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De São Paulo a Rondônia, passando por Minas Gerais, o fruto se destaca como uma alternativa para biocombustíveis sustentáveis
Um fruto de interior amarelo e casca marrom, popularmente conhecido como macaúba ou coco-de-espinho, é uma das principais apostas para a produção de biocombustíveis no Brasil.Nativa da região tropical brasileira, a macaúba tem ganhado destaque devido ao seu alto potencial para gerar biodiesel e outros produtos sustentáveis.
Como em São Paulo, Rondônia, Minas Gerais e outros estados, o cultivo do fruto está sendo incentivado para fortalecer a bioeconomia e a sustentabilidade.
Em São Paulo, por exemplo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) tem investido na produção sustentável de macaúba, promovendo a cultura como alternativa para a recuperação de áreas degradadas e marginais.
Isso porque a macaúba se adapta a diferentes tipos de solo e é capaz de gerar produtos com alto valor agregado, como biodiesel e bio-óleo.
O biodiesel é o produto da reação de gordura animal ou vegetal com álcool. Sendo que as principais matérias-primas para a produção nacional são a soja, o milho e o girassol.
Além de gerar renda, o cultivo desta nova cultura contribui para a recuperação ambiental, preservação de solos degradados e captura de carbono.
Enquanto a soja produz cerca de 500 litros de óleo vegetal por hectare, a macaúba rende aproximadamente 2.500 litros no mesmo espaço produtivo, necessitando de 5 vezes menos área plantada.
Guilherme Piai, secretário da SAA, destaca que “a palmeira pode produzir biodiesel e produtos com alto valor agregado, recuperando áreas ambientais degradadas e gerando renda local, representando uma alternativa importante para os produtores rurais paulistas.”
Por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e da CATI Sementes e Mudas, o fruto pode ser viável para pequenos e médios agricultores, ajudando a alavancar o estado de São Paulo como um polo nacional na produção de óleos vegetais com potencial de alto valor econômico e ambiental.
“A extensa rede da CATI, pode facilitar o acesso às mudas e sementes de macaúba aos produtores de todas as regiões do estado. Além de garantir preços acessíveis”, diz Marcos Augusto Junior, diretor técnico do Centro de Mudas da CATI.
Rondônia e o programa Inova Amazônia
Rondônia, por sua vez, tem se destacado no incentivo à bioeconomia por meio do programa Inova Amazônia, do Sebrae, que apoia negócios inovadores voltados para o desenvolvimento sustentável.
Uma das empresas que se beneficiaram deste programa é a Coill, uma empresa de tecnologia que usa a macaúba como matéria-prima para biocombustíveis e outros produtos ecológicos.
A empresa também tem se destacado pelo lançamento da plataforma “Guardiões da Floresta”, que conecta empresas e cidadãos interessados em apoiar a preservação ambiental da Amazônia.
Minas Gerais e o compromisso com a sustentabilidade
Segundo o Polo Sebrae Agro, em Patos de Minas, Minas Gerais, a Inocas se posiciona como uma empresa brasileira visionária no setor agroambiental. Com um firme compromisso com a sustentabilidade.
Com a missão de regenerar pelo menos 30.000 hectares de pastagens degradadas, o cultivo da macaúba é a grande aposta, usando a colaboração da agricultura familiar.
Cerca de 300 agricultores fazem parte do projeto de plantio e extrativismo, enfatizando a importância da inclusão social.
A macaúba, com seu alto rendimento de óleo por hectare, pode ser vista como uma alternativa do futuro e viável para o cultivo em áreas degradadas, permitindo não apenas a recuperação ambiental, mas também o aumento da produção de biocombustíveis.
Fabiana Bertinelli
Fonte: https://www.canalrural.com.br
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