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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Pesquisador da embrapa alerta sobre os perigos do ipê-mirim.
A beleza do ipê-mirim (Tecoma stans), também conhecido como amarelinho, faz com que ele se multiplique rapidamente. A disseminação é fácil e rápida, além da ação do vento, da chuva, o próprio homem leva mudas e sementes a grandes distâncias. Mas o que as pessoas não sabem é que o ipê-mirim é uma praga de pastagem muito agressiva e de difícil controle.
Utilizado como uma inofensiva planta ornamental, o pesquisador da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS), uma das unidades da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Saladino Gonçalves Nunes, alerta que o amarelinho pode até inviabilizar áreas de pastagens.
No Estado do Paraná, o problema do amarelinho tem a mesma proporção da ciganinha em Mato Grosso do Sul (MS). Linhagens agressivas da praga vegetam espontaneamente invadindo áreas urbanas, rurais e margens de rodovias do Paraná. Estima-se que 50 mil hectares de pastagens estejam invadidos pela invasora e cerca de 10 mil já foram inviabilizados.
Em Mato Grosso do Sul, a planta ainda está sendo cultivada como ornamental. No entanto, se a disseminação continuar, o ipê-mirim passará a ser um grave problema para os pecuaristas, causando prejuízos. Na capital, Campo Grande, o ipê-mirim pode ser encontrado facilmente. Ele faz parte da urbanização de ruas da cidade, inclusive com placa indicando patrimônio municipal. Também, pode ser encontrado em jardins, além de mudas para venda em viveiros.
Outro agravante, é que o ipê-mirim está sendo indicado por técnicos que desconhecem o problema, para substituir árvores de grande porte, já que acabam com as calçadas. Se o ipê-mirim alcançar as áreas de pastagem do Estado será um grande transtorno. As pessoas são atraídas pela beleza das flores amarelas da invasora, muito semelhantes a espécies de ipês e carobas.
Até 2001, em um município próximo a Campo Grande (MS), Terenos, a cidade estava toda ornamentada com o amarelinho. Inclusive a prefeitura cedia mudas da planta. Hoje, graças a campanhas de conscientização, foi erradicado. De acordo com Saladino, foi necessário um pronunciamento na Câmara Municipal para que as pessoas entendessem os danos que a praga poderia causar se continuasse a ser disseminada.
Como se livrar da invasora
O custo para erradicação do ipê-mirim nas pastagens é muito alto e a reinfestação é freqüente, devido a esse fator muitas áreas são abandonadas. Segundo o pesquisador, quando a praga invade, ela toma conta da pastagem, sufocando-a. Portanto, o melhor a fazer é evitar a introdução dessa espécie na propriedade.
Na impossibilidade de erradicá-la por problemas econômicos ou de tempo, recomenda-se que a área infestada seja roçada antes da frutificação da planta, para que não produza sementes. O controle mecânico deve ser realizado com equipamentos que possuam lâminas dentadas, para que as plantas sejam arrancadas e enleiradas. A queima também é necessária para que não enraizem formando novas populações.
Se a infestação acontecer em áreas de pastagens, é a oportunidade para o produtor rural fazer a reforma e introduzir novas práticas de manejo. "O controle deve ser realizado de forma integrada. Medidas preventivas; medidas culturais, para favorecer a gramínea; e, uso de métodos mecânicos e químicos associados", explica Saladino. Ele também enfatiza que o método utilizado depende do porte do amarelinho.
Para plantas arbóreas existem duas alternativas. A primeira, fazer o desmatamento, enleiramento, queima e tratamento químico no rebrote. A segunda alternativa é aplicar no solo ao redor do caule umas 40 gramas do herbicida granulado Tebuthiron (nome comercial: Graslan). Para plantas arbustivas, encontram-se em andamento vários experimentos utilizando produtos químicos aplicados na folha 60 a 90 dias após a roçada.
A praga
O amarelinho é uma planta da família das Bignoniáceas, originário do México e Sul dos Estados Unidos. Foi introduzido no Brasil como ornamental. Sua multiplicação pode ser por via vegetativa ou por sementes, que são leves, assim o vento pode transportá-las por grandes distâncias.
De crescimento vigoroso, forma arbustos ou pequenas árvores de até 10 metros. A sombra formada é bastante intensa, eliminando por esgotamento as plantas de forrageiras sob as copas. O amarelinho invade e domina, além de pastagens, áreas de matas ciliares, reflorestamentos, parques e áreas de regeneração natural.
Introdução e distribuição da planta no Brasil
No século passado houve uma grande procura por plantas ornamentais em todo o mundo, não só para formação de jardins, como também para ornamentar mansões de imperadores, de pessoas pertencentes à corte, proprietários de terra e novos ricos que se formavam com o início da industrialização. Dessa forma, espécies de orquídeas, begônias, samambaias, palmeiras, ipês e outras plantas foram levadas para a Europa e, também, trazidas para o Brasil para ornamentação.
Não se sabe quando o amarelinho foi introduzido no país. A citação mais antiga de sua ocorrência em um jardim em Santos no Estado de São Paulo data de 1871.
Como ornamental, a espécie é encontrada em muitas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. No Paraná, ela foi encontrada como ornamental, espontânea na área urbana e nas margens de rodovias e, ainda, como invasora de pastos degradados.
Fonte: Embrapa
04/set/03
Utilizado como uma inofensiva planta ornamental, o pesquisador da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS), uma das unidades da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Saladino Gonçalves Nunes, alerta que o amarelinho pode até inviabilizar áreas de pastagens.
No Estado do Paraná, o problema do amarelinho tem a mesma proporção da ciganinha em Mato Grosso do Sul (MS). Linhagens agressivas da praga vegetam espontaneamente invadindo áreas urbanas, rurais e margens de rodovias do Paraná. Estima-se que 50 mil hectares de pastagens estejam invadidos pela invasora e cerca de 10 mil já foram inviabilizados.
Em Mato Grosso do Sul, a planta ainda está sendo cultivada como ornamental. No entanto, se a disseminação continuar, o ipê-mirim passará a ser um grave problema para os pecuaristas, causando prejuízos. Na capital, Campo Grande, o ipê-mirim pode ser encontrado facilmente. Ele faz parte da urbanização de ruas da cidade, inclusive com placa indicando patrimônio municipal. Também, pode ser encontrado em jardins, além de mudas para venda em viveiros.
Outro agravante, é que o ipê-mirim está sendo indicado por técnicos que desconhecem o problema, para substituir árvores de grande porte, já que acabam com as calçadas. Se o ipê-mirim alcançar as áreas de pastagem do Estado será um grande transtorno. As pessoas são atraídas pela beleza das flores amarelas da invasora, muito semelhantes a espécies de ipês e carobas.
Até 2001, em um município próximo a Campo Grande (MS), Terenos, a cidade estava toda ornamentada com o amarelinho. Inclusive a prefeitura cedia mudas da planta. Hoje, graças a campanhas de conscientização, foi erradicado. De acordo com Saladino, foi necessário um pronunciamento na Câmara Municipal para que as pessoas entendessem os danos que a praga poderia causar se continuasse a ser disseminada.
Como se livrar da invasora
O custo para erradicação do ipê-mirim nas pastagens é muito alto e a reinfestação é freqüente, devido a esse fator muitas áreas são abandonadas. Segundo o pesquisador, quando a praga invade, ela toma conta da pastagem, sufocando-a. Portanto, o melhor a fazer é evitar a introdução dessa espécie na propriedade.
Na impossibilidade de erradicá-la por problemas econômicos ou de tempo, recomenda-se que a área infestada seja roçada antes da frutificação da planta, para que não produza sementes. O controle mecânico deve ser realizado com equipamentos que possuam lâminas dentadas, para que as plantas sejam arrancadas e enleiradas. A queima também é necessária para que não enraizem formando novas populações.
Se a infestação acontecer em áreas de pastagens, é a oportunidade para o produtor rural fazer a reforma e introduzir novas práticas de manejo. "O controle deve ser realizado de forma integrada. Medidas preventivas; medidas culturais, para favorecer a gramínea; e, uso de métodos mecânicos e químicos associados", explica Saladino. Ele também enfatiza que o método utilizado depende do porte do amarelinho.
Para plantas arbóreas existem duas alternativas. A primeira, fazer o desmatamento, enleiramento, queima e tratamento químico no rebrote. A segunda alternativa é aplicar no solo ao redor do caule umas 40 gramas do herbicida granulado Tebuthiron (nome comercial: Graslan). Para plantas arbustivas, encontram-se em andamento vários experimentos utilizando produtos químicos aplicados na folha 60 a 90 dias após a roçada.
A praga
O amarelinho é uma planta da família das Bignoniáceas, originário do México e Sul dos Estados Unidos. Foi introduzido no Brasil como ornamental. Sua multiplicação pode ser por via vegetativa ou por sementes, que são leves, assim o vento pode transportá-las por grandes distâncias.
De crescimento vigoroso, forma arbustos ou pequenas árvores de até 10 metros. A sombra formada é bastante intensa, eliminando por esgotamento as plantas de forrageiras sob as copas. O amarelinho invade e domina, além de pastagens, áreas de matas ciliares, reflorestamentos, parques e áreas de regeneração natural.
Introdução e distribuição da planta no Brasil
No século passado houve uma grande procura por plantas ornamentais em todo o mundo, não só para formação de jardins, como também para ornamentar mansões de imperadores, de pessoas pertencentes à corte, proprietários de terra e novos ricos que se formavam com o início da industrialização. Dessa forma, espécies de orquídeas, begônias, samambaias, palmeiras, ipês e outras plantas foram levadas para a Europa e, também, trazidas para o Brasil para ornamentação.
Não se sabe quando o amarelinho foi introduzido no país. A citação mais antiga de sua ocorrência em um jardim em Santos no Estado de São Paulo data de 1871.
Como ornamental, a espécie é encontrada em muitas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. No Paraná, ela foi encontrada como ornamental, espontânea na área urbana e nas margens de rodovias e, ainda, como invasora de pastos degradados.
Fonte: Embrapa
04/set/03
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