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(GERAL)
Reciclagem de papel gera renda e consciência ecológica na periferia de Manaus
Um grupo de mulheres que vive na periferia de Manaus fez um curso de papel reciclado em junho do ano passado. Hoje, o aprendizado gera renda e ajuda a conscientizar a comunidade sobre o cuidado com o meio ambiente.
"Os vizinhos perguntam: - Dona Nete, a senhora que gosta de transformar o sujo em bonito, quer o papel lá de casa? Eu digo: Quero! - Quer também garrafa? Eu respondo: Olha, no momento ainda não trabalhamos com garrafa. Mas minha esperança é um dia a gente reciclar isso também, para tirar toda essa sujeira que tem aí na beira do rio", revelou a agricultora Rosinete de Oliveira, a Nete, em entrevista no programa Ponto de Encontro, da Rádio Nacional da Amazônia.
"A gente mora na comunidade Nova Esperança. Mas para chegar aqui, você tem que perguntar no bairro onde fica a favela. É assim que somos conhecidos", informou Nete. O bairro em questão é a Colônia Antônio Aleixo, que surgiu nos anos 60 quando um grupo de pessoas com hanseníase fugiu de um centro de tratamento onde eram mantidos em confinamento por religiosos. .
O curso de reciclagem de papel foi oferecido pela microempresária Salete Rocha, que na época frequentava o curso de Excelência em Liderança do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). "Eu tinha que escolher uma comunidade para fazer um trabalho de geração de renda, de orientação. Assim nasceu o projeto 100% Reciclagem", lembrou a instrutora. "Elas foram meu dever de casa." .
A microempresária compra toda a produção de papel reciclado do grupo, cuja média é de 2,5 mil folhas por mês. Essa matéria-prima é transformada em agendas, blocos de anotações e cartões e revendida para órgãos públicos e empresas. Salete Rocha paga por cada folha cerca de R$ 0,30 – o que dá uma renda aproximada de R$ 750. "Depende da composição do papel e do período. Há meses em que as encomendas são maiores e a produção dobra", contou a agricultora. .
"No curso, éramos 27 mulheres. Quando terminou, só metade quis continuar. Dessas, não vou mentir, apenas quatro trabalham na reciclagem todos os dias", esclareceu Nete. "Nossa renda com a venda do papel é de cerca de um salário mínimo por mês. Quando há encomendas maiores, a gente chama as outras mulheres e paga diária de R$ 10." .
As artesãs reúnem-se na sede do clube de mães da comunidade. "A gente faz muita meleca, usa muita água. E também temos que deixar o papel secar ao sol, porque estamos sem estufa", contou Nete. "Precisamos batalhar por um lugar só nosso, mais apropriado". .
O secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Virgílio Viana, visitou a comunidade na última terça-feira (21) e prometeu enviar todo o papel não aproveitado nos gabinetes e em outros setores das repartições públicas do governo estadual para as artesãs. .
Fonte: AgênciaBrasil
"Os vizinhos perguntam: - Dona Nete, a senhora que gosta de transformar o sujo em bonito, quer o papel lá de casa? Eu digo: Quero! - Quer também garrafa? Eu respondo: Olha, no momento ainda não trabalhamos com garrafa. Mas minha esperança é um dia a gente reciclar isso também, para tirar toda essa sujeira que tem aí na beira do rio", revelou a agricultora Rosinete de Oliveira, a Nete, em entrevista no programa Ponto de Encontro, da Rádio Nacional da Amazônia.
"A gente mora na comunidade Nova Esperança. Mas para chegar aqui, você tem que perguntar no bairro onde fica a favela. É assim que somos conhecidos", informou Nete. O bairro em questão é a Colônia Antônio Aleixo, que surgiu nos anos 60 quando um grupo de pessoas com hanseníase fugiu de um centro de tratamento onde eram mantidos em confinamento por religiosos. .
O curso de reciclagem de papel foi oferecido pela microempresária Salete Rocha, que na época frequentava o curso de Excelência em Liderança do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). "Eu tinha que escolher uma comunidade para fazer um trabalho de geração de renda, de orientação. Assim nasceu o projeto 100% Reciclagem", lembrou a instrutora. "Elas foram meu dever de casa." .
A microempresária compra toda a produção de papel reciclado do grupo, cuja média é de 2,5 mil folhas por mês. Essa matéria-prima é transformada em agendas, blocos de anotações e cartões e revendida para órgãos públicos e empresas. Salete Rocha paga por cada folha cerca de R$ 0,30 – o que dá uma renda aproximada de R$ 750. "Depende da composição do papel e do período. Há meses em que as encomendas são maiores e a produção dobra", contou a agricultora. .
"No curso, éramos 27 mulheres. Quando terminou, só metade quis continuar. Dessas, não vou mentir, apenas quatro trabalham na reciclagem todos os dias", esclareceu Nete. "Nossa renda com a venda do papel é de cerca de um salário mínimo por mês. Quando há encomendas maiores, a gente chama as outras mulheres e paga diária de R$ 10." .
As artesãs reúnem-se na sede do clube de mães da comunidade. "A gente faz muita meleca, usa muita água. E também temos que deixar o papel secar ao sol, porque estamos sem estufa", contou Nete. "Precisamos batalhar por um lugar só nosso, mais apropriado". .
O secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Virgílio Viana, visitou a comunidade na última terça-feira (21) e prometeu enviar todo o papel não aproveitado nos gabinetes e em outros setores das repartições públicas do governo estadual para as artesãs. .
Fonte: AgênciaBrasil
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