Os dados consolidados da balança comercial do Brasil em 2024 indicam que, de janeiro a dezembro, em comparação ao mesmo período de 2023, as exportações totais diminuíram -0,8%, totalizando US$ 337,0 bilhões, enquanto as importações cresceram 9,0%, atingindo US$ 262,48 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 74,55 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O setor de madeira processada mecanicamente manteve relativa estabilidade com os Estados Unidos e a União Europeia como principais mercados. O setor enfrentou desafios significativos em 2024, incluindo gargalos logísticos e portuários, greves de autoridades envolvidas em processos de exportação e a ameaça de greves de estivadores nos EUA.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), infraestrutura inadequada e altos custos operacionais dificultaram o transporte eficiente de produtos de madeira.

O complexo cenário logístico afetou diretamente os volumes de exportação com inúmeras variáveis ​​que exigem soluções imediatas. Melhorias na infraestrutura para tornar os serviços mais eficientes desativados planejamento e investimento de médio e longo prazo.

A ABIMCI destacou que, embora tenha ocorrido uma ligeira recuperação nos volumes de exportação nos últimos meses de 2024, isso se deve principalmente à liberação de embarques acumulados, e não ao crescimento real.

As variações nos volumes exportados entre os segmentos refletiram fatores como sazonalidade, taxas de juros e desempenho do setor de construção nos principais mercados de destino, como Estados Unidos e União Europeia.

O setor permanece vigilante em relação às flutuações do mercado global e planeja estratégias para 2025 com base em dados consolidados para enfrentar os desafios estruturais e sustentar sua competitividade.

Fonte: ITTO/Remade