva do país é de apenas trezentos milhões. Os setecentos restantes são importados da Ásia. Segundo o secretário Eduardo Vieira, a fábrica custou aproximadamente R$ 7 milhões e os equipamentos de ponta R$ 29 milhões.
Para que o sucesso do empreendimento aconteça, o governo do Estado investiu ainda na capacitação de setecentas famílias de seringueiros da Reserva Chico Mendes, que fornecerão o látex para a indústria. "Foram instaladas quinze unidades de coleta na floresta, sendo que a distância entre a unidade e a casa do seringueiro é de no máximo duas horas", explica. O látex, colhido pelos seringueiros, deverá estar dentro dos padrões exigidos para a confecção das camisinhas. Segundo o secretário, ainda na floresta, será misturado ao leite da seringa um anti-coagulante para que ele se mantenha em estado líquido, imprescindível para a fabricação dos preservativos. Depois esse látex será transportado em caminhões até a fábrica, onde será processado e armazenado para num outro momento ser transformado em camisinhas. "A capacidade da fábrica é de seiscentas toneladas de látex por ano, depois de passado na centrífuga essa quantidade cai para trezentas toneladas, que podem ficar armazenadas durante um ano", explica.
Fonte: A Gazeta
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