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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Madeireiras estão sem estoques no Mato Grosso
Paralisação das atividades causou cerca de 20 mil demissões e revela crescimento negativo nas exportações do setor neste ano
A situação das madeireiras da região Norte de Mato Grosso piorou nos últimos dias com a redução dos estoques e a demora na aprovação de novos projetos de manejo e desmatamento. Os madeireiros reclamam que sem madeira não há como as indústrias movimentarem suas máquinas e evitar as demissões. Estima-se que pelo menos 90% das madeireiras estão aguardando aprovação de novos projetos para refazer o cronograma de trabalho nas empresas.
“O estoque de madeira está praticamente no fim. Acredito que não temos madeira para trabalhar mais do que 30 dias”, alerta o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras de Sorriso, Chicão Bedin. Ele conta que as empresas que ainda estão trabalhando não estão utilizando mais do que 50% da capacidade instalada. “A situação é crítica e tememos por um colapso total das indústrias madeireiras de Mato Grosso neste final de ano”.
Ao todo, são cerca de duas mil empresas no Estado que estão com suas atividades praticamente engessadas. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pasini, diz que esta é a pior crise que o setor enfrenta nos últimos anos. Lembra que enquanto novos projetos não são aprovados, o estoque de madeira vai se esgotando e obrigando as indústrias a desativar máquinas e demitir mais funcionários.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras da Região Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, a situação mais crítica se concentra nos municípios de União do Sul, onde quase 90% das madeireiras estão completamente paradas. Marcelândia, Paranaíta, Vera, Cláudia, Feliz Natal, Guarantã do Norte e Apiacás também estão em situação delicada. “Nessas regiões, a paralisação chega a mais de 70%. Muitas indústrias encerraram suas atividades e outras estão operando com menos de 50% da capacidade instalada”, relata Langer.
Demissões
Sindicatos de indústrias madeireiras estimam que mais de 20 mil demissões já tenham ocorrido este ano no setor madeireiro. De acordo com as informações, mais de 70% das empresas do setor já mexeram no quadro de pessoal e a previsão é de que ocorram novos enxugamentos ainda este ano.
Segundo Langer, a situação é preocupante em todo o Estado, pois boa parte dos funcionários das madeireiras já foi demitida e não há perspectiva de novas contratações. “Muitas empresas aproveitaram este período de estagnação para dar férias coletivas aos trabalhadores. Se a crise persistir, não haverá outra solução senão dispensar mais gente”, adverte ele.
o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras de Sorriso, Chicão Bedin, diz que a situação tende a se agravar nos próximos dias caso novos projetos não sejam liberados logo. “O problema é sério e exige uma solução imediata, pois as empresas já estão trabalhando no vermelho e podem demitir novos funcionários ainda este ano.
Exportações
O setor madeireiro está em crise desde a Operação Curupira (junho) e o engessamento das políticas florestais estadual e federal contribuem para as dificuldades no cumprimento dos contratos internacionais já firmados. A queda nas exportações chegam a 70% até o mês de setembro. A madeira serrada que atingiu crescimento de 30% nas exportações antes da instalação da crise no setor, agora vem caindo gradativamente e registra índice de crescimento de 8% com tendência a queda. O setor, em geral, que já tinha alcançado crescimento médio de 25% neste ano, caiu vertiginosamente para 0,58%.
Fonte: Marcondes Maciel (Diário de Cuiabá)
A situação das madeireiras da região Norte de Mato Grosso piorou nos últimos dias com a redução dos estoques e a demora na aprovação de novos projetos de manejo e desmatamento. Os madeireiros reclamam que sem madeira não há como as indústrias movimentarem suas máquinas e evitar as demissões. Estima-se que pelo menos 90% das madeireiras estão aguardando aprovação de novos projetos para refazer o cronograma de trabalho nas empresas.
“O estoque de madeira está praticamente no fim. Acredito que não temos madeira para trabalhar mais do que 30 dias”, alerta o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras de Sorriso, Chicão Bedin. Ele conta que as empresas que ainda estão trabalhando não estão utilizando mais do que 50% da capacidade instalada. “A situação é crítica e tememos por um colapso total das indústrias madeireiras de Mato Grosso neste final de ano”.
Ao todo, são cerca de duas mil empresas no Estado que estão com suas atividades praticamente engessadas. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pasini, diz que esta é a pior crise que o setor enfrenta nos últimos anos. Lembra que enquanto novos projetos não são aprovados, o estoque de madeira vai se esgotando e obrigando as indústrias a desativar máquinas e demitir mais funcionários.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras da Região Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, a situação mais crítica se concentra nos municípios de União do Sul, onde quase 90% das madeireiras estão completamente paradas. Marcelândia, Paranaíta, Vera, Cláudia, Feliz Natal, Guarantã do Norte e Apiacás também estão em situação delicada. “Nessas regiões, a paralisação chega a mais de 70%. Muitas indústrias encerraram suas atividades e outras estão operando com menos de 50% da capacidade instalada”, relata Langer.
Demissões
Sindicatos de indústrias madeireiras estimam que mais de 20 mil demissões já tenham ocorrido este ano no setor madeireiro. De acordo com as informações, mais de 70% das empresas do setor já mexeram no quadro de pessoal e a previsão é de que ocorram novos enxugamentos ainda este ano.
Segundo Langer, a situação é preocupante em todo o Estado, pois boa parte dos funcionários das madeireiras já foi demitida e não há perspectiva de novas contratações. “Muitas empresas aproveitaram este período de estagnação para dar férias coletivas aos trabalhadores. Se a crise persistir, não haverá outra solução senão dispensar mais gente”, adverte ele.
o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras de Sorriso, Chicão Bedin, diz que a situação tende a se agravar nos próximos dias caso novos projetos não sejam liberados logo. “O problema é sério e exige uma solução imediata, pois as empresas já estão trabalhando no vermelho e podem demitir novos funcionários ainda este ano.
Exportações
O setor madeireiro está em crise desde a Operação Curupira (junho) e o engessamento das políticas florestais estadual e federal contribuem para as dificuldades no cumprimento dos contratos internacionais já firmados. A queda nas exportações chegam a 70% até o mês de setembro. A madeira serrada que atingiu crescimento de 30% nas exportações antes da instalação da crise no setor, agora vem caindo gradativamente e registra índice de crescimento de 8% com tendência a queda. O setor, em geral, que já tinha alcançado crescimento médio de 25% neste ano, caiu vertiginosamente para 0,58%.
Fonte: Marcondes Maciel (Diário de Cuiabá)
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