- Mato Grosso inicia 2006 com apenas 30% de suas madeireiras em funcionamento, segundo estimativas do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pasini. Depois da Operação Curupira, ação que desbaratou quadrilhas que falsificavam Autorizações para Transporte de Produto Florestal (ATPFs), em junho, o setor projeta que 70% das 1,8 mil empresas existentes no Estado tenham fechado as portas em 2005.

A morosidade na aprovação de novos projetos de manejo e exploração de madeira, como a demora na emissão das ATPFs, são as causas da crise madeireira. Vinte dias após a Operação, madeireiros anunciavam que em 60 dias muitas indústrias estariam com as atividades encerradas. Em julho, a massa de demitidos pelo setor somava 6 mil pessoas e em meados de setembro os estoques de matéria-prima chegaram ao fim para muitas indústrias.

Depois de perder o segundo lugar na pauta das exportações mato-grossenses para o complexo carnes, com sucessivos recuos no balanço mensal das vendas, o complexo madeira (madeira bruta, perfilada, serrada, objetos e móveis), apresentou crescimento de 23,84% de janeiro e abril deste ano em relação a igual período de 2004. Entre janeiro a junho o crescimento caiu para 13,54% e para 6,56% nos primeiros sete meses do ano. Sem o fechamento das vendas externas estaduais em dezembro, as projeções apontam para um crescimento negativo no complexo madeira.

Fonte: Diário de Cuiabá

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