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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Ecoresort une esportes, educação ambiental e construções sustentáveis.
Alphavillage trabalha com conceitos ecologicamente corretos até na infraestrutura dos chalés, inaugurados neste mês de agosto.
Em meio à proliferação de operadoras e pousadas, que trabalham com destinos de turismo de aventura e ecoturismo no Brasil, algumas se destacam pela preocupação com conceitos e posturas ecologicamente corretas em infra-estrutura e nos serviços menos evidentes para o público. Um desses casos é o do ecoresort Alphavillage, que ocupa 70 hectares no município de Itu, a 75 km de São Paulo.
Inaugurado em maio último para atividade diárias, o empreendimento acaba de abrir os sete chalés – todos construídos de forma sustentável, com madeira certificada – para fins de semana e eventos.
A propriedade, adquirida há 9 anos, é objeto de um intenso programa de recuperação ambiental e paisagístico, do qual atualmente participam também as crianças e visitantes interessados no plantio de mudas de árvores nativas. Abriga ainda um criadouro conservacionista de aves e mamíferos apreendidos pelo Ibama, com um espaço destinado à recuperação dos animais e outro, à readaptação ao ambiente natural, quando há condições de soltura.
Algumas trilhas suspensas permitem a realização de caminhadas, com impactos ambientais reduzidos. E há estruturas adequadas para a prática do arvorismo (travessia entre plataformas instaladas nas copas das árvores), trekking (caminhadas em terrenos acidentados), tirolesa (travessia suspensa em cabo de aço, neste caso sobre um lago, com um total de 180 metros) e rapel (descida em cordas, numa encosta de pedra de 14 metros).
Selo verde
Mas o grande diferencial está nas construções, todas feitas de acordo com conceitos arquitetônicos ecologicamente corretos e madeira certificada, proveniente da Amazônia e aparelhada numa marcenaria, localizada dentro do ecoresort.
A marcenaria é da Ecolog, empresa do mesmo proprietário do Alphavillage, o engenheiro civil Fábio de Albuquerque. Além de estar em fase de obtenção do selo verde - do Forest Stewardship Council (FSC), uma das maiores certificadoras do setor madeireiro - a empresa trabalha com conceitos ambientalmente corretos em toda a cadeia de custódia, isto é, da extração das árvores, no município de Boa Vista do Abunã, em Rondônia, até o produto final.
Isso inclui treinamento de recursos humanos e beneficiamento parcial das toras ainda na comunidade extrativista, agregando valor à madeira, e, na outra ponta, envolvimento de jovens das vizinhanças do ecoresort em cursos profissionalizantes, no trabalho de marcenaria. As peças produzidas foram utilizadas nos chalés, agora inaugurados, que funcionam como uma espécie de showroom para os interessados.
“O aproveitamento da madeira é o melhor possível, com a racionalização dos cortes para construção – reduzindo o desperdício – e aproveitamento de retalhos para produzir pequenas peças como candelabros ou até canetas”, conta Albuquerque. “Nos chalés, a preocupação é interferir o mínimo possível no ambiente e proporcionar o máximo de conforto, então construímos sobre pilotis, o que dispensa a terraplenagem, preserva a paisagem e evita problemas comuns em casa cercadas de vegetação, como umidade e mofo”. Uma série de outros detalhes garante luz, ventilação e temperaturas internas adequadas, de modo natural, sem gastos extras de energia, além de facilitar a manutenção.
Trilhas para tatear e ouvir
Neste final de semana o ecoresort Alphavillage recebe o Grupo Terra, de São Paulo, para um programa ecoturístico diferente: 70 deficientes visuais vão percorrer as trilhas, visitar o criadouro conservacionista e praticar arvorismo, acompanhados por 60 voluntários “videntes”. O grupo existe desde outubro do ano passado e se reúne uma vez por mês – com um número sempre crescente de participantes – para passeios em áreas preservadas.
“Já fomos para a Riviera de São Lourenço, no litoral norte de São Paulo, para cidades do interior, como Jaguariúna, e sítios, como Itupeva” conta a publicitária Isabela de Abreu, uma das idealizadoras do Terra. O grupo reúne amigos de 24 a 40 anos em passeios animados, onde os “videntes” narram tudo o que vêem, identificam os sons ao longo das trilhas e orientam os deficientes visuais em relação ao que pode ser tocado. Esta será a primeira vez que eles fazem arvorismo, já testado por alguns integrantes do grupo mais corajosos, no próprio ecoresort.
Liana John
Fonte: Estadão
21/ago/03
Em meio à proliferação de operadoras e pousadas, que trabalham com destinos de turismo de aventura e ecoturismo no Brasil, algumas se destacam pela preocupação com conceitos e posturas ecologicamente corretas em infra-estrutura e nos serviços menos evidentes para o público. Um desses casos é o do ecoresort Alphavillage, que ocupa 70 hectares no município de Itu, a 75 km de São Paulo.
Inaugurado em maio último para atividade diárias, o empreendimento acaba de abrir os sete chalés – todos construídos de forma sustentável, com madeira certificada – para fins de semana e eventos.
A propriedade, adquirida há 9 anos, é objeto de um intenso programa de recuperação ambiental e paisagístico, do qual atualmente participam também as crianças e visitantes interessados no plantio de mudas de árvores nativas. Abriga ainda um criadouro conservacionista de aves e mamíferos apreendidos pelo Ibama, com um espaço destinado à recuperação dos animais e outro, à readaptação ao ambiente natural, quando há condições de soltura.
Algumas trilhas suspensas permitem a realização de caminhadas, com impactos ambientais reduzidos. E há estruturas adequadas para a prática do arvorismo (travessia entre plataformas instaladas nas copas das árvores), trekking (caminhadas em terrenos acidentados), tirolesa (travessia suspensa em cabo de aço, neste caso sobre um lago, com um total de 180 metros) e rapel (descida em cordas, numa encosta de pedra de 14 metros).
Selo verde
Mas o grande diferencial está nas construções, todas feitas de acordo com conceitos arquitetônicos ecologicamente corretos e madeira certificada, proveniente da Amazônia e aparelhada numa marcenaria, localizada dentro do ecoresort.
A marcenaria é da Ecolog, empresa do mesmo proprietário do Alphavillage, o engenheiro civil Fábio de Albuquerque. Além de estar em fase de obtenção do selo verde - do Forest Stewardship Council (FSC), uma das maiores certificadoras do setor madeireiro - a empresa trabalha com conceitos ambientalmente corretos em toda a cadeia de custódia, isto é, da extração das árvores, no município de Boa Vista do Abunã, em Rondônia, até o produto final.
Isso inclui treinamento de recursos humanos e beneficiamento parcial das toras ainda na comunidade extrativista, agregando valor à madeira, e, na outra ponta, envolvimento de jovens das vizinhanças do ecoresort em cursos profissionalizantes, no trabalho de marcenaria. As peças produzidas foram utilizadas nos chalés, agora inaugurados, que funcionam como uma espécie de showroom para os interessados.
“O aproveitamento da madeira é o melhor possível, com a racionalização dos cortes para construção – reduzindo o desperdício – e aproveitamento de retalhos para produzir pequenas peças como candelabros ou até canetas”, conta Albuquerque. “Nos chalés, a preocupação é interferir o mínimo possível no ambiente e proporcionar o máximo de conforto, então construímos sobre pilotis, o que dispensa a terraplenagem, preserva a paisagem e evita problemas comuns em casa cercadas de vegetação, como umidade e mofo”. Uma série de outros detalhes garante luz, ventilação e temperaturas internas adequadas, de modo natural, sem gastos extras de energia, além de facilitar a manutenção.
Trilhas para tatear e ouvir
Neste final de semana o ecoresort Alphavillage recebe o Grupo Terra, de São Paulo, para um programa ecoturístico diferente: 70 deficientes visuais vão percorrer as trilhas, visitar o criadouro conservacionista e praticar arvorismo, acompanhados por 60 voluntários “videntes”. O grupo existe desde outubro do ano passado e se reúne uma vez por mês – com um número sempre crescente de participantes – para passeios em áreas preservadas.
“Já fomos para a Riviera de São Lourenço, no litoral norte de São Paulo, para cidades do interior, como Jaguariúna, e sítios, como Itupeva” conta a publicitária Isabela de Abreu, uma das idealizadoras do Terra. O grupo reúne amigos de 24 a 40 anos em passeios animados, onde os “videntes” narram tudo o que vêem, identificam os sons ao longo das trilhas e orientam os deficientes visuais em relação ao que pode ser tocado. Esta será a primeira vez que eles fazem arvorismo, já testado por alguns integrantes do grupo mais corajosos, no próprio ecoresort.
Liana John
Fonte: Estadão
21/ago/03
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