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    Notícias
09
                    jul
                    2006
                (GERAL)
                Projeto tenta unir lenha, lucro e ambiente
                
                    A chapada do Araripe, que abrange parte do Ceará, Pernambuco e Piauí, é um dos maiores pólos de fabricação de gesso da América Latina. Por causa da atividade, o consumo de lenha na região é muito grande: chega a atingir 1,5 milhão de metros por ano. Um plano que está sendo desenvolvido para o local pretende ajudar os produtores dessa matéria-prima a produzir de maneira a preservar a natureza, mas gerando renda. A expectativa é que o proprietário de 100 hectares de terra, por exemplo, poderia receber com a atividade até R$ 600 por mês. 
Intitulado Plano de Desenvolvimento Florestal do Araripe, o projeto insere-se nas atividades do programa Manejo Integrado de Ecossistema para o Bioma Caatinga, apoiado pelo PNUD. O programa busca alternativas de uso sustentável para a Caatinga de forma a minimizar as ações de degradação da região, recorrendo a práticas já existentes, como criação de gado, extração da madeira e trabalho agrícola. Para isso, são selecionadas áreas que se encontram ameaçadas, como a chapada do Araripe.
“Para corresponder à demanda [das fábricas] de gesso da região, seriam necessários cerca de 8 mil hectares por ano [de áreas] sobre manejo. Mas essa não é a realidade do Araripe. Queremos demonstrar que é possível consumir lenha de forma sustentável e que essa atividade é de grande inclusão social também. O plano trata da questão econômica, social e ambiental”, destaca o coordenador regional do projeto, Francisco Barreto Campello.
O plano para o Araripe começou a ser colocado em prática há um mês, com a escolha de uma pequena propriedade (Fazenda Pitombeira) para funcionar como unidade de referência. Ela será apresentada nesta quinta-feira em um evento chamado Dia de Campo sobre Manejo Florestal Sustentável da Caatinga, organizado pelos coordenadores do projeto. Na ocasião, será feita uma visita à Fazenda Pitombeira, em Ouricuri (PE).
Campello afirma que para uma propriedade aderir ao projeto o produtor “tem que ter um plano de manejo muito bem construído, que siga a orientação técnica de um engenheiro florestal”. Depois, “tudo vai ser analisado e aprovado pelo IBAMA [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis] ou por um órgão do Estado”, conta.
No início do trabalho, o engenheiro faz uma avaliação da propriedade e de como ela pode produzir sem degradar o meio ambiente. Depois, o espaço é dividido em 13 áreas e, a cada ano, uma delas é explorada. “Ele só volta para aquela primeira depois de 13 anos, que é o tempo necessário para a Caatinga se recuperar”, destaca Campello. “Também não pode cortar tocos, fazer queimada. Deve-se proteger o solo da erosão e incorporar matéria orgânica para que ele não empobreça”, completa.
A renda em uma pequena propriedade que pratica o manejo sustentável da lenha pode chegar a R$ 600, estima Campello. “A esse lucro de R$ 600 por mês, você junta a criação de galinha, de bode, de gado, a apicultura, todas as atividades que são comuns nessas propriedades. Esse produtor tem a mesma renda de um técnico agrícola assalariado”, compara o coordenador.
Além de propriedades agrícolas, o plano abrange também fábricas de gesso. Cinco delas foram selecionadas para servirem de referência. Com a ajuda do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), foi analisado o tipo de forno utilizado para queimar a lenha, o procedimento para alimentá-lo e a qualidade da matéria-prima utilizada. A partir daí, foram propostas adequações. A idéia é que outras fábricas de gesso da região passem pelo mesmo processo. “Queremos ajudar essas fábricas a melhorarem a sua eficiência energética. Usando essa lenha de forma adequada, diminui a quantidade de lenha utilizada e isso diminui a emissão de gases poluentes”, destaca Campello.
TALITA BEDINELLI - www.EcoDebate.com.br
                
                
                
                
                
            Intitulado Plano de Desenvolvimento Florestal do Araripe, o projeto insere-se nas atividades do programa Manejo Integrado de Ecossistema para o Bioma Caatinga, apoiado pelo PNUD. O programa busca alternativas de uso sustentável para a Caatinga de forma a minimizar as ações de degradação da região, recorrendo a práticas já existentes, como criação de gado, extração da madeira e trabalho agrícola. Para isso, são selecionadas áreas que se encontram ameaçadas, como a chapada do Araripe.
“Para corresponder à demanda [das fábricas] de gesso da região, seriam necessários cerca de 8 mil hectares por ano [de áreas] sobre manejo. Mas essa não é a realidade do Araripe. Queremos demonstrar que é possível consumir lenha de forma sustentável e que essa atividade é de grande inclusão social também. O plano trata da questão econômica, social e ambiental”, destaca o coordenador regional do projeto, Francisco Barreto Campello.
O plano para o Araripe começou a ser colocado em prática há um mês, com a escolha de uma pequena propriedade (Fazenda Pitombeira) para funcionar como unidade de referência. Ela será apresentada nesta quinta-feira em um evento chamado Dia de Campo sobre Manejo Florestal Sustentável da Caatinga, organizado pelos coordenadores do projeto. Na ocasião, será feita uma visita à Fazenda Pitombeira, em Ouricuri (PE).
Campello afirma que para uma propriedade aderir ao projeto o produtor “tem que ter um plano de manejo muito bem construído, que siga a orientação técnica de um engenheiro florestal”. Depois, “tudo vai ser analisado e aprovado pelo IBAMA [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis] ou por um órgão do Estado”, conta.
No início do trabalho, o engenheiro faz uma avaliação da propriedade e de como ela pode produzir sem degradar o meio ambiente. Depois, o espaço é dividido em 13 áreas e, a cada ano, uma delas é explorada. “Ele só volta para aquela primeira depois de 13 anos, que é o tempo necessário para a Caatinga se recuperar”, destaca Campello. “Também não pode cortar tocos, fazer queimada. Deve-se proteger o solo da erosão e incorporar matéria orgânica para que ele não empobreça”, completa.
A renda em uma pequena propriedade que pratica o manejo sustentável da lenha pode chegar a R$ 600, estima Campello. “A esse lucro de R$ 600 por mês, você junta a criação de galinha, de bode, de gado, a apicultura, todas as atividades que são comuns nessas propriedades. Esse produtor tem a mesma renda de um técnico agrícola assalariado”, compara o coordenador.
Além de propriedades agrícolas, o plano abrange também fábricas de gesso. Cinco delas foram selecionadas para servirem de referência. Com a ajuda do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), foi analisado o tipo de forno utilizado para queimar a lenha, o procedimento para alimentá-lo e a qualidade da matéria-prima utilizada. A partir daí, foram propostas adequações. A idéia é que outras fábricas de gesso da região passem pelo mesmo processo. “Queremos ajudar essas fábricas a melhorarem a sua eficiência energética. Usando essa lenha de forma adequada, diminui a quantidade de lenha utilizada e isso diminui a emissão de gases poluentes”, destaca Campello.
TALITA BEDINELLI - www.EcoDebate.com.br
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