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Notícias
09
fev
2006
(GERAL)
Industria de Máquinas registra um faturamento de R$ 55,9 bilhões em 2005
A indústria de máquinas e equipamentos fechou o ano de 2005 com faturamento nominal de R$ 55,9 bilhões, que representa um crescimento de 18,3% em relação a 2004. O resultado positivo, no entanto, não é suficiente para tranqüilizar o presidente da Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, que destaca a queda gradativa de desempenho apresentado pelo setor nos últimos meses do ano passado.
“É preocupante a desaceleração verificada entre agosto e dezembro, que pode continuar nos primeiros meses de 2006, principalmente se forem mantidas as atuais políticas cambial e de juros, que prejudicam as exportações e desestimulam os investimentos produtivos. O setor de bens de capital trabalha com prazos longos, o que torna extremamente difícil a retomada de crescimento”, afirma o presidente da Abimaq.
A preocupação em torno da baixa cotação da moeda norte-americana não é à toa. As exportações contribuíram de forma significativa para o desempenho positivo do setor, sendo responsáveis por 37% do faturamento. Essa participação, no entanto, teve uma queda de cinco pontos percentuais em relação a 2004. “Apesar do dólar baixo, continuamos com os nossos negócios no exterior para não perdemos os clientes que conquistamos com muito esforço. Mas essa postura não poderá ser mantida por muito mais tempo”, alerta Mello.
Em relação ao mercado interno, foi registrado um aumento de 17,8% no consumo nominal de máquinas e equipamentos em 2005, quando comparado ao ano anterior. O segmento que mais se destacou, no ano passado, foi o de bens sob encomenda, com aumento real no faturamento de mais de 50%. Também tiveram resultados expressivos os segmentos de válvulas industriais, com alta de 2,8 % e de máquinas têxteis, 0,2 %.
Outros, porém, tiveram queda nas vendas, a exemplo do que aconteceu com as máquinas e implementos agrícolas (- 43,6%), bastante afetados pela queda da lucratividade das commodities agrícolas no mercado internacional.
O nível da capacidade instalada teve pouca variação, ficando em 81,10%, uma queda de 0,8%. Nesse aspecto, também existe grande heterogeneidade, com alguns segmentos, como o de máquinas para plástico, atuando no limite da capacidade, e outros, como máquinas agrícolas, equipamentos hidráulicos e pneumáticos e para trabalhar madeira que apresentam ociosidade.
A indústria de máquinas e equipamentos fechou o ano de 2005 com 212 mil empregados – crescimento de 2,4% ou 5 mil vagas a mais que o ano passado. Trata-se do maior nível de emprego desde 1994. Mas o presidente da Abimaq alerta que esse quesito também preocupa, uma vez que houve redução de vagas nos últimos quatro meses do ano.
Perspectivas
Levando-se em consideração o atual cenário, a Abimaq prevê que a indústria de bens de capital tenha esse ano um desempenho inferior ao verificado em 2005. “Não há sinais claros de que o cenário econômico vá mudar tanto ao ponto de reverter a tendência de redução da atividade sentida nos últimos meses do ano passado. O que nos dá algum alento é a competitividade que o produto nacional ganhou junto ao mercado internacional, apesar do câmbio desfavorável, e as eleições que deverão estimular investimentos em obras públicas”, conclui Newton de Mello.
Abimaq
“É preocupante a desaceleração verificada entre agosto e dezembro, que pode continuar nos primeiros meses de 2006, principalmente se forem mantidas as atuais políticas cambial e de juros, que prejudicam as exportações e desestimulam os investimentos produtivos. O setor de bens de capital trabalha com prazos longos, o que torna extremamente difícil a retomada de crescimento”, afirma o presidente da Abimaq.
A preocupação em torno da baixa cotação da moeda norte-americana não é à toa. As exportações contribuíram de forma significativa para o desempenho positivo do setor, sendo responsáveis por 37% do faturamento. Essa participação, no entanto, teve uma queda de cinco pontos percentuais em relação a 2004. “Apesar do dólar baixo, continuamos com os nossos negócios no exterior para não perdemos os clientes que conquistamos com muito esforço. Mas essa postura não poderá ser mantida por muito mais tempo”, alerta Mello.
Em relação ao mercado interno, foi registrado um aumento de 17,8% no consumo nominal de máquinas e equipamentos em 2005, quando comparado ao ano anterior. O segmento que mais se destacou, no ano passado, foi o de bens sob encomenda, com aumento real no faturamento de mais de 50%. Também tiveram resultados expressivos os segmentos de válvulas industriais, com alta de 2,8 % e de máquinas têxteis, 0,2 %.
Outros, porém, tiveram queda nas vendas, a exemplo do que aconteceu com as máquinas e implementos agrícolas (- 43,6%), bastante afetados pela queda da lucratividade das commodities agrícolas no mercado internacional.
O nível da capacidade instalada teve pouca variação, ficando em 81,10%, uma queda de 0,8%. Nesse aspecto, também existe grande heterogeneidade, com alguns segmentos, como o de máquinas para plástico, atuando no limite da capacidade, e outros, como máquinas agrícolas, equipamentos hidráulicos e pneumáticos e para trabalhar madeira que apresentam ociosidade.
A indústria de máquinas e equipamentos fechou o ano de 2005 com 212 mil empregados – crescimento de 2,4% ou 5 mil vagas a mais que o ano passado. Trata-se do maior nível de emprego desde 1994. Mas o presidente da Abimaq alerta que esse quesito também preocupa, uma vez que houve redução de vagas nos últimos quatro meses do ano.
Perspectivas
Levando-se em consideração o atual cenário, a Abimaq prevê que a indústria de bens de capital tenha esse ano um desempenho inferior ao verificado em 2005. “Não há sinais claros de que o cenário econômico vá mudar tanto ao ponto de reverter a tendência de redução da atividade sentida nos últimos meses do ano passado. O que nos dá algum alento é a competitividade que o produto nacional ganhou junto ao mercado internacional, apesar do câmbio desfavorável, e as eleições que deverão estimular investimentos em obras públicas”, conclui Newton de Mello.
Abimaq
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