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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Brasil precisa de R$ 2,3 bilhões para desenvolver florestas.
Seria o necessário até 2007. Desse total, R$ 2,1 bilhões iram para crédito, através de agentes como o Banco da Amazônia e o Banco do Brasil; e R$ 187 milhões para fomento
São Paulo - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) calcula que são necessários investimentos da ordem de R$ 2,3 bilhões até 2007 para desenvolver o setor florestal brasileiro, incluindo florestas nativas e plantadas. Desse total, R$ 2,1 bilhões são para crédito, através de agentes como o Banco da Amazônia e o Banco do Brasil; e R$ 187 milhões para fomento, através de assistência técnica e informação e mecanismos de acesso ao crédito, principalmente para pequenos produtores.
Esse cálculo é do Programa Nacional de Florestas do MMA e está sendo negociado no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou hoje do 8º Congresso Florestal Brasileiro, que acontece até quinta-feira em São Paulo.
Esses recursos serão destinados, segundo a ministra, na expansão da base florestal plantada, incorporando os pequenos produtores e a geração de empregos, e na recuperação de áreas degradadas e expansão das áreas de manejo, sobretudo na Caatinga, Amazônia e Cerrado. "Pretendemos ter maior eficiência também no combate à exploração ilegal de florestas, com ações de fiscalização da ilegalidade, mas também dando apoio para quem está na vanguarda em termos de produção sustentável", disse.
A intenção do governo, conforme Marina, é superar os principais obstáculos ao crescimento do setor, garantindo o desenvolvimento sustentável. "Embora o País tenha uma aptidão natural para ser uma potência mundial no setor florestal, há falta de fomento n a área e déficit de abastecimento de florestas plantadas. Atualmente estamos importando madeira da Argentina, do Chile e do Uruguai", disse a Ministra.
Resgate Do Setor
A novidade do Plano Nacional de Florestas (PNA), segundo seu diretor adjunto Tasso de Azevedo, é garantir os investimentos no PPA para um setor que nunca teve importância significativa em termos de investimentos governamentais. "O orçamento médio para fl orestas é da ordem de R$ 20 milhões por ano. No entanto, papel e celulose e madeira e móveis foram considerados como duas das seis cadeias produtivas prioritárias do governo", disse Azevedo.
Com os investimentos previstos no PNA, o Ministério calcula a inclusão de 200 mil pessoas na área de florestas plantadas, além de 120 mil famílias na área de florestas nativas, em atividades madeireiras e não madeireiras. "O programa de crédito tem como base garantir também o reflorestamento. Para cada quatro hectares de plantio comercial, deverá haver um hectare de recuperação de área degradada. A previsão é recuperar 50 mil hectare/ano em todo o Brasil", acredita Azevedo. As áreas consideradas priorit árias para esse tipo de investimento é a região Sul, de Mata Atlântica, e o Arco do Desmatamento, onde pretende-se recuperar 2,5 mil quilômetros de mata ciliar por ano.
O programa inclui também o treinamento, ainda este ano, de 1.100 técnicos do Incra para dar assistência técnica aos assentados. Além disso, Marina Silva anunciou uma parceria com o Ministério da Educação para a criação de cursos de ensino médio na área f lorestal. "Todo esse processo não será implantado apenas pelo MMA. O Plano Nacional de Florestas terá um conselho coordenador, que será publicado amanhã no Diário Oficial, com representantes das setes cadeiras de produção florestal, nove ministérios, est ados, movimento sociais e organizações não-governamentais", informou.
Um indicador da importância que o setor deve ganhar no MMA, é a ida do presidente da Sociedade Brasileira de Silvicultura, Nelson Barboza Leite, para a gerência de Recuperação, Reflorestamento e Áreas Degradadas do Ministério.
Maura Campanili
Fonte: Estadão
27/ago/03
São Paulo - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) calcula que são necessários investimentos da ordem de R$ 2,3 bilhões até 2007 para desenvolver o setor florestal brasileiro, incluindo florestas nativas e plantadas. Desse total, R$ 2,1 bilhões são para crédito, através de agentes como o Banco da Amazônia e o Banco do Brasil; e R$ 187 milhões para fomento, através de assistência técnica e informação e mecanismos de acesso ao crédito, principalmente para pequenos produtores.
Esse cálculo é do Programa Nacional de Florestas do MMA e está sendo negociado no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou hoje do 8º Congresso Florestal Brasileiro, que acontece até quinta-feira em São Paulo.
Esses recursos serão destinados, segundo a ministra, na expansão da base florestal plantada, incorporando os pequenos produtores e a geração de empregos, e na recuperação de áreas degradadas e expansão das áreas de manejo, sobretudo na Caatinga, Amazônia e Cerrado. "Pretendemos ter maior eficiência também no combate à exploração ilegal de florestas, com ações de fiscalização da ilegalidade, mas também dando apoio para quem está na vanguarda em termos de produção sustentável", disse.
A intenção do governo, conforme Marina, é superar os principais obstáculos ao crescimento do setor, garantindo o desenvolvimento sustentável. "Embora o País tenha uma aptidão natural para ser uma potência mundial no setor florestal, há falta de fomento n a área e déficit de abastecimento de florestas plantadas. Atualmente estamos importando madeira da Argentina, do Chile e do Uruguai", disse a Ministra.
Resgate Do Setor
A novidade do Plano Nacional de Florestas (PNA), segundo seu diretor adjunto Tasso de Azevedo, é garantir os investimentos no PPA para um setor que nunca teve importância significativa em termos de investimentos governamentais. "O orçamento médio para fl orestas é da ordem de R$ 20 milhões por ano. No entanto, papel e celulose e madeira e móveis foram considerados como duas das seis cadeias produtivas prioritárias do governo", disse Azevedo.
Com os investimentos previstos no PNA, o Ministério calcula a inclusão de 200 mil pessoas na área de florestas plantadas, além de 120 mil famílias na área de florestas nativas, em atividades madeireiras e não madeireiras. "O programa de crédito tem como base garantir também o reflorestamento. Para cada quatro hectares de plantio comercial, deverá haver um hectare de recuperação de área degradada. A previsão é recuperar 50 mil hectare/ano em todo o Brasil", acredita Azevedo. As áreas consideradas priorit árias para esse tipo de investimento é a região Sul, de Mata Atlântica, e o Arco do Desmatamento, onde pretende-se recuperar 2,5 mil quilômetros de mata ciliar por ano.
O programa inclui também o treinamento, ainda este ano, de 1.100 técnicos do Incra para dar assistência técnica aos assentados. Além disso, Marina Silva anunciou uma parceria com o Ministério da Educação para a criação de cursos de ensino médio na área f lorestal. "Todo esse processo não será implantado apenas pelo MMA. O Plano Nacional de Florestas terá um conselho coordenador, que será publicado amanhã no Diário Oficial, com representantes das setes cadeiras de produção florestal, nove ministérios, est ados, movimento sociais e organizações não-governamentais", informou.
Um indicador da importância que o setor deve ganhar no MMA, é a ida do presidente da Sociedade Brasileira de Silvicultura, Nelson Barboza Leite, para a gerência de Recuperação, Reflorestamento e Áreas Degradadas do Ministério.
Maura Campanili
Fonte: Estadão
27/ago/03
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