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21
abr
2025
(SILVICULTURA)
A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo

Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para atividades socioeconômicas, moradias, serviços e toda a infraestrutura que isto envolve, são necessárias áreas destinadas às atividades agropecuárias, para produzir alimentos e matérias-primas, indispensáveis aos seres humanos.

Uma delas, a silvicultura, vem se mostrando uma grande aliada à manutenção e recuperação do solo. O plantio de árvores é uma atividade altamente benéfica ao solo. De acordo com o professor Leonardo Gonçalves, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, as plantações florestais, especialmente de eucalipto e pinus, contribuem para interromper processos de erosão, por exemplo. “Entre 03 e 06 meses depois do plantio, o terreno ficará coberto e a chuva não vai mais bater no terreno descoberto. A água vai infiltrar melhor. Com a presença da floresta, o escorrimento da água é mais lento. Isso faz com que o processo de erosão seja estagnado”, explica ele.

O professor comenta que, em relação à estrutura, caso o solo apresente compactações moderadas, elas serão revertidas pelo processo de crescimento radicular, que é muito profuso. “As raízes irão romper as camadas compactadas com deposição de matéria orgânica para agregar as partículas no solo, melhorando a estrutura. O solo ficará mais permeável e estruturado, permitindo melhor infiltração de água”, conta ele.

Florestas cultivadas podem ser uma solução para recuperar solos degradados. Segundo o professor, o crescimento contínuo de raízes, devido à deposição de serrapilheira, irá aumentar o teor de matéria orgânica. “Sobretudo em solos degradados. A adição de matéria orgânica é de uma tonelada e meia a duas toneladas de carbono por hectare por ano. Isso representa um sequestro alto de carbono no ambiente”, conclui o professor Leonardo.

Um levantamento feito pela empresa Canopy Remote Sensing Solutions, encomendado pela Florestar São Paulo, dá conta de que nos últimos quatro anos, o cultivo de florestas de pinus e eucalipto avançou em aproximadamente 79 mil hectares dentro do estado. Deste total, 60% aconteceu em pastagens, áreas sem manejo ou com algum nível de degradação. Entre os benefícios estão; uma significativa melhoria da qualidade do solo e forte contribuição para a regulação climática, já que o solo que antes estava exposto agora está sombreado por árvores cultivadas. 

“Estamos concluindo este estudo que trará, além destes dados recentes, diversos outros benefícios da atividade de silvicultura na economia, meio ambiente e qualidade de vida dentro do estado de São Paulo”, explica a engenheira florestal, Fernanda Abilio, diretora-executiva da Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas. O Panorama Executivo da Florestar 2025 deve ser lançado em agosto, junto com as comemorações pelos 35 anos da Florestar.

*Artigo de Davi Etelvino.________________________________________

*Davi Etelvino é Diretor na Estações Comunicação.

Fonte: https://www.maisfloresta.com.br

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