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(GERAL)
IBGE divulga desempenho industrial por Estado
A produção industrial encerrou o ano de 2005 com crescimento em 12 das 14 áreas investigadas. A taxa mais elevada ficou com o Amazonas (12,1%). Em seguida, figuraram Minas Gerais (6,3%), Bahia (4,1%), São Paulo e Pará (ambos com 3,8%) e Goiás (3,2%) que completam o conjunto de locais que cresceram acima da média nacional (3,1%). Já Pernambuco (3,0%), região Nordeste (2,4%), Rio de Janeiro (2,0%), Espírito Santo (1,4%), Paraná (0,8%) e Santa Catarina (0,1%) apresentaram taxas positivas, porém abaixo da média do país, enquanto Ceará (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-3,5%) tiveram resultados negativos.
No mês de dezembro de 2005, na comparação com o mesmo mês de 2004, a produção industrial cresceu em oito dos 14 locais pesquisados. Acima do índice nacional (3,2%), situaram-se: Bahia (10,0%), Pernambuco (8,8%), Minas Gerais (5,7%), Pará (4,0%), São Paulo (3,8%), região Nordeste (3,7%) e Rio de Janeiro (3,5%). Goiás (3,1%) também assinalou resultado positivo, porém ligeiramente abaixo da média da indústria brasileira. As demais regiões registraram taxas negativas: Rio Grande do Sul (-0,3%), Paraná (-1,6%), Espírito Santo (-3,0%), Santa Catarina (-3,7%), Amazonas (-4,4%) e Ceará (-6,6%).
Na passagem do primeiro para o segundo semestre do ano passado, acompanhando o movimento observado para indústria nacional, verificou-se desaceleração no ritmo de crescimento em 11 locais. Os movimentos mais acentuados de redução ocorreram no Amazonas, que passou de 20,2% no período janeiro-junho para 5,1% no segundo semestre, no Ceará (de 6,1% para -7,6%), Paraná (8,0% para -5,3%) e em Santa Catarina (de 6,5% para -5,5%).
Amazonas
Em dezembro de 2005, a produção industrial do Amazonas, ao recuar 4,4%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, registrou o segundo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. No último trimestre do ano cresceu 1,9%, mostrando clara trajetória de desaceleração no ritmo de expansão da produção, já que no terceiro trimestre o avanço foi de 8,5%, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Ainda assim, observou-se aumento de 12,1% no indicador acumulado no ano, sendo o único local pesquisado que apresentou taxa de dois dígitos neste tipo de comparação.
Para a formação do indicador mensal da produção industrial amazonense (-4,4%) contribuíram negativamente sete das 11 atividades pesquisadas. Os setores que mais influenciaram no cômputo geral foram alimentos e bebidas (-16,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-30,4%) e máquinas e equipamentos (-31,0%). Por outro lado, os principais impactos positivos vieram de outros equipamentos de transporte (22,4%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (6,7%).
Na análise trimestral, o aumento de 1,9% no quarto trimestre de 2005, em relação ao mesmo período do ano passado, ficou bastante abaixo do resultado observado no terceiro trimestre (8,5%), que por sua vez já tinha apresentado queda significativa em relação ao segundo trimestre (25,6%). Assim, vale destacar que o crescimento da produção industrial do Amazonas, ao longo de 2005, esteve concentrado nos dois primeiros trimestres do ano, expansão de 20,2%, enquanto o segundo semestre ficou com 5,1%. O movimento de desaceleração entre os dois últimos trimestres do ano foi observado em seis das 11 atividades pesquisadas, com destaque para material eletrônico e aparelhos e equipamentos de comunicações, que passou de 18,5% para 0,8%.
A produção acumulada da indústria amazonense encerrou o ano de 2005 com crescimento de 12,1%, em relação ao mesmo período do ano anterior, com oito das 11 atividades pesquisadas contribuindo positivamente para o indicador global. Material eletrônico e equipamentos de comunicações (23,9%) exerceu a principal influência positiva na formação do índice geral. Também vale destacar o desempenho de alimentos e bebidas (9,6%) e de outros equipamentos de transporte (10,3%). Já entre os ramos que apresentaram resultados negativos, borracha e plástico (-20,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,5%) foram os principais destaques.
Pará
A indústria do Pará encerrou o ano de 2005 com expansão de 3,8%. Na comparação com igual mês do ano anterior cresceu 4,0% e no último trimestre do ano o avanço foi de 3,9%.
Em dezembro, o resultado da indústria geral paraense foi bastante influenciado pelo bom desempenho da indústria extrativa (7,4%), uma vez que a indústria de transformação cresceu em ritmo mais moderado (1,0%). Nesta última, quatro dos cinco do ramos industriais assinalaram taxas positivas, com destaque para metalurgia básica (4,2%) e celulose e papel (8,2%). Entre os que pressionaram negativamente, o maior impacto veio de madeira (-8,9%).
O último trimestre do ano também avançou (3,9%), em relação a igual período do ano anterior, mostrando aumento no ritmo de crescimento em relação ao resultado do terceiro trimestre (1,2%). Porém, vale destacar que nos dois primeiros trimestres do ano as taxas foram mais elevadas (4,6% em janeiro-março e 5,8% no segundo trimestre), acumulando neste período expansão de 5,2%. No segundo semestre, o acréscimo de 2,6% foi sustentado pelo desempenho favorável da indústria extrativa (7,4%), já que a indústria de transformação recuou 1,4%.
A produção do ano de 2005 cresceu 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a indústria extrativa (9,8%) respondendo pelo principal impacto positivo, já que a indústria de transformação recuou 0,7%. Na primeira, o resultado positivo foi sustentando sobretudo pelas exportações de minério de ferro, enquanto na segunda, as principais pressões negativas vieram de madeira (-7,8%) e de minerais não metálicos (-7,1%).
Nordeste
Em dezembro de 2005, a indústria do Nordeste registrou crescimento de 3,7%, na comparação com igual mês do ano anterior. Os indicadores para períodos mais abrangentes também exibiram taxas positivas: 0,6% no quarto trimestre do ano e 2,4% no acumulado no ano.
No indicador mensal (3,7%), observou-se expansão em seis das 11 atividades pesquisadas, com destaque para o impacto positivo de celulose e papel (85,6%). Em seguida, destacaram-se produtos químicos (8,4%) e metalurgia básica (8,5%). Por outro lado, as maiores pressões negativas vieram das indústrias têxtil (-9,9%) e calçados e artigos de couro (-10,2%).
Em bases trimestrais, a indústria nordestina exibiu trajetória declinante do primeiro ao terceiro trimestre de 2005 e uma sustentação do ritmo produtivo no quarto trimestre, uma vez que ambos assinalaram o mesmo resultado positivo (0,6%). Sete dos 12 segmentos pesquisados ampliaram a produção, com destaque para celulose e papel, que passou de 9,1% para 53,8%; alimentos e bebidas, de -1,3% para 2,3%, e metalurgia básica (de 0,6% para 8,1%). Por outro lado, a maior desaceleração veio de refino de petróleo e produção de álcool, que de um aumento de 20,9% no terceiro trimestre, assinalou recuo de 3,7% no último.
No fechamento do ano, indicador acumulado janeiro-dezembro, a indústria nordestina apresentou crescimento de 2,4%, decorrente, sobretudo, da influência positiva de sete das 11 atividades pesquisadas. Alimentos e bebidas (3,8%), minerais não-metálicos (14,0%) e celulose e papel (18,2%) exerceram os principais impactos positivos. Por outro lado, as pressões negativas de maior relevância vieram de têxtil (-3,9%) e indústria extrativa (-3,7%).
Ceará
Em dezembro de 2005, a produção industrial do Ceará apresentou taxas negativas nos principais indicadores: -6,6% no confronto com igual mês do ano anterior, -7,9% no último trimestre do ano e -1,6% no indicador acumulado no ano.
A indústria cearense, pelo sexto mês consecutivo, assinalou recuo no indicador mensal. Para a composição da taxa de -6,6% contribuíram negativamente cinco dos 10 setores pesquisados, com refino de petróleo e produção de álcool (-47,7%) exercendo o principal impacto negativo. Vale citar também o desempenho adverso da indústria têxtil (-13,8%) e calçados e artigos de couro (-13,8%). Entre os que assinalaram resultados positivos, destacaram-se produtos químicos (21,3%) e produtos de metal (18,2%).
Na análise trimestral, a indústria cearense, após crescer 5,2% no primeiro trimestre e 6,9% no segundo, mostrou significativa perda de dinamismo no segundo semestre (-7,6%), uma vez que assinalou recuo tanto no terceiro (-7,2%) quanto no quarto trimestre (-7,9%). No último trimestre do ano, das seis atividades que registraram recuo, as principais pressões negativas vieram de têxtil (-19,1%), calçados e artigos de couro (-18,9%) e alimentos e bebidas (-5,5%).
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a produção industrial cearense mostrou retração de 1,6%, com queda em quatro das 10 atividades investigadas. As maiores influências negativas vieram de calçados e artigos de couro (-8,4%), têxtil (-5,1%) e alimentos e bebidas (-3,3%). Por outro lado, minerais não-metálicos (21,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (21,7%) exerceram as maiores contribuições positivas.
Pernambuco
A indústria de Pernambuco, em dezembro de 2005, registrou aumento de 8,8% em relação à igual mês do ano passado. Os indicadores para períodos mais amplos também apresentaram taxas positivas: 6,3% no último trimestre do ano e 3,0% no acumulado no ano.
A indústria pernambucana, pelo segundo mês consecutivo, avançou no indicador mensal, com resultados positivos em seis das 11 atividades industriais pesquisadas. A principal influência positiva para a formação da taxa veio de alimentos e bebidas (14,6%). Também vale citar, embora em menor escala, o impacto de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (27,8%) e de minerais não-metálicos (17,8%). Por outro lado, as maiores contribuições negativas foram observadas em calçados e artigos de couro (-35,4%) e metalurgia básica (-4,0%).
Na análise trimestral, a indústria pernambucana assinalou crescimento de 3,5% no primeiro trimestre, crescimento nulo no segundo (0,0%), pequena expansão no terceiro (1,0%) e acelerou no quarto trimestre (6,3%). A trajetória ascendente observada na passagem do terceiro para o quarto trimestre refletiu, principalmente, a performance favorável de alimentos e bebidas, que passou de uma ligeira queda de 0,1% para um aumento de 10,0%, e de metalurgia básica (de -5,9% para 5,8%).
No indicador acumulado no ano, que avançou 3,0%, frente a igual período do ano anterior, houve aumento em seis dos 11 setores fabris investigados. As principais influências positivas vieram de alimentos e bebidas (4,5%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (20,0%). Em sentido oposto, os maiores impactos negativos foram observados em produtos de metal (-11,9%) e têxtil (-19,3%).
Bahia
A produção industrial da Bahia, em dezembro de 2005, apresentou expansão de 10,0% em comparação a igual mês do ano anterior. Os indicadores para períodos mais abrangentes também foram positivos e alcançaram expansão de 4,1%, tanto no último trimestre do ano como no indicador acumulado no ano.
No indicador mensal, oito das nove atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos. A principal contribuição positiva veio de celulose e papel (113,4%). Vale citar ainda, embora em menor medida, os desempenhos favoráveis de produtos químicos (5,0%) e de metalurgia básica (15,7%). Em sentido contrário, borracha e plástico (-1,7%) foi a única atividade que assinalou resultado negativo.
Em termos trimestrais, a produção industrial da Bahia apresentou taxas positivas ao longo de 2005. No primeiro trimestre avançou 3,5%, 1,2% no segundo, no terceiro atingiu seu melhor resultado do ano (7,6%) e no último trimestre cresceu 4,1%. A perda de dinamismo no ritmo de expansão observada na passagem do terceiro para o quarto trimestre refletiu, sobretudo, a forte queda assinalada em refino de petróleo e produção de álcool, que passou de um aumento de 26,0% para um recuo de -3,3%.
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve crescimento em sete dos nove setores fabris investigados. Os impactos positivos mais relevantes foram observados em celulose e papel (21,3%) e em alimentos e bebidas (8,0%). Em sentido oposto, os dois únicos resultados negativos vieram da indústria extrativa (-2,8%) e de produtos químicos (-0,3%).
Minas Gerais
A produção industrial de Minas Gerais mostrou, em dezembro, expansão de 5,7% em relação ao mesmo mês de 2004, sendo este o vigésimo nono resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. O indicador trimestral apresentou ligeira redução no ritmo de expansão na passagem do terceiro (5,2%) para o quarto trimestre (4,9%) de 2005. Por fim, o indicador acumulado no ano registrou crescimento de 6,3%, superior ao observado na média do país (3,1%).
O indicador mensal cresceu 5,7% frente ao mesmo mês do ano anterior, com base no crescimento registrado tanto na indústria de transformação (4,7%) como na indústria extrativa (12,8%). Nesta última, que exerceu a principal contribuição positiva para a composição do índice global, sobressaiu o aumento da extração de minério de ferro. Na indústria de transformação, nove das 12 atividades apresentaram aumento, com destaque positivo para metalurgia básica (7,5%), minerais não-metálicos (16,3%) e produtos de metal (19,7%). Por outro lado, destacou-se a influência negativa de refino de petróleo e produção de álcool (-12,4%) e produtos químicos (-8,7%).
Na análise trimestral, a indústria mineira, ao expandir 4,9% no quarto trimestre de 2005 em relação ao mesmo período do ano passado, manteve a seqüência de 14 trimestres com resultados positivos. A evolução trimestral ao longo de 2005 mostrou taxas mais expressivas de expansão nos dois primeiros trimestres (7,0% em janeiro-março e 8,6% em abril-junho) do que nos dois últimos, o que contribuiu para que o primeiro semestre acumulasse crescimento de 7,8% contra 5,0% do segundo semestre de 2005, ambas comparadas a igual período do ano anterior.
A produção acumulada da indústria mineira no ano de 2005 (6,3%), na comparação com igual período do ano anterior, obteve o melhor resultado nos últimos cinco anos, sustentando o ritmo produtivo registrado em 2004 (6,0%). Esta elevação foi apoiada, sobretudo, na expansão da indústria extrativa (12,7%), com destaque para o aumento na extração de minério de ferro. A indústria de transformação (5,3%) também ampliou a produção, com resultados positivos em nove dos 12 ramos pesquisados. As principais contribuições positivas para o índice geral vieram de veículos automotores (10,8%), produtos de metal (31,0%) e alimentos (6,7%), que se mantiveram com taxas positivas durante todo o ano. Em contrapartida, metalurgia básica (-2,0%) se destacou com a maior contribuição negativa.
Espírito Santo
Em dezembro de 2005, a produção industrial do Espírito Santo recuou 3,0%, após quatro meses consecutivos de taxas positivas. Já nos indicadores para comparações mais abrangentes também se observaram taxas positivas no último trimestre do ano (0,6%) e no acumulado ano (1,4%).
A redução de 3,0% observada na indústria geral em dezembro de 2005, em comparação com igual mês de 2004, foi pressionada, em grande parte, pelo recuo em celulose e papel (-9,1%). Também vale destacar os impactos negativos, embora em menor escala, da indústria extrativa (-5,8%) e alimentos e bebidas (-7,8%). Por outro lado, minerais não-metálicos (15,0%) exerceu o principal impacto positivo.
Na evolução trimestral, observou-se que nos dois primeiros trimestres do ano, janeiro-março (4,7%) e abril-junho (1,7%), a produção expandiu-se em ritmo mais acelerado, enquanto nos dois últimos assinalou perda de dinamismo, uma vez que acumulou recuo de 0,3%. A ligeira melhora no ritmo de produção na passagem do terceiro (-1,2%) para o quarto trimestre (0,6%) pode ser atribuída ao melhor desempenho da metalurgia básica, que passou de um recuo de 7,2% para uma expansão de 4,9%.
O indicador acumulado no ano de 2005 da indústria capixaba, frente a igual período do ano anterior, cresceu 1,4% com a maior parte (quatro) dos cinco setores pesquisados ampliando a produção. As principais contribuições positivas vieram de minerais não-metálicos (6,5%), celulose e papel (2,0%) e de indústria extrativa (1,0%). A única atividade que apresentou resultado negativo foi a metalurgia básica (-0,3%).
Rio de Janeiro
O setor industrial do Rio de Janeiro permaneceu, em dezembro de 2005, mostrando expansão de 3,5% em sua produção no confronto com igual mês do ano anterior, comportamento presente desde agosto do ano passado. Nos demais indicadores, os resultados também foram positivos: 3,4% no último trimestre do ano e 2,0% no acumulado no ano.
No comparativo com igual mês do ano anterior, a produção industrial fluminense se ampliou com base no desempenho bastante favorável registrado na indústria extrativa (17,8%). Nesta atividade, que revelou o décimo resultado positivo consecutivo, o principal destaque veio da extração de petróleo e gás natural. A indústria de transformação, pelo segundo mês seguido, apresentou expansão (0,4%), porém com taxas muito próximas de zero. Nesse grupo, alimentos (15,7%), edição e impressão (15,1%) e farmacêutica (10,8%), responderam pelos maiores impactos positivos. Entre os sete ramos que reduziram a produção, borracha e plástico, com queda de 38,6%, se destacou como a de maior influência negativa. Vale mencionar, ainda, as contribuições negativas de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-23,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-2,8%).
Na análise trimestral observou-se que a indústria fluminense, ao crescer 3,4%, sustentou resultados positivos oito trimestres consecutivos, com trajetória ascendente no ritmo produtivo no quatro trimestre deste ano, uma vez que registrou 0,9% no período janeiro-março, 1,7% no segundo trimestre e 2,1% no terceiro, todas as comparações contra igual período do ano anterior. O ganho de dinamismo na passagem do terceiro para o quarto trimestre refletiu, em grande parte, o avanço no ritmo de expansão tanto da indústria de transformação, que passou de -0,6% para 0,4%, como da indústria extrativa, que passou de 15,5% para 18,1%, apoiada no bom desempenho da extração de petróleo e de gás natural.
No indicador para o fechamento do ano, a produção industrial do Rio de Janeiro encerrou 2005 com expansão de 2,0%, sobre igual período do ano anterior, mostrando resultado muito próximo do alcançado em 2004 (2,4%), porém abaixo do desempenho médio nacional (3,1%). A indústria extrativa (15,0%), melhor resultado desde 2001, por conta da boa performance da extração de petróleo e gás natural, figurou como a principal influência positiva no resultado global. A indústria de transformação, por sua vez, recuou 0,6%, fruto do desempenho adverso de sete dos 12 ramos industriais investigados, com destaque para a redução observada em metalurgia básica (-7,2%) e borracha e plástico (-25,8%). Entre os setores que apresentaram crescimento, minerais não-metálicos (19,9%), veículos automotores (15,0%) e alimentos (10,4%) exerceram os maiores impactos.
São Paulo
A produção industrial de São Paulo apresentou expansão de 3,8% em dezembro de 2005, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, sendo este o terceiro resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Com isso, o indicador trimestral registrou crescimento de 1,7% no quarto trimestre, ligeiramente superior ao observado no terceiro (1,4%). No indicador acumulado no ano, houve crescimento de 3,8%, superior ao observado na média do país (3,1%).
A elevação de 3,8% no indicador mensal da produção industrial paulista refletiu, principalmente, o resultado positivo de 13 das 20 atividades pesquisadas. Os principais destaques foram farmacêutica (30,3%), edição e impressão (14,0%), máquinas e equipamentos (11,0%) e veículos automotores (6,9%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas em alimentos (-5,2%), produtos de metal (-9,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,7%).
No quarto trimestre de 2005, houve aumento de 1,7% na produção industrial paulista, na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostrando ligeira aceleração no ritmo de expansão, uma vez que no terceiro trimestre este indicador atingiu expansão de 1,4%. Esse movimento foi observado em 11 das 20 atividades pesquisadas. Vale destacar que, ao longo de 2005, na evolução por trimestres observou-se que as maiores taxas ficaram no primeiro e segundo trimestres, onde acumularam um crescimento de 6,3%.
O indicador acumulado no ano de 2005 da indústria paulista expandiu 3,8%, em relação a igual período do ano anterior, resultado bastante inferior ao registrado no ano de 2004 (11,8%). Treze das 20 atividades pesquisadas apresentaram taxas positivas, com destaques para farmacêutica (26,0%), edição e impressão (18,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,1%) e máquinas e equipamentos (6,2%). Entre os ramos que apresentaram resultados negativos, sobressaíram material eletrônico e equipamentos de comunicação (-6,0%) e têxtil (-7,7%).
Paraná
Em dezembro de 2005, a indústria do Paraná recuou 1,6% na comparação com mesmo mês do ano anterior. Também foi negativo o resultado do último trimestre do ano (-6,3%), enquanto o indicador acumulado janeiro-dezembro sustentou ligeiro aumento (0,8%).
O resultado negativo observado no indicador mensal (-1,6%) foi determinado sobretudo pelo recuo em sete dos 14 ramos pesquisados, com os maiores impactos negativos vindo de máquinas e equipamentos (-22,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-10,9%) e madeira (-15,8%). Por outro lado, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (66,5%) e celulose e papel (12,0%) exerceram as pressões positivas mais relevantes.
Em bases trimestrais, a indústria paranaense, ao recuar 6,3%, teve o segundo trimestre consecutivo com resultado negativo, uma vez que tinha assinalado queda (-4,3%) no terceiro trimestre. Esse movimento de aceleração no ritmo de queda foi observado em seis das 14 atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores, que passou de 13,7% para 5,0%, e refino de petróleo e produção de álcool (de 4,0% para -6,8%).
O indicador acumulado para o fechamento de 2005, frente a igual período do ano anterior, mostrou aumento de 0,8%, decorrente, em grande parte, da boa performance de veículos automotores (21,1%). Também vale destacar os desempenhos favoráveis de refino de petróleo e produção de álcool (9,6%) e de celulose e papel (7,7%). Em sentido contrário, os maiores impactos negativos no cômputo geral foram observados em alimentos (-5,8%) e em máquinas e equipamentos (-11,1%).
Santa Catarina
A produção industrial de Santa Catarina, em dezembro de 2005, apresentou decréscimo de 3,7% na comparação com igual mês do ano anterior, acentuando a queda registrada em novembro último (-2,2%). O indicador acumulado no ano de 2005 ficou próximo de zero (0,1%), resultado bem distante do registrado no ano passado (11,4%), enquanto o indicador do último trimestre do ano recuou 3,6%.
No decréscimo de 3,7% obtido na comparação com 2004 (sexto resultado negativo consecutivo), observou-se comportamento negativo em seis dos 11 ramos industriais pesquisados. O índice foi influenciado, sobretudo, pelo recuo observado em máquinas e equipamentos (-21,2%). Cabe destacar também os impactos negativos de alimentos (-4,7%) e de madeira (-12,5%). Entre as cinco atividades que mostraram avanço na produção, as principais contribuições vieram de veículos automotores (15,3%), borracha e plástico (11,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,0%) .
A evolução dos índices em bases trimestrais mostrou que a atividade industrial catarinense sustentou taxas negativas nos dois últimos trimestres de 2005. Vale destacar, que o primeiro semestre apresentou crescimento nos dois trimestres, onde acumulou expansão de 6,5%. O último trimestre de 2005 apresentou recuo de 3,6%, resultado menos negativo do que o do terceiro trimestre (-7,4%). Esse movimento de desaceleração no ritmo de queda foi puxado, principalmente, por máquinas e equipamentos, que passou de -27,6% no período julho-setembro para -15,9% no último trimestre do ano passado, e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (de -23,9% para -3,3%).
No indicador acumulado no ano, frente a igual a período do ano anterior, a indústria de Santa Catarina fechou 2005 com ligeira variação positiva 0,1%, resultado bem abaixo da média nacional (3,1%). No cômputo geral, oito dos 11 ramos industriais pesquisados contribuíram positivamente, sendo o mais expressivo o ramo de veículos automotores (39,6%). Outras contribuições positivas relevantes foram dadas por têxtil (5,1%), alimentos (2,2%) e celulose e papel (6,4%). Os três únicos resultados negativos vieram de máquinas e equipamentos (-12,9%); vestuário e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, ambos com queda de 11,9%.
Rio Grande do Sul
A indústria do Rio Grande do Sul, em dezembro 2005, registrou queda em todos os seus indicadores: -0,3% na comparação com igual mês do ano anterior, -3,8% no último trimestre do ano e -3,5% no acumulado no ano.
A ligeira variação negativa (-0,3%) no indicador mensal decorreu, em boa parte, do desempenho adverso observado em sete dos 14 segmentos pesquisados, com os principais impactos negativos vindo de máquinas e equipamentos (-16,5%), calçados e artigos de couro (-7,2%) e mobiliário (-23,0%). Por outro lado, as contribuições positivas mais relevantes para o cômputo geral vieram de refino de petróleo e produção de álcool (22,0%) e alimentos (5,7%).
A evolução dos índices em bases trimestrais mostrou que a atividade industrial gaúcha prosseguiu apresentando taxas negativas ao longo de 2005. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, assinalou discreta desaceleração no ritmo de queda, ao passar de -4,1% para -3,8%. Esse movimento foi observado em sete dos 14 ramos pesquisados, com destaque para alimentos, que passou de -2,4% para 8,4%, e metalurgia básica (-8,8% para 0,9%).
No fechamento de 2005, indicador acumulado janeiro-dezembro (-3,5%), 11 dos 14 ramos pesquisados assinalaram recuo na produção. Os maiores impactos negativos vieram de máquinas e equipamentos (-19,1%), calçados e artigos de couro (-5,2%) e outros produtos químicos (-5,8%). Por outro lado, entre os ramos que exerceram pressões positivas, destacaram-se alimentos (4,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (6,3%).
Goiás
A indústria de Goiás, em dezembro de 2005, apresentou crescimento (3,1%), frente a igual mês do ano passado, após três meses consecutivos de queda. No fechamento do ano, indicador acumulado janeiro-dezembro, o desempenho também foi positivo (3,2%), enquanto o último trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, recuou 1,5%.
No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria goiana se ampliou (3,1%) com base na performance favorável da indústria de transformação (8,1%), uma vez que a indústria extrativa apresentou significativo recuo (-44,0%). Na indústria de transformação, alimentos e bebidas, ao crescer 9,8%, exerceu a maior influência positiva na média geral da indústria. Entre as atividades que reduziram a produção, destacou-se produtos químicos (-15,9%).
A evolução dos índices em bases trimestrais mostrou que a atividade industrial goiana sustentou taxas positivas nos três primeiros trimestres de 2005: 3,8% no período janeiro-março, 9,8% no segundo trimestre e 1,7% no terceiro. Com o recuo de 1,5% no último trimestre do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, observou-se clara desaceleração no ritmo de expansão da indústria na passagem do primeiro (6,9%) para o segundo semestre (0,1%). Esse movimento foi observado em quatro dos cinco ramos pesquisados, com a indústria extrativa apresentando as maiores perdas, ao passar de 10,3% para -20,8%.
O indicador acumulado de janeiro-dezembro, frente a igual período de 2004, assinalou expansão de 3,2%, impulsionado, sobretudo, pelo desempenho da indústria de transformação (4,2%). O principal destaque ficou com alimentos e bebidas (6,1%), seguido, em menor medida, por metalurgia básica (14,8%). Por outro lado, produtos químicos (-11,3%) foi a única atividade da indústria de transformação que apresentou resultado negativo. Vale destacar, ainda nesse confronto, o decréscimo observado na indústria extrativa (-6,5%).
Ricardo Bergamini
Fonte: IBGE
No mês de dezembro de 2005, na comparação com o mesmo mês de 2004, a produção industrial cresceu em oito dos 14 locais pesquisados. Acima do índice nacional (3,2%), situaram-se: Bahia (10,0%), Pernambuco (8,8%), Minas Gerais (5,7%), Pará (4,0%), São Paulo (3,8%), região Nordeste (3,7%) e Rio de Janeiro (3,5%). Goiás (3,1%) também assinalou resultado positivo, porém ligeiramente abaixo da média da indústria brasileira. As demais regiões registraram taxas negativas: Rio Grande do Sul (-0,3%), Paraná (-1,6%), Espírito Santo (-3,0%), Santa Catarina (-3,7%), Amazonas (-4,4%) e Ceará (-6,6%).
Na passagem do primeiro para o segundo semestre do ano passado, acompanhando o movimento observado para indústria nacional, verificou-se desaceleração no ritmo de crescimento em 11 locais. Os movimentos mais acentuados de redução ocorreram no Amazonas, que passou de 20,2% no período janeiro-junho para 5,1% no segundo semestre, no Ceará (de 6,1% para -7,6%), Paraná (8,0% para -5,3%) e em Santa Catarina (de 6,5% para -5,5%).
Amazonas
Em dezembro de 2005, a produção industrial do Amazonas, ao recuar 4,4%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, registrou o segundo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. No último trimestre do ano cresceu 1,9%, mostrando clara trajetória de desaceleração no ritmo de expansão da produção, já que no terceiro trimestre o avanço foi de 8,5%, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Ainda assim, observou-se aumento de 12,1% no indicador acumulado no ano, sendo o único local pesquisado que apresentou taxa de dois dígitos neste tipo de comparação.
Para a formação do indicador mensal da produção industrial amazonense (-4,4%) contribuíram negativamente sete das 11 atividades pesquisadas. Os setores que mais influenciaram no cômputo geral foram alimentos e bebidas (-16,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-30,4%) e máquinas e equipamentos (-31,0%). Por outro lado, os principais impactos positivos vieram de outros equipamentos de transporte (22,4%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (6,7%).
Na análise trimestral, o aumento de 1,9% no quarto trimestre de 2005, em relação ao mesmo período do ano passado, ficou bastante abaixo do resultado observado no terceiro trimestre (8,5%), que por sua vez já tinha apresentado queda significativa em relação ao segundo trimestre (25,6%). Assim, vale destacar que o crescimento da produção industrial do Amazonas, ao longo de 2005, esteve concentrado nos dois primeiros trimestres do ano, expansão de 20,2%, enquanto o segundo semestre ficou com 5,1%. O movimento de desaceleração entre os dois últimos trimestres do ano foi observado em seis das 11 atividades pesquisadas, com destaque para material eletrônico e aparelhos e equipamentos de comunicações, que passou de 18,5% para 0,8%.
A produção acumulada da indústria amazonense encerrou o ano de 2005 com crescimento de 12,1%, em relação ao mesmo período do ano anterior, com oito das 11 atividades pesquisadas contribuindo positivamente para o indicador global. Material eletrônico e equipamentos de comunicações (23,9%) exerceu a principal influência positiva na formação do índice geral. Também vale destacar o desempenho de alimentos e bebidas (9,6%) e de outros equipamentos de transporte (10,3%). Já entre os ramos que apresentaram resultados negativos, borracha e plástico (-20,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,5%) foram os principais destaques.
Pará
A indústria do Pará encerrou o ano de 2005 com expansão de 3,8%. Na comparação com igual mês do ano anterior cresceu 4,0% e no último trimestre do ano o avanço foi de 3,9%.
Em dezembro, o resultado da indústria geral paraense foi bastante influenciado pelo bom desempenho da indústria extrativa (7,4%), uma vez que a indústria de transformação cresceu em ritmo mais moderado (1,0%). Nesta última, quatro dos cinco do ramos industriais assinalaram taxas positivas, com destaque para metalurgia básica (4,2%) e celulose e papel (8,2%). Entre os que pressionaram negativamente, o maior impacto veio de madeira (-8,9%).
O último trimestre do ano também avançou (3,9%), em relação a igual período do ano anterior, mostrando aumento no ritmo de crescimento em relação ao resultado do terceiro trimestre (1,2%). Porém, vale destacar que nos dois primeiros trimestres do ano as taxas foram mais elevadas (4,6% em janeiro-março e 5,8% no segundo trimestre), acumulando neste período expansão de 5,2%. No segundo semestre, o acréscimo de 2,6% foi sustentado pelo desempenho favorável da indústria extrativa (7,4%), já que a indústria de transformação recuou 1,4%.
A produção do ano de 2005 cresceu 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a indústria extrativa (9,8%) respondendo pelo principal impacto positivo, já que a indústria de transformação recuou 0,7%. Na primeira, o resultado positivo foi sustentando sobretudo pelas exportações de minério de ferro, enquanto na segunda, as principais pressões negativas vieram de madeira (-7,8%) e de minerais não metálicos (-7,1%).
Nordeste
Em dezembro de 2005, a indústria do Nordeste registrou crescimento de 3,7%, na comparação com igual mês do ano anterior. Os indicadores para períodos mais abrangentes também exibiram taxas positivas: 0,6% no quarto trimestre do ano e 2,4% no acumulado no ano.
No indicador mensal (3,7%), observou-se expansão em seis das 11 atividades pesquisadas, com destaque para o impacto positivo de celulose e papel (85,6%). Em seguida, destacaram-se produtos químicos (8,4%) e metalurgia básica (8,5%). Por outro lado, as maiores pressões negativas vieram das indústrias têxtil (-9,9%) e calçados e artigos de couro (-10,2%).
Em bases trimestrais, a indústria nordestina exibiu trajetória declinante do primeiro ao terceiro trimestre de 2005 e uma sustentação do ritmo produtivo no quarto trimestre, uma vez que ambos assinalaram o mesmo resultado positivo (0,6%). Sete dos 12 segmentos pesquisados ampliaram a produção, com destaque para celulose e papel, que passou de 9,1% para 53,8%; alimentos e bebidas, de -1,3% para 2,3%, e metalurgia básica (de 0,6% para 8,1%). Por outro lado, a maior desaceleração veio de refino de petróleo e produção de álcool, que de um aumento de 20,9% no terceiro trimestre, assinalou recuo de 3,7% no último.
No fechamento do ano, indicador acumulado janeiro-dezembro, a indústria nordestina apresentou crescimento de 2,4%, decorrente, sobretudo, da influência positiva de sete das 11 atividades pesquisadas. Alimentos e bebidas (3,8%), minerais não-metálicos (14,0%) e celulose e papel (18,2%) exerceram os principais impactos positivos. Por outro lado, as pressões negativas de maior relevância vieram de têxtil (-3,9%) e indústria extrativa (-3,7%).
Ceará
Em dezembro de 2005, a produção industrial do Ceará apresentou taxas negativas nos principais indicadores: -6,6% no confronto com igual mês do ano anterior, -7,9% no último trimestre do ano e -1,6% no indicador acumulado no ano.
A indústria cearense, pelo sexto mês consecutivo, assinalou recuo no indicador mensal. Para a composição da taxa de -6,6% contribuíram negativamente cinco dos 10 setores pesquisados, com refino de petróleo e produção de álcool (-47,7%) exercendo o principal impacto negativo. Vale citar também o desempenho adverso da indústria têxtil (-13,8%) e calçados e artigos de couro (-13,8%). Entre os que assinalaram resultados positivos, destacaram-se produtos químicos (21,3%) e produtos de metal (18,2%).
Na análise trimestral, a indústria cearense, após crescer 5,2% no primeiro trimestre e 6,9% no segundo, mostrou significativa perda de dinamismo no segundo semestre (-7,6%), uma vez que assinalou recuo tanto no terceiro (-7,2%) quanto no quarto trimestre (-7,9%). No último trimestre do ano, das seis atividades que registraram recuo, as principais pressões negativas vieram de têxtil (-19,1%), calçados e artigos de couro (-18,9%) e alimentos e bebidas (-5,5%).
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a produção industrial cearense mostrou retração de 1,6%, com queda em quatro das 10 atividades investigadas. As maiores influências negativas vieram de calçados e artigos de couro (-8,4%), têxtil (-5,1%) e alimentos e bebidas (-3,3%). Por outro lado, minerais não-metálicos (21,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (21,7%) exerceram as maiores contribuições positivas.
Pernambuco
A indústria de Pernambuco, em dezembro de 2005, registrou aumento de 8,8% em relação à igual mês do ano passado. Os indicadores para períodos mais amplos também apresentaram taxas positivas: 6,3% no último trimestre do ano e 3,0% no acumulado no ano.
A indústria pernambucana, pelo segundo mês consecutivo, avançou no indicador mensal, com resultados positivos em seis das 11 atividades industriais pesquisadas. A principal influência positiva para a formação da taxa veio de alimentos e bebidas (14,6%). Também vale citar, embora em menor escala, o impacto de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (27,8%) e de minerais não-metálicos (17,8%). Por outro lado, as maiores contribuições negativas foram observadas em calçados e artigos de couro (-35,4%) e metalurgia básica (-4,0%).
Na análise trimestral, a indústria pernambucana assinalou crescimento de 3,5% no primeiro trimestre, crescimento nulo no segundo (0,0%), pequena expansão no terceiro (1,0%) e acelerou no quarto trimestre (6,3%). A trajetória ascendente observada na passagem do terceiro para o quarto trimestre refletiu, principalmente, a performance favorável de alimentos e bebidas, que passou de uma ligeira queda de 0,1% para um aumento de 10,0%, e de metalurgia básica (de -5,9% para 5,8%).
No indicador acumulado no ano, que avançou 3,0%, frente a igual período do ano anterior, houve aumento em seis dos 11 setores fabris investigados. As principais influências positivas vieram de alimentos e bebidas (4,5%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (20,0%). Em sentido oposto, os maiores impactos negativos foram observados em produtos de metal (-11,9%) e têxtil (-19,3%).
Bahia
A produção industrial da Bahia, em dezembro de 2005, apresentou expansão de 10,0% em comparação a igual mês do ano anterior. Os indicadores para períodos mais abrangentes também foram positivos e alcançaram expansão de 4,1%, tanto no último trimestre do ano como no indicador acumulado no ano.
No indicador mensal, oito das nove atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos. A principal contribuição positiva veio de celulose e papel (113,4%). Vale citar ainda, embora em menor medida, os desempenhos favoráveis de produtos químicos (5,0%) e de metalurgia básica (15,7%). Em sentido contrário, borracha e plástico (-1,7%) foi a única atividade que assinalou resultado negativo.
Em termos trimestrais, a produção industrial da Bahia apresentou taxas positivas ao longo de 2005. No primeiro trimestre avançou 3,5%, 1,2% no segundo, no terceiro atingiu seu melhor resultado do ano (7,6%) e no último trimestre cresceu 4,1%. A perda de dinamismo no ritmo de expansão observada na passagem do terceiro para o quarto trimestre refletiu, sobretudo, a forte queda assinalada em refino de petróleo e produção de álcool, que passou de um aumento de 26,0% para um recuo de -3,3%.
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve crescimento em sete dos nove setores fabris investigados. Os impactos positivos mais relevantes foram observados em celulose e papel (21,3%) e em alimentos e bebidas (8,0%). Em sentido oposto, os dois únicos resultados negativos vieram da indústria extrativa (-2,8%) e de produtos químicos (-0,3%).
Minas Gerais
A produção industrial de Minas Gerais mostrou, em dezembro, expansão de 5,7% em relação ao mesmo mês de 2004, sendo este o vigésimo nono resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. O indicador trimestral apresentou ligeira redução no ritmo de expansão na passagem do terceiro (5,2%) para o quarto trimestre (4,9%) de 2005. Por fim, o indicador acumulado no ano registrou crescimento de 6,3%, superior ao observado na média do país (3,1%).
O indicador mensal cresceu 5,7% frente ao mesmo mês do ano anterior, com base no crescimento registrado tanto na indústria de transformação (4,7%) como na indústria extrativa (12,8%). Nesta última, que exerceu a principal contribuição positiva para a composição do índice global, sobressaiu o aumento da extração de minério de ferro. Na indústria de transformação, nove das 12 atividades apresentaram aumento, com destaque positivo para metalurgia básica (7,5%), minerais não-metálicos (16,3%) e produtos de metal (19,7%). Por outro lado, destacou-se a influência negativa de refino de petróleo e produção de álcool (-12,4%) e produtos químicos (-8,7%).
Na análise trimestral, a indústria mineira, ao expandir 4,9% no quarto trimestre de 2005 em relação ao mesmo período do ano passado, manteve a seqüência de 14 trimestres com resultados positivos. A evolução trimestral ao longo de 2005 mostrou taxas mais expressivas de expansão nos dois primeiros trimestres (7,0% em janeiro-março e 8,6% em abril-junho) do que nos dois últimos, o que contribuiu para que o primeiro semestre acumulasse crescimento de 7,8% contra 5,0% do segundo semestre de 2005, ambas comparadas a igual período do ano anterior.
A produção acumulada da indústria mineira no ano de 2005 (6,3%), na comparação com igual período do ano anterior, obteve o melhor resultado nos últimos cinco anos, sustentando o ritmo produtivo registrado em 2004 (6,0%). Esta elevação foi apoiada, sobretudo, na expansão da indústria extrativa (12,7%), com destaque para o aumento na extração de minério de ferro. A indústria de transformação (5,3%) também ampliou a produção, com resultados positivos em nove dos 12 ramos pesquisados. As principais contribuições positivas para o índice geral vieram de veículos automotores (10,8%), produtos de metal (31,0%) e alimentos (6,7%), que se mantiveram com taxas positivas durante todo o ano. Em contrapartida, metalurgia básica (-2,0%) se destacou com a maior contribuição negativa.
Espírito Santo
Em dezembro de 2005, a produção industrial do Espírito Santo recuou 3,0%, após quatro meses consecutivos de taxas positivas. Já nos indicadores para comparações mais abrangentes também se observaram taxas positivas no último trimestre do ano (0,6%) e no acumulado ano (1,4%).
A redução de 3,0% observada na indústria geral em dezembro de 2005, em comparação com igual mês de 2004, foi pressionada, em grande parte, pelo recuo em celulose e papel (-9,1%). Também vale destacar os impactos negativos, embora em menor escala, da indústria extrativa (-5,8%) e alimentos e bebidas (-7,8%). Por outro lado, minerais não-metálicos (15,0%) exerceu o principal impacto positivo.
Na evolução trimestral, observou-se que nos dois primeiros trimestres do ano, janeiro-março (4,7%) e abril-junho (1,7%), a produção expandiu-se em ritmo mais acelerado, enquanto nos dois últimos assinalou perda de dinamismo, uma vez que acumulou recuo de 0,3%. A ligeira melhora no ritmo de produção na passagem do terceiro (-1,2%) para o quarto trimestre (0,6%) pode ser atribuída ao melhor desempenho da metalurgia básica, que passou de um recuo de 7,2% para uma expansão de 4,9%.
O indicador acumulado no ano de 2005 da indústria capixaba, frente a igual período do ano anterior, cresceu 1,4% com a maior parte (quatro) dos cinco setores pesquisados ampliando a produção. As principais contribuições positivas vieram de minerais não-metálicos (6,5%), celulose e papel (2,0%) e de indústria extrativa (1,0%). A única atividade que apresentou resultado negativo foi a metalurgia básica (-0,3%).
Rio de Janeiro
O setor industrial do Rio de Janeiro permaneceu, em dezembro de 2005, mostrando expansão de 3,5% em sua produção no confronto com igual mês do ano anterior, comportamento presente desde agosto do ano passado. Nos demais indicadores, os resultados também foram positivos: 3,4% no último trimestre do ano e 2,0% no acumulado no ano.
No comparativo com igual mês do ano anterior, a produção industrial fluminense se ampliou com base no desempenho bastante favorável registrado na indústria extrativa (17,8%). Nesta atividade, que revelou o décimo resultado positivo consecutivo, o principal destaque veio da extração de petróleo e gás natural. A indústria de transformação, pelo segundo mês seguido, apresentou expansão (0,4%), porém com taxas muito próximas de zero. Nesse grupo, alimentos (15,7%), edição e impressão (15,1%) e farmacêutica (10,8%), responderam pelos maiores impactos positivos. Entre os sete ramos que reduziram a produção, borracha e plástico, com queda de 38,6%, se destacou como a de maior influência negativa. Vale mencionar, ainda, as contribuições negativas de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-23,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-2,8%).
Na análise trimestral observou-se que a indústria fluminense, ao crescer 3,4%, sustentou resultados positivos oito trimestres consecutivos, com trajetória ascendente no ritmo produtivo no quatro trimestre deste ano, uma vez que registrou 0,9% no período janeiro-março, 1,7% no segundo trimestre e 2,1% no terceiro, todas as comparações contra igual período do ano anterior. O ganho de dinamismo na passagem do terceiro para o quarto trimestre refletiu, em grande parte, o avanço no ritmo de expansão tanto da indústria de transformação, que passou de -0,6% para 0,4%, como da indústria extrativa, que passou de 15,5% para 18,1%, apoiada no bom desempenho da extração de petróleo e de gás natural.
No indicador para o fechamento do ano, a produção industrial do Rio de Janeiro encerrou 2005 com expansão de 2,0%, sobre igual período do ano anterior, mostrando resultado muito próximo do alcançado em 2004 (2,4%), porém abaixo do desempenho médio nacional (3,1%). A indústria extrativa (15,0%), melhor resultado desde 2001, por conta da boa performance da extração de petróleo e gás natural, figurou como a principal influência positiva no resultado global. A indústria de transformação, por sua vez, recuou 0,6%, fruto do desempenho adverso de sete dos 12 ramos industriais investigados, com destaque para a redução observada em metalurgia básica (-7,2%) e borracha e plástico (-25,8%). Entre os setores que apresentaram crescimento, minerais não-metálicos (19,9%), veículos automotores (15,0%) e alimentos (10,4%) exerceram os maiores impactos.
São Paulo
A produção industrial de São Paulo apresentou expansão de 3,8% em dezembro de 2005, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, sendo este o terceiro resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Com isso, o indicador trimestral registrou crescimento de 1,7% no quarto trimestre, ligeiramente superior ao observado no terceiro (1,4%). No indicador acumulado no ano, houve crescimento de 3,8%, superior ao observado na média do país (3,1%).
A elevação de 3,8% no indicador mensal da produção industrial paulista refletiu, principalmente, o resultado positivo de 13 das 20 atividades pesquisadas. Os principais destaques foram farmacêutica (30,3%), edição e impressão (14,0%), máquinas e equipamentos (11,0%) e veículos automotores (6,9%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas em alimentos (-5,2%), produtos de metal (-9,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,7%).
No quarto trimestre de 2005, houve aumento de 1,7% na produção industrial paulista, na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostrando ligeira aceleração no ritmo de expansão, uma vez que no terceiro trimestre este indicador atingiu expansão de 1,4%. Esse movimento foi observado em 11 das 20 atividades pesquisadas. Vale destacar que, ao longo de 2005, na evolução por trimestres observou-se que as maiores taxas ficaram no primeiro e segundo trimestres, onde acumularam um crescimento de 6,3%.
O indicador acumulado no ano de 2005 da indústria paulista expandiu 3,8%, em relação a igual período do ano anterior, resultado bastante inferior ao registrado no ano de 2004 (11,8%). Treze das 20 atividades pesquisadas apresentaram taxas positivas, com destaques para farmacêutica (26,0%), edição e impressão (18,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,1%) e máquinas e equipamentos (6,2%). Entre os ramos que apresentaram resultados negativos, sobressaíram material eletrônico e equipamentos de comunicação (-6,0%) e têxtil (-7,7%).
Paraná
Em dezembro de 2005, a indústria do Paraná recuou 1,6% na comparação com mesmo mês do ano anterior. Também foi negativo o resultado do último trimestre do ano (-6,3%), enquanto o indicador acumulado janeiro-dezembro sustentou ligeiro aumento (0,8%).
O resultado negativo observado no indicador mensal (-1,6%) foi determinado sobretudo pelo recuo em sete dos 14 ramos pesquisados, com os maiores impactos negativos vindo de máquinas e equipamentos (-22,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-10,9%) e madeira (-15,8%). Por outro lado, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (66,5%) e celulose e papel (12,0%) exerceram as pressões positivas mais relevantes.
Em bases trimestrais, a indústria paranaense, ao recuar 6,3%, teve o segundo trimestre consecutivo com resultado negativo, uma vez que tinha assinalado queda (-4,3%) no terceiro trimestre. Esse movimento de aceleração no ritmo de queda foi observado em seis das 14 atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores, que passou de 13,7% para 5,0%, e refino de petróleo e produção de álcool (de 4,0% para -6,8%).
O indicador acumulado para o fechamento de 2005, frente a igual período do ano anterior, mostrou aumento de 0,8%, decorrente, em grande parte, da boa performance de veículos automotores (21,1%). Também vale destacar os desempenhos favoráveis de refino de petróleo e produção de álcool (9,6%) e de celulose e papel (7,7%). Em sentido contrário, os maiores impactos negativos no cômputo geral foram observados em alimentos (-5,8%) e em máquinas e equipamentos (-11,1%).
Santa Catarina
A produção industrial de Santa Catarina, em dezembro de 2005, apresentou decréscimo de 3,7% na comparação com igual mês do ano anterior, acentuando a queda registrada em novembro último (-2,2%). O indicador acumulado no ano de 2005 ficou próximo de zero (0,1%), resultado bem distante do registrado no ano passado (11,4%), enquanto o indicador do último trimestre do ano recuou 3,6%.
No decréscimo de 3,7% obtido na comparação com 2004 (sexto resultado negativo consecutivo), observou-se comportamento negativo em seis dos 11 ramos industriais pesquisados. O índice foi influenciado, sobretudo, pelo recuo observado em máquinas e equipamentos (-21,2%). Cabe destacar também os impactos negativos de alimentos (-4,7%) e de madeira (-12,5%). Entre as cinco atividades que mostraram avanço na produção, as principais contribuições vieram de veículos automotores (15,3%), borracha e plástico (11,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,0%) .
A evolução dos índices em bases trimestrais mostrou que a atividade industrial catarinense sustentou taxas negativas nos dois últimos trimestres de 2005. Vale destacar, que o primeiro semestre apresentou crescimento nos dois trimestres, onde acumulou expansão de 6,5%. O último trimestre de 2005 apresentou recuo de 3,6%, resultado menos negativo do que o do terceiro trimestre (-7,4%). Esse movimento de desaceleração no ritmo de queda foi puxado, principalmente, por máquinas e equipamentos, que passou de -27,6% no período julho-setembro para -15,9% no último trimestre do ano passado, e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (de -23,9% para -3,3%).
No indicador acumulado no ano, frente a igual a período do ano anterior, a indústria de Santa Catarina fechou 2005 com ligeira variação positiva 0,1%, resultado bem abaixo da média nacional (3,1%). No cômputo geral, oito dos 11 ramos industriais pesquisados contribuíram positivamente, sendo o mais expressivo o ramo de veículos automotores (39,6%). Outras contribuições positivas relevantes foram dadas por têxtil (5,1%), alimentos (2,2%) e celulose e papel (6,4%). Os três únicos resultados negativos vieram de máquinas e equipamentos (-12,9%); vestuário e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, ambos com queda de 11,9%.
Rio Grande do Sul
A indústria do Rio Grande do Sul, em dezembro 2005, registrou queda em todos os seus indicadores: -0,3% na comparação com igual mês do ano anterior, -3,8% no último trimestre do ano e -3,5% no acumulado no ano.
A ligeira variação negativa (-0,3%) no indicador mensal decorreu, em boa parte, do desempenho adverso observado em sete dos 14 segmentos pesquisados, com os principais impactos negativos vindo de máquinas e equipamentos (-16,5%), calçados e artigos de couro (-7,2%) e mobiliário (-23,0%). Por outro lado, as contribuições positivas mais relevantes para o cômputo geral vieram de refino de petróleo e produção de álcool (22,0%) e alimentos (5,7%).
A evolução dos índices em bases trimestrais mostrou que a atividade industrial gaúcha prosseguiu apresentando taxas negativas ao longo de 2005. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, assinalou discreta desaceleração no ritmo de queda, ao passar de -4,1% para -3,8%. Esse movimento foi observado em sete dos 14 ramos pesquisados, com destaque para alimentos, que passou de -2,4% para 8,4%, e metalurgia básica (-8,8% para 0,9%).
No fechamento de 2005, indicador acumulado janeiro-dezembro (-3,5%), 11 dos 14 ramos pesquisados assinalaram recuo na produção. Os maiores impactos negativos vieram de máquinas e equipamentos (-19,1%), calçados e artigos de couro (-5,2%) e outros produtos químicos (-5,8%). Por outro lado, entre os ramos que exerceram pressões positivas, destacaram-se alimentos (4,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (6,3%).
Goiás
A indústria de Goiás, em dezembro de 2005, apresentou crescimento (3,1%), frente a igual mês do ano passado, após três meses consecutivos de queda. No fechamento do ano, indicador acumulado janeiro-dezembro, o desempenho também foi positivo (3,2%), enquanto o último trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, recuou 1,5%.
No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria goiana se ampliou (3,1%) com base na performance favorável da indústria de transformação (8,1%), uma vez que a indústria extrativa apresentou significativo recuo (-44,0%). Na indústria de transformação, alimentos e bebidas, ao crescer 9,8%, exerceu a maior influência positiva na média geral da indústria. Entre as atividades que reduziram a produção, destacou-se produtos químicos (-15,9%).
A evolução dos índices em bases trimestrais mostrou que a atividade industrial goiana sustentou taxas positivas nos três primeiros trimestres de 2005: 3,8% no período janeiro-março, 9,8% no segundo trimestre e 1,7% no terceiro. Com o recuo de 1,5% no último trimestre do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, observou-se clara desaceleração no ritmo de expansão da indústria na passagem do primeiro (6,9%) para o segundo semestre (0,1%). Esse movimento foi observado em quatro dos cinco ramos pesquisados, com a indústria extrativa apresentando as maiores perdas, ao passar de 10,3% para -20,8%.
O indicador acumulado de janeiro-dezembro, frente a igual período de 2004, assinalou expansão de 3,2%, impulsionado, sobretudo, pelo desempenho da indústria de transformação (4,2%). O principal destaque ficou com alimentos e bebidas (6,1%), seguido, em menor medida, por metalurgia básica (14,8%). Por outro lado, produtos químicos (-11,3%) foi a única atividade da indústria de transformação que apresentou resultado negativo. Vale destacar, ainda nesse confronto, o decréscimo observado na indústria extrativa (-6,5%).
Ricardo Bergamini
Fonte: IBGE
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