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(GERAL)
Apetite Espanhol por créditos de carbono
A Espanha está apostando na América Latina por um lugar no mercado mundial de carbono, com esperança de contrabalancear as suas emissões de gases do efeito estufa (GEE), as quais continuam a crescer.
Companhias espanholas já estão trabalhando em projetos de energias limpas em vários países da América Latina, os quais permitem que o país europeu “compre” créditos de dióxido de carbono equivalente. De outra maneira, a energia utilizada nestes países seria obtida através da queima de combustíveis fósseis.
O dióxido de carbono (CO2), é o principal gás causador do efeito estufa, consequentemente, do aquecimento global. Com o crescente aumento das emissões de CO2 (em 2004 houve um aumento de 45%), a Espanha espera adquirir no mínimo 60 milhões de toneladas de CO2 equivalente através do mercado internacional de créditos de carbono.
Através da Iniciativa de Carbono IberoAmericana (Iberoamerican Carbon Initiative – IIC) resultará cerca de nove milhões de toneladas em créditos de carbono. A Iniciativa foi estabelecida no dia 10 de outubro de 2005, sendo focada em projetos de energias renováveis na América Latina e no Caribe.
O governo espanhol contribuirá com 8.5 milhões de euros (US$10.2 milhões) para a IIC em 2006 e cerca de 47.4 milhões de euros (US$57 milhões) em 2010.
Os projetos se encaixam dentro das regras do MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto sobre mudanças climáticas, o qual permite que nações industrializadas invistam em projetos de energias limpas em países em desenvolvimento, cumprindo assim compromissos de redução das suas emissões de GEE.
A IIC será administrada pela Andean Development Corporation (CAF), o braço financeiro da Andean Community of Nations, a qual abrange a Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
A Espanha está longe de conseguir reduzir as suas emissões. O seu output de CO2 cresceu 39% em 2000, 41% em 2003 e 45% em 2004. Os dados de 2005 ainda são desconhecidos, mas um aumento é esperado devido a seca que reduziu a produção hidroelétrica e aumentou a geração energética proveniente de combustíveis fósseis, sendo que o consumo de eletricidade cresceu 6%.
Um dos primeiros projetos da Espanha dentro do MDL foi desenvolvido na Guatemala, a usina hidroelétrica de Las Vacas, proposta pela transnacional espanhola Iberdrola e que deve resultar em reduções de 90.000 toneladas de CO2 por ano.
A Iberdrola está estudando a construção de mais uma hidroelétrica na Guatemala e fazendas eólicas no Brasil (Rio do Gofo) e no México (La Venta II).
Outra iniciativa de MDL aprovada pelo governo espanhol tem como objetivo a melhoria do sistema de transporte público no México.
Outra companhia energética espanhola, a Endesa, que possui grandes investimentos na América Latina, está negociando projetos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru para adquirir créditos de carbono equivalentes a 15 milhões de toneladas até 2012, parte destes através da IIC, disse o diretor da desenvolvimento sustentável e meio ambiente da Endesa, Jesús Abadia.
A companhia também está investindo em tecnologias menos poluidoras, “como ciclos combinados, energias renováveis e melhoria na eficiência de plantas já existentes”, disse ele.
(Fernanda B Muller/ CarbonoBrasil)
Companhias espanholas já estão trabalhando em projetos de energias limpas em vários países da América Latina, os quais permitem que o país europeu “compre” créditos de dióxido de carbono equivalente. De outra maneira, a energia utilizada nestes países seria obtida através da queima de combustíveis fósseis.
O dióxido de carbono (CO2), é o principal gás causador do efeito estufa, consequentemente, do aquecimento global. Com o crescente aumento das emissões de CO2 (em 2004 houve um aumento de 45%), a Espanha espera adquirir no mínimo 60 milhões de toneladas de CO2 equivalente através do mercado internacional de créditos de carbono.
Através da Iniciativa de Carbono IberoAmericana (Iberoamerican Carbon Initiative – IIC) resultará cerca de nove milhões de toneladas em créditos de carbono. A Iniciativa foi estabelecida no dia 10 de outubro de 2005, sendo focada em projetos de energias renováveis na América Latina e no Caribe.
O governo espanhol contribuirá com 8.5 milhões de euros (US$10.2 milhões) para a IIC em 2006 e cerca de 47.4 milhões de euros (US$57 milhões) em 2010.
Os projetos se encaixam dentro das regras do MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto sobre mudanças climáticas, o qual permite que nações industrializadas invistam em projetos de energias limpas em países em desenvolvimento, cumprindo assim compromissos de redução das suas emissões de GEE.
A IIC será administrada pela Andean Development Corporation (CAF), o braço financeiro da Andean Community of Nations, a qual abrange a Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
A Espanha está longe de conseguir reduzir as suas emissões. O seu output de CO2 cresceu 39% em 2000, 41% em 2003 e 45% em 2004. Os dados de 2005 ainda são desconhecidos, mas um aumento é esperado devido a seca que reduziu a produção hidroelétrica e aumentou a geração energética proveniente de combustíveis fósseis, sendo que o consumo de eletricidade cresceu 6%.
Um dos primeiros projetos da Espanha dentro do MDL foi desenvolvido na Guatemala, a usina hidroelétrica de Las Vacas, proposta pela transnacional espanhola Iberdrola e que deve resultar em reduções de 90.000 toneladas de CO2 por ano.
A Iberdrola está estudando a construção de mais uma hidroelétrica na Guatemala e fazendas eólicas no Brasil (Rio do Gofo) e no México (La Venta II).
Outra iniciativa de MDL aprovada pelo governo espanhol tem como objetivo a melhoria do sistema de transporte público no México.
Outra companhia energética espanhola, a Endesa, que possui grandes investimentos na América Latina, está negociando projetos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru para adquirir créditos de carbono equivalentes a 15 milhões de toneladas até 2012, parte destes através da IIC, disse o diretor da desenvolvimento sustentável e meio ambiente da Endesa, Jesús Abadia.
A companhia também está investindo em tecnologias menos poluidoras, “como ciclos combinados, energias renováveis e melhoria na eficiência de plantas já existentes”, disse ele.
(Fernanda B Muller/ CarbonoBrasil)
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