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(GERAL)
Países se reúnem para discutir alternativas a Kyoto
O primeiro ministro australiano, John Howard, vai receber ministros dos Estados Unidos, China, Índia, Japão e Coréia do Sul para a primeira reunião sobre desenvolvimento limpo entre as nações do pacto Ásia Pacifico, que será realizada nesta quarta (11) e quinta-feira (12), em Sydney.
Austrália e Estados Unidos são os únicos dois paises desenvolvidos que se recusaram a ratificar o acordo de Kyoto - pelo qual teriam de se comprometer em reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2).
A iniciativa dos países sugere o uso de novas tecnologias para reduzir as emissões, mas não estipula padrões de execução nem determina uma linha do tempo específica.
Os envolvidos dizem que as ações irão mais complementar o Protocolo de Kyoto do que subvertê-lo, mas os críticos afirmam que isso não passa de um pretexto para alguns dos maiores produtores de energia e poluidores do mundo.
O ministro do Meio Ambiente da Austrália, Ian Campbell, diz que os seis países têm trabalhado para desenvolver tecnologias avançadas que possam reduzir potencialmente as emissões prejudiciais de carbono.
Mas ele alertou contra as expectativas de solução rápida para o problema. “Nós devemos entender que esta é a primeira reunião em nível de gabinete das seis nações”.
“O resultado deve ser estabelecido em um novo nível de cooperação, um nível de cooperação sem precedentes entre estes seis importantes países”, acrescentou.
Para o ministro, a prova de sucesso da parceria vai além de um número de anos, pois será mostrar finalmente se podem ou não salvar o clima. A reunião contará com presença forte da indústria com representantes de empresas como a gigante Rio Tinto e o grupo Exxon Móbil.
Foco - Campbell diz que as conversas não serão focadas na mudança dos combustíveis fósseis para fontes renováveis de energia, como a solar e eólica. “Eu penso que as renováveis têm uma parte muito grande para jogar, mas uma variedade de outras tecnologias também tem”, afirma.
“Eu acredito que a parceria, de fato, eu penso que o mundo precisa ser tecnologicamente neutro”, analisa o ministro. “Nós precisamos ir para a melhor tecnologia que entregará o melhor resultado em mudanças climáticas para o melhor resultado econômico”, acrescenta. Não está claro ainda quais tecnologias estão sendo consideradas pela sociedade e quanto dinheiro os governos irão colocar no processo.
Ambientalistas, que não foram convidados para a reunião e planejam protestar do lado de fora, dizem que as conversas estão distraindo a atenção das fontes renováveis de energia em favor de tecnologias que ainda nem existem.
“O chamado Acordo Ásia-Pacífico é essencialmente um pacto de carvão, que permite à Austrália continuar a fazer quase nada para deter as mudanças climáticas”, diz o diretor do Conselho de Conservação da Natureza, Cate Faehrmann.
Já o professor da Australian National University, Warwick McKibbin, sugere que os governantes deveriam estar focados em criar um preço para as emissões de carbono e deixar o mercado responder a isso antes de se criar novas tecnologias. “O que é bom sobre a reunião em sydney é que ela realmente separa: ‘tomar uma atitude’ de ‘ratificar Kyoto’”, diz McKibbin.
“A segunda coisa boa é que ela reúne os países chaves. No entanto, o grupo deveria ser expandido, para incluir Europa, juntamente com grandes poluidores em potencial, como Brasil e Indonésia”, conclui.
(Sabrina Domingos/ CarbonoBrasil)
Austrália e Estados Unidos são os únicos dois paises desenvolvidos que se recusaram a ratificar o acordo de Kyoto - pelo qual teriam de se comprometer em reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2).
A iniciativa dos países sugere o uso de novas tecnologias para reduzir as emissões, mas não estipula padrões de execução nem determina uma linha do tempo específica.
Os envolvidos dizem que as ações irão mais complementar o Protocolo de Kyoto do que subvertê-lo, mas os críticos afirmam que isso não passa de um pretexto para alguns dos maiores produtores de energia e poluidores do mundo.
O ministro do Meio Ambiente da Austrália, Ian Campbell, diz que os seis países têm trabalhado para desenvolver tecnologias avançadas que possam reduzir potencialmente as emissões prejudiciais de carbono.
Mas ele alertou contra as expectativas de solução rápida para o problema. “Nós devemos entender que esta é a primeira reunião em nível de gabinete das seis nações”.
“O resultado deve ser estabelecido em um novo nível de cooperação, um nível de cooperação sem precedentes entre estes seis importantes países”, acrescentou.
Para o ministro, a prova de sucesso da parceria vai além de um número de anos, pois será mostrar finalmente se podem ou não salvar o clima. A reunião contará com presença forte da indústria com representantes de empresas como a gigante Rio Tinto e o grupo Exxon Móbil.
Foco - Campbell diz que as conversas não serão focadas na mudança dos combustíveis fósseis para fontes renováveis de energia, como a solar e eólica. “Eu penso que as renováveis têm uma parte muito grande para jogar, mas uma variedade de outras tecnologias também tem”, afirma.
“Eu acredito que a parceria, de fato, eu penso que o mundo precisa ser tecnologicamente neutro”, analisa o ministro. “Nós precisamos ir para a melhor tecnologia que entregará o melhor resultado em mudanças climáticas para o melhor resultado econômico”, acrescenta. Não está claro ainda quais tecnologias estão sendo consideradas pela sociedade e quanto dinheiro os governos irão colocar no processo.
Ambientalistas, que não foram convidados para a reunião e planejam protestar do lado de fora, dizem que as conversas estão distraindo a atenção das fontes renováveis de energia em favor de tecnologias que ainda nem existem.
“O chamado Acordo Ásia-Pacífico é essencialmente um pacto de carvão, que permite à Austrália continuar a fazer quase nada para deter as mudanças climáticas”, diz o diretor do Conselho de Conservação da Natureza, Cate Faehrmann.
Já o professor da Australian National University, Warwick McKibbin, sugere que os governantes deveriam estar focados em criar um preço para as emissões de carbono e deixar o mercado responder a isso antes de se criar novas tecnologias. “O que é bom sobre a reunião em sydney é que ela realmente separa: ‘tomar uma atitude’ de ‘ratificar Kyoto’”, diz McKibbin.
“A segunda coisa boa é que ela reúne os países chaves. No entanto, o grupo deveria ser expandido, para incluir Europa, juntamente com grandes poluidores em potencial, como Brasil e Indonésia”, conclui.
(Sabrina Domingos/ CarbonoBrasil)
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