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A pesquisa discutiu a questão relacionada ao contexto do manejo ambiental e das políticas de conservação
Um estudo realizado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) aponta que a biodiversidade é melhor conservada em uma área contínua de floresta ou em espaços florestais fragmentados somados.
A pesquisa, publicada na revista Nature, discute a questão relacionada ao contexto do manejo ambiental e das políticas de conservação, principalmente em biomas ameaçados.
Florestas têm mais biodiversidade do que pequenos fragmentos florestais somados, diz UFLA
A pesquisa discutiu a questão relacionada ao contexto do manejo ambiental e das políticas de conservação
Um estudo realizado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) aponta que a biodiversidade é melhor conservada em uma área contínua de floresta ou em espaços florestais fragmentados somados.
A pesquisa, publicada na revista Nature, discute a questão relacionada ao contexto do manejo ambiental e das políticas de conservação, principalmente em biomas ameaçados.
O professor do Departamento de Ecologia e Conservação do Instituto de Ciências Naturais (DEC/ICN/UFLA) envolvido na pesquisa, Marcelo Passamani, ressalta que o resultado do artigo veio de uma parceria entre vários pesquisadores, liderados pelo professor da Universidade de Michigan (EUA) Thiago Gonçalves-Souza. Todos os profissionais envolvidos coletaram dados em várias áreas de pesquisa para avaliar padrões mais globais.
“No nosso caso, além de contribuir com os dados de uma das minhas orientandas de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da UFLA, que faz parte de um projeto maior chamado Hyper-Frag, avançamos em entender e interpretar os padrões mostrados nos resultados, que mostram, entre outros aspectos, que estamos perdendo parte importante da nossa biodiversidade com ações humanas de degradação do habitat”, explica.
Os pesquisadores descobriram que, em média, áreas fragmentadas tinham 13,6% menos espécies nos pontos analisados em comparação com grandes florestas contínuas. Quando considerada toda a região estudada, a perda foi de 12,1%. Isso mostra que a soma de pequenos fragmentos não mantém a mesma biodiversidade que uma área maior e intacta, contrariando a ideia de que várias áreas menores poderiam compensar a perda de uma grande floresta.
Além disso, a fragmentação também afeta os serviços ecossistêmicos. Nos fragmentos menores, o chamado efeito de borda – mudanças no ambiente na transição entre a floresta e áreas vizinhas – reduz ainda mais a diversidade. Isso acontece porque espécies mais generalistas e adaptadas a perturbações se proliferam, tornando o ecossistema mais homogêneo e menos diverso.
O estudo
A conclusão foi alcançada após a análise de 4.006 espécies de vertebrados, invertebrados e plantas mundo afora. Ao todo, essa análise foi baseada nos resultados de 37 estudos, conduzidos em 11 países espalhados pelos diferentes continentes. Durante três anos, os pesquisadores organizaram esse extenso banco de dados, que reuniu as pesquisas que analisavam as diferenças entre a biodiversidade das florestas contínuas e das fragmentadas que se mantinham dentro de uma mesma paisagem.
Os pesquisadores também levaram em conta a influência da distância entre os locais de coleta, afinal, quanto mais longe de um local de partida, mais diferentes serão as espécies. Em vez de medir a diferença na composição de espécies ao longo de todo o percurso – o que é chamado diversidade beta –, os cientistas compararam sempre os pontos mais próximos entre si e, no final, calcularam a média dessas diferenças.
*Com informações do Portal da Ciência da UFLA
Giullia Gurgel
Fonte: https://www.itatiaia.com.br/
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