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(GERAL)
O selo verde no Amazonas
O Amazonas recebeu, no período de 7 a 9 de dezembro, 320 dos maiores especialistas do mundo em certificação florestal. Estes especialistas, representando cerca de 66 países, vieram para participar da IV Assembléia do Conselho de Manejo Florestal, cuja sigla em inglês é FSC. O selo verde dado por instituições certificadoras credenciadas pelo FSC é o mais respeitado em todo o mundo. É um certificado voluntário que atesta, com base em auditorias de campo, que uma floresta está sendo bem manejada do ponto de vista social, ambiental e econômico. No Brasil existem cerca de 3,57 milhões hectares de florestas certificadas, sendo 1,27 milhões de hectares na Amazônia.
O Amazonas foi pioneiro no selo verde florestal no Brasil. A Mil Madeireira, de Itacoatiara, foi a primeira empresa do Brasil a receber o selo do FSC. A Oficina Escola de Lutheria de Manaus foi a primeira oficina escola a receber o selo verde. Em 2003 foi certificada a Oficina Escola de Marcenaria da Associação dos Moveleiros de Itacoatiara. Em 2005, foram certificadas a primeira unidade de produção de couro vegetal à base de borracha natural do mundo, em Boca do Acre e a primeira floresta produtora de óleo de buriti, em Presidente Figueiredo. Também em 2005 foi certificada a primeira comunidade produtora de madeira do Amazonas, em Boa Vista do Ramos.
Se no passado a certificação era vista com reticências pelos órgãos governamentais, hoje ela é uma das ações estratégicas do Programa Zona Franca Verde, seguindo determinação do Governador Eduardo Braga. Com o selo verde, o produtor tem maior facilidade na comercialização dos seus produtos e recebe aumentos de preços que chegam a ultrapassar 50% sobre o valor de mercado. Além disso, existem muitos outros benefícios sociais e ambientais da certificação florestal. As áreas certificadas têm que adotar critérios ambientais mais rígidos do que o exigido pela legislação ambiental.
No campo social, as empresas têm que cumprir a legislação trabalhista, gerar benefícios para as comunidades locais e os trabalhadores têm que utilizar equipamentos de segurança. Isso raramente era encontrado no setor florestal. A certificação, com seus benefícios econômicos, estimula os produtores a investir na melhoria da qualidade socioambiental dos seus sistemas de produção.
O Governo do Amazonas sentiu-se orgulhoso em ser anfitrião de um evento internacional de tamanha importância. Afinal, foi a primeira vez que uma Assembléia do FSC - que ocorre a cada 3 anos - foi realizada fora de sua sede. O Amazonas está se tornando um centro de referência nacional e internacional para temas relacionados ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Durante o evento do FSC, a SDS anunciou uma inovação: os relatórios técnicos de instituições certificadoras poderão ter os seus laudos técnicos considerados como subsídio para o licenciamento pelo IPAAM. Isso representa um enorme avanço no sentido de dar mais transparência, credibilidade e rapidez no licenciamento florestal. Esperamos, com isso, atrair mais investimentos para o setor florestal, gerando mais emprego e renda e desestimulando o desmatamento. Em breve, estaremos certificando um novo sistema da AFLORAM que vai permitir aos ribeirinhos do Juruá, Solimões, Purus, Madeira e Baixo Amazonas acessarem o atraente mercado dos produtos certificados. Ganhará com isso a população das cidades do interior e de Manaus, que estão recebendo novas fábricas para o beneficiamento de produtos florestais certificados. São conquistas importantes. Mas ainda há muito trabalho pela frente.
Fonte: Diário do Amazonas
O Amazonas foi pioneiro no selo verde florestal no Brasil. A Mil Madeireira, de Itacoatiara, foi a primeira empresa do Brasil a receber o selo do FSC. A Oficina Escola de Lutheria de Manaus foi a primeira oficina escola a receber o selo verde. Em 2003 foi certificada a Oficina Escola de Marcenaria da Associação dos Moveleiros de Itacoatiara. Em 2005, foram certificadas a primeira unidade de produção de couro vegetal à base de borracha natural do mundo, em Boca do Acre e a primeira floresta produtora de óleo de buriti, em Presidente Figueiredo. Também em 2005 foi certificada a primeira comunidade produtora de madeira do Amazonas, em Boa Vista do Ramos.
Se no passado a certificação era vista com reticências pelos órgãos governamentais, hoje ela é uma das ações estratégicas do Programa Zona Franca Verde, seguindo determinação do Governador Eduardo Braga. Com o selo verde, o produtor tem maior facilidade na comercialização dos seus produtos e recebe aumentos de preços que chegam a ultrapassar 50% sobre o valor de mercado. Além disso, existem muitos outros benefícios sociais e ambientais da certificação florestal. As áreas certificadas têm que adotar critérios ambientais mais rígidos do que o exigido pela legislação ambiental.
No campo social, as empresas têm que cumprir a legislação trabalhista, gerar benefícios para as comunidades locais e os trabalhadores têm que utilizar equipamentos de segurança. Isso raramente era encontrado no setor florestal. A certificação, com seus benefícios econômicos, estimula os produtores a investir na melhoria da qualidade socioambiental dos seus sistemas de produção.
O Governo do Amazonas sentiu-se orgulhoso em ser anfitrião de um evento internacional de tamanha importância. Afinal, foi a primeira vez que uma Assembléia do FSC - que ocorre a cada 3 anos - foi realizada fora de sua sede. O Amazonas está se tornando um centro de referência nacional e internacional para temas relacionados ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Durante o evento do FSC, a SDS anunciou uma inovação: os relatórios técnicos de instituições certificadoras poderão ter os seus laudos técnicos considerados como subsídio para o licenciamento pelo IPAAM. Isso representa um enorme avanço no sentido de dar mais transparência, credibilidade e rapidez no licenciamento florestal. Esperamos, com isso, atrair mais investimentos para o setor florestal, gerando mais emprego e renda e desestimulando o desmatamento. Em breve, estaremos certificando um novo sistema da AFLORAM que vai permitir aos ribeirinhos do Juruá, Solimões, Purus, Madeira e Baixo Amazonas acessarem o atraente mercado dos produtos certificados. Ganhará com isso a população das cidades do interior e de Manaus, que estão recebendo novas fábricas para o beneficiamento de produtos florestais certificados. São conquistas importantes. Mas ainda há muito trabalho pela frente.
Fonte: Diário do Amazonas
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