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(GERAL)
Logística abre novo campo para executivos
Quando o professor Sérgio Bio pediu ao seus alunos da pós-graduação em Logística da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP) que checassem em suas empresas qual era o custo total da logística, ele ficou surpreso: dos 18 alunos, boa parte empregados em grandes companhias, apenas dois conseguiram voltar com os números.
"A maioria das empresas ainda não sabe quanto os custos da logística afetam a sua receita e não a vêem como um processo integrado, que envolve desde o transporte até a instalação da fábrica, recebimento de matéria-prima, embalagem, impostos e armazéns", diz.
Para ele, quem olhar a área com mais atenção tem grandes chances de ganhar mercado, já que a maior parte dos outros custos - como folha de pagamento, matéria-prima e linha de produção - já foi cortada. "A logística já virou fator decisivo de competitividade", afirma.
Por isso, não é à toa que muitas oportunidades já despontam para os executivos que se preparam para a gestão integrada da área. Luiz Roberto da Cunha, por exemplo, implementou tantas melhorias na filial brasileira da Lucent, empresa do setor de telefonia, que acabou indo para o exterior quando a companhia resolveu fechar sua fábrica aqui e focar a produção apenas no México e na China.
"É um ramo ainda pouco explorado no Brasil e lá fora, mas com muitas oportunidades para quem consegue aliar a visão técnica com a parte financeira", conta ele, hoje diretor de Logística e Materiais da Lucent no México.
No Brasil, ele conseguiu manter a fábrica competitiva por ter instalado, entre coisas, o processo Recof, da Receita Federal, que permite a liberação imediata dos componentes importados na Alfândega e faz com que os impostos sejam cobrados só um ano depois, caso a mercadoria não seja exportada. "Implantamos isso em 11 meses. Se não tivesse sido feito, a fábrica do Brasil não teria sido competitiva durante os três anos em que viveu mais de exportação do que do mercado local", lembra.
Henrique Martins e Silva, gerente de Planejamento e Contratação de Transportes da Volkswagen Brasil, está na área há pouco menos de um ano, mas também já sente o peso das ações que toma influenciando nos ganhos da empresa. "A logística está valorizada porque os produtos tendem a virar commodity. Quem tiver agilidade na área e conseguir um nível de serviço melhor sendo mais eficiente, pode ter custos menores ou aumentar sua margem de lucro", afirma.
Entre os seus desafios está desde a distribuição dos veículos, abastecimento de linha, minimizar a armazenagem de peças e exportação. "É preciso ter visão do negócio como um todo e lidar com as pressões de cada departamento envolvido."
Mudança - De acordo com Bio, que coordena o MBA de Logística Integrada da Fipecafi, a área ganhou destaque nos últimos 10 anos, depois que as empresas perceberam que cada departamento avaliava seus gastos de forma isolada. Ele conta que muitas vezes o Departamento de Compras negava a troca de uma embalagem, por exemplo, sem pensar em toda a cadeia. "O custo da nova embalagem era o dobro, mas com ela era possível ocupar menos espaço num contêiner e se fazia uma economia gigantesca com o transporte marítimo."
Segundo Patrícia Epperlein, sócia diretora-geral da consultoria Mariaca, especializada em recrutamento de executivos, já existem muitos profissionais preparados para estes desafios, e as empresas estão atrás principalmente daqueles que consigam gerar economias: "Hoje se procura o executivo que tenha tanto a vivência técnica quanto a de negócios, que saiba transitar nas diversas áreas das empresas e consiga negociar muito bem cada etapa da logística.
O Estado de São Paulo"
"A maioria das empresas ainda não sabe quanto os custos da logística afetam a sua receita e não a vêem como um processo integrado, que envolve desde o transporte até a instalação da fábrica, recebimento de matéria-prima, embalagem, impostos e armazéns", diz.
Para ele, quem olhar a área com mais atenção tem grandes chances de ganhar mercado, já que a maior parte dos outros custos - como folha de pagamento, matéria-prima e linha de produção - já foi cortada. "A logística já virou fator decisivo de competitividade", afirma.
Por isso, não é à toa que muitas oportunidades já despontam para os executivos que se preparam para a gestão integrada da área. Luiz Roberto da Cunha, por exemplo, implementou tantas melhorias na filial brasileira da Lucent, empresa do setor de telefonia, que acabou indo para o exterior quando a companhia resolveu fechar sua fábrica aqui e focar a produção apenas no México e na China.
"É um ramo ainda pouco explorado no Brasil e lá fora, mas com muitas oportunidades para quem consegue aliar a visão técnica com a parte financeira", conta ele, hoje diretor de Logística e Materiais da Lucent no México.
No Brasil, ele conseguiu manter a fábrica competitiva por ter instalado, entre coisas, o processo Recof, da Receita Federal, que permite a liberação imediata dos componentes importados na Alfândega e faz com que os impostos sejam cobrados só um ano depois, caso a mercadoria não seja exportada. "Implantamos isso em 11 meses. Se não tivesse sido feito, a fábrica do Brasil não teria sido competitiva durante os três anos em que viveu mais de exportação do que do mercado local", lembra.
Henrique Martins e Silva, gerente de Planejamento e Contratação de Transportes da Volkswagen Brasil, está na área há pouco menos de um ano, mas também já sente o peso das ações que toma influenciando nos ganhos da empresa. "A logística está valorizada porque os produtos tendem a virar commodity. Quem tiver agilidade na área e conseguir um nível de serviço melhor sendo mais eficiente, pode ter custos menores ou aumentar sua margem de lucro", afirma.
Entre os seus desafios está desde a distribuição dos veículos, abastecimento de linha, minimizar a armazenagem de peças e exportação. "É preciso ter visão do negócio como um todo e lidar com as pressões de cada departamento envolvido."
Mudança - De acordo com Bio, que coordena o MBA de Logística Integrada da Fipecafi, a área ganhou destaque nos últimos 10 anos, depois que as empresas perceberam que cada departamento avaliava seus gastos de forma isolada. Ele conta que muitas vezes o Departamento de Compras negava a troca de uma embalagem, por exemplo, sem pensar em toda a cadeia. "O custo da nova embalagem era o dobro, mas com ela era possível ocupar menos espaço num contêiner e se fazia uma economia gigantesca com o transporte marítimo."
Segundo Patrícia Epperlein, sócia diretora-geral da consultoria Mariaca, especializada em recrutamento de executivos, já existem muitos profissionais preparados para estes desafios, e as empresas estão atrás principalmente daqueles que consigam gerar economias: "Hoje se procura o executivo que tenha tanto a vivência técnica quanto a de negócios, que saiba transitar nas diversas áreas das empresas e consiga negociar muito bem cada etapa da logística.
O Estado de São Paulo"
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