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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Empresas precisam saber mais sobre logística
De acordo com os especialistas ouvidos pelo jornal LogWeb, edição 44, nem todas as empresas brasileiras – notadamente as médias e pequenas – conseguem avaliar o papel da logística no seu desempenho.
O jornal entrevistou nove especialistas: Cristiano Cecatto, consultor sênior de Logística e Supply Chain Management da Qualilog Consulting; Claudirceu Batista Marra, diretor técnico da Vantine Solutions; Waldeck Lisboa Filho, professor na cadeira de Logística, Administração de Materiais e Marketing e consultor independente na área de logística; Cézar Sucupira, diretor da Cézar Sucupira Educação e Consultoria; Eduardo Banzato, vice-presidente do Instituto IMAM; Mauro Vivacqua de Chermont, sócio-gerente da Chermont Engenharia e Consultoria; Paulo Rago, diretor-presidente do CETEAL; Adelar Markoski, professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Administração, com a disciplina Logística Empresarial, na URI-RS e UNOESC-SC; Christianne Coletti Anderaus Cassis, coordenadora dos cursos tecnológicos da área de gestão da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID.
Cristiano Cecatto diz que o termo logística ainda causa grandes confusões no mercado. “Não podemos resumir logística simplesmente ao abastecimento e distribuição. Muitas outras funções estão relacionadas. Os componentes de um sistema logístico típico são: serviços ao cliente, previsão de vendas, comunicação de distribuição, controle de estoque, manuseio de materiais, processamento de pedidos, peças de reposição, seleção do local da planta e armazenagem (análise de localização), manuseio de mercadorias devolvidas, recuperação e descarte de sucata, tráfego e transporte, armazenagem e estocagem”, avalia
O consultor também destaca que o fluxo de informação é outro fator primordial para o sucesso de qualquer operação logística. A primeira atividade associada com o sistema de informação é a aquisição dos dados que vão assistir ao processo de tomada de decisão.
“Converter dados em informação, configurá-la de uma maneira útil para a tomada de decisão e estabelecer a sua interface com os métodos de suporte à decisão são considerados freqüentemente como o núcleo de um sistema de decisão.
Claudirceu Batista Marra, diretor técnico da Vantine Solutions, diz que no que se refere à distribuição de bens de consumo, as diferenças tributárias entre os estados e as “ilhas” de incentivos, verdadeiros paraísos internos, predominam sobre os custos operacionais e isto influencia a baixa valorização da da logística entre os empresários.
“A visão é que logística é à parte de instalações, quando, de fato, a logística é processo operacional de prestação de serviços, que só será eficaz se for desenvolvida sobre uma visão estratégica”, explica o consultor.
Waldeck Lisboa Filho, professor na cadeira de Logística, Administração de Materiais e Marketing e consultor independente na área de logística, atuando no Recife, PE, considera que as empresas ainda entendem que logística é despesa, e não uma necessidade de investimento.
Com isto, são conduzidas de uma forma empírica e prejudicando uma operação integrada. Pela extensão de nosso país, a divergência e a visão da logística são muito diferenciadas de região para região, levando a logística no sistema de distribuição a nível nacional a sofrer operacionalmente.
“As empresas ligadas aos ambientes de exportação/importação e aquelas que comercializam através da Internet já possuem uma boa consciência da importância da logística. As demais empresas industriais, comerciais ou de serviços também estão sofrendo as virtudes e os riscos da competição de seus pares, que fazem dos aspectos de disponibilidade, rapidez e proximidade com o cliente fatores fundamentais em suas estratégias competitivas”, diz, por sua vez, Cézar Sucupira, diretor da Cézar Sucupira Educação e Consultoria.
Já Eduardo Banzato, vice-presidente do Instituto IMAM, instrutor, consultor e diretor da IMAM Consultoria, alega que muitas empresas já tomaram consciência a respeito da importância da logística, mas é possível perceber que as estruturas organizacionais ainda não estão totalmente alinhadas aos modelos e conceitos propostos pelo Supply Chain e pela logística.
Na opinião de Mauro Vivacqua de Chermont, sócio-gerente da Chermont Engenharia e Consultoria, a consciência e o conhecimento existem na maioria das empresas médias e grandes, nos centros urbanos das capitais – no interior do país, nem tanto. Já com as empresas de porte menor, a situação é diferente.
“Tradicional revista de serviços, de circulação nacional, publicou recentemente, em página dupla central, um anúncio com o seguinte destaque: ‘Que Bagunça...!’ A peça publicitária foi contratada por seis dos maiores fabricantes de empilhadeiras instalados no país. A mensagem é dirigida à ‘grande massa de pequenas e médias empresas, que ainda não descobriram as vantagens de consolidar suas cargas, utilizando os paletes’. Mostra, correta e didaticamente, a importância de arrumar as cargas e chama a atenção para a ‘bagunça’ decorrente da falta de arrumação.”
O consultor então pergunta: por que este anúncio? E diz que a resposta está contida nele mesmo: o uso de paletes no Brasil é muito reduzido, concentrado, maciçamente, nas grandes empresas. Sem paletes - inventados em 1946 -, os fabricantes de empilhadeiras estão em apuros. Ainda é preciso insistir no beabá - tanto que outro anúncio, na mesma linha, foi publicado posteriormente.
“Porque esta situação? Encontro três respostas possíveis: consultores, fabricantes e a mídia especializada não divulgaram suficientemente os benefícios da paletização e das empilhadeiras, o ‘feijão com arroz’ da logística; os usuários ainda não compreenderam ou não se conscientizaram da importância da armazenagem e da logística; e a péssima distribuição de renda no país. A mão-de-obra brasileira, a nível operacional, é tão mal remunerada e abundante que a mecanização quase sempre é um mau negócio. A relação custo/benefício é negativa e o retorno sobre o investimento demorado”, completa Chermont.
Paulo Rago, diretor-presidente do CETEAL - Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística, também considera as empresas brasileiras conscientes da importância da logística. Pelo menos a grande maioria das empresas de grande porte. Segundo ele, as de médio e pequeno porte, na sua maioria, ainda enxergam a logística como uma atividade meramente operacional, onde apenas substituíram a palavra expedição por logística.
“Ressalto que, em alguns trabalhos realizados pelo CETEAL, encontrei muitas empresas nesta situação. O que na verdade vale destacar é que a maioria dos demandadores de serviços - clientes em todos os seus níveis - já tem consciência da importância e demanda o serviço logístico cada vez mais, e quando não percebe isto, tende a mudar de fornecedor. Acredito que, em pouco tempo, teremos uma grande disputa no mercado não mais apenas entre produtos e, sim, entre Cadeias de Suprimentos: aquele que ofertar o melhor produto com serviço agregado tende a ser o vencedor e escolhido, o que já é uma forte tendência em países mais avançados.”
Adelar Markoski, professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Administração, com a disciplina Logística Empresarial, na URI-RS e UNOESC-SC, também avalia que a logística já está sendo considerada, pela maioria das empresas, uma importante fronteira competitiva.
“Em dois produtos com as mesmas características e preço, o mais competitivo será o que chegar primeiro ao cliente com menor custo de transporte. Esta importância atribuída à logística pode ser percebida pelas parcerias entre indústrias e transportadoras e pela inovação nos equipamentos de movimentação e transporte de produtos”, diz ele.
Christianne Coletti Anderaus Cassis, coordenadora dos cursos tecnológicos da área de gestão da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, afirma, também, que a maioria das empresas reconhece a importância da logística e do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Contudo, diz ela, muitas empresas enfrentam problemas por não possuírem gerenciamento estratégico para combatê-los.
“Embora a atividade logística, somente agora, de 1995 para cá, tenha ganhado foco nas discussões empresarias no país, já vemos grande evolução dos projetos dos nossos clientes, os quais demonstram a consciência da importância de estratégia logística adequada as suas necessidades. Antes as empresas só nos delegavam algumas funções - como transporte e armazenagem -, mas hoje já pensam no gerenciamento e controle das informações em toda cadeia de suprimentos. Além disso, os operadores logísticos estão sendo cada vez mais procurados para proporcionar-lhes soluções conforme o perfil da empresa. Uma Pesquisa do Centro de Estudos Logísticos do COPPEAD-UFRJ revelou que, entre as empresas que possuem contratos com operadores logísticos, 45% desejam aumentar os serviços contratados, 48% querem manter os atuais e apenas 7% pretendem reduzir o serviço terceirizado, o que comprova o investimento na logística”, completa Miriam Korn, diretora de negócios da Movicarga.
Fonte:DLA Consultoria Empresarial/Comexnews
O jornal entrevistou nove especialistas: Cristiano Cecatto, consultor sênior de Logística e Supply Chain Management da Qualilog Consulting; Claudirceu Batista Marra, diretor técnico da Vantine Solutions; Waldeck Lisboa Filho, professor na cadeira de Logística, Administração de Materiais e Marketing e consultor independente na área de logística; Cézar Sucupira, diretor da Cézar Sucupira Educação e Consultoria; Eduardo Banzato, vice-presidente do Instituto IMAM; Mauro Vivacqua de Chermont, sócio-gerente da Chermont Engenharia e Consultoria; Paulo Rago, diretor-presidente do CETEAL; Adelar Markoski, professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Administração, com a disciplina Logística Empresarial, na URI-RS e UNOESC-SC; Christianne Coletti Anderaus Cassis, coordenadora dos cursos tecnológicos da área de gestão da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID.
Cristiano Cecatto diz que o termo logística ainda causa grandes confusões no mercado. “Não podemos resumir logística simplesmente ao abastecimento e distribuição. Muitas outras funções estão relacionadas. Os componentes de um sistema logístico típico são: serviços ao cliente, previsão de vendas, comunicação de distribuição, controle de estoque, manuseio de materiais, processamento de pedidos, peças de reposição, seleção do local da planta e armazenagem (análise de localização), manuseio de mercadorias devolvidas, recuperação e descarte de sucata, tráfego e transporte, armazenagem e estocagem”, avalia
O consultor também destaca que o fluxo de informação é outro fator primordial para o sucesso de qualquer operação logística. A primeira atividade associada com o sistema de informação é a aquisição dos dados que vão assistir ao processo de tomada de decisão.
“Converter dados em informação, configurá-la de uma maneira útil para a tomada de decisão e estabelecer a sua interface com os métodos de suporte à decisão são considerados freqüentemente como o núcleo de um sistema de decisão.
Claudirceu Batista Marra, diretor técnico da Vantine Solutions, diz que no que se refere à distribuição de bens de consumo, as diferenças tributárias entre os estados e as “ilhas” de incentivos, verdadeiros paraísos internos, predominam sobre os custos operacionais e isto influencia a baixa valorização da da logística entre os empresários.
“A visão é que logística é à parte de instalações, quando, de fato, a logística é processo operacional de prestação de serviços, que só será eficaz se for desenvolvida sobre uma visão estratégica”, explica o consultor.
Waldeck Lisboa Filho, professor na cadeira de Logística, Administração de Materiais e Marketing e consultor independente na área de logística, atuando no Recife, PE, considera que as empresas ainda entendem que logística é despesa, e não uma necessidade de investimento.
Com isto, são conduzidas de uma forma empírica e prejudicando uma operação integrada. Pela extensão de nosso país, a divergência e a visão da logística são muito diferenciadas de região para região, levando a logística no sistema de distribuição a nível nacional a sofrer operacionalmente.
“As empresas ligadas aos ambientes de exportação/importação e aquelas que comercializam através da Internet já possuem uma boa consciência da importância da logística. As demais empresas industriais, comerciais ou de serviços também estão sofrendo as virtudes e os riscos da competição de seus pares, que fazem dos aspectos de disponibilidade, rapidez e proximidade com o cliente fatores fundamentais em suas estratégias competitivas”, diz, por sua vez, Cézar Sucupira, diretor da Cézar Sucupira Educação e Consultoria.
Já Eduardo Banzato, vice-presidente do Instituto IMAM, instrutor, consultor e diretor da IMAM Consultoria, alega que muitas empresas já tomaram consciência a respeito da importância da logística, mas é possível perceber que as estruturas organizacionais ainda não estão totalmente alinhadas aos modelos e conceitos propostos pelo Supply Chain e pela logística.
Na opinião de Mauro Vivacqua de Chermont, sócio-gerente da Chermont Engenharia e Consultoria, a consciência e o conhecimento existem na maioria das empresas médias e grandes, nos centros urbanos das capitais – no interior do país, nem tanto. Já com as empresas de porte menor, a situação é diferente.
“Tradicional revista de serviços, de circulação nacional, publicou recentemente, em página dupla central, um anúncio com o seguinte destaque: ‘Que Bagunça...!’ A peça publicitária foi contratada por seis dos maiores fabricantes de empilhadeiras instalados no país. A mensagem é dirigida à ‘grande massa de pequenas e médias empresas, que ainda não descobriram as vantagens de consolidar suas cargas, utilizando os paletes’. Mostra, correta e didaticamente, a importância de arrumar as cargas e chama a atenção para a ‘bagunça’ decorrente da falta de arrumação.”
O consultor então pergunta: por que este anúncio? E diz que a resposta está contida nele mesmo: o uso de paletes no Brasil é muito reduzido, concentrado, maciçamente, nas grandes empresas. Sem paletes - inventados em 1946 -, os fabricantes de empilhadeiras estão em apuros. Ainda é preciso insistir no beabá - tanto que outro anúncio, na mesma linha, foi publicado posteriormente.
“Porque esta situação? Encontro três respostas possíveis: consultores, fabricantes e a mídia especializada não divulgaram suficientemente os benefícios da paletização e das empilhadeiras, o ‘feijão com arroz’ da logística; os usuários ainda não compreenderam ou não se conscientizaram da importância da armazenagem e da logística; e a péssima distribuição de renda no país. A mão-de-obra brasileira, a nível operacional, é tão mal remunerada e abundante que a mecanização quase sempre é um mau negócio. A relação custo/benefício é negativa e o retorno sobre o investimento demorado”, completa Chermont.
Paulo Rago, diretor-presidente do CETEAL - Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística, também considera as empresas brasileiras conscientes da importância da logística. Pelo menos a grande maioria das empresas de grande porte. Segundo ele, as de médio e pequeno porte, na sua maioria, ainda enxergam a logística como uma atividade meramente operacional, onde apenas substituíram a palavra expedição por logística.
“Ressalto que, em alguns trabalhos realizados pelo CETEAL, encontrei muitas empresas nesta situação. O que na verdade vale destacar é que a maioria dos demandadores de serviços - clientes em todos os seus níveis - já tem consciência da importância e demanda o serviço logístico cada vez mais, e quando não percebe isto, tende a mudar de fornecedor. Acredito que, em pouco tempo, teremos uma grande disputa no mercado não mais apenas entre produtos e, sim, entre Cadeias de Suprimentos: aquele que ofertar o melhor produto com serviço agregado tende a ser o vencedor e escolhido, o que já é uma forte tendência em países mais avançados.”
Adelar Markoski, professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Administração, com a disciplina Logística Empresarial, na URI-RS e UNOESC-SC, também avalia que a logística já está sendo considerada, pela maioria das empresas, uma importante fronteira competitiva.
“Em dois produtos com as mesmas características e preço, o mais competitivo será o que chegar primeiro ao cliente com menor custo de transporte. Esta importância atribuída à logística pode ser percebida pelas parcerias entre indústrias e transportadoras e pela inovação nos equipamentos de movimentação e transporte de produtos”, diz ele.
Christianne Coletti Anderaus Cassis, coordenadora dos cursos tecnológicos da área de gestão da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, afirma, também, que a maioria das empresas reconhece a importância da logística e do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Contudo, diz ela, muitas empresas enfrentam problemas por não possuírem gerenciamento estratégico para combatê-los.
“Embora a atividade logística, somente agora, de 1995 para cá, tenha ganhado foco nas discussões empresarias no país, já vemos grande evolução dos projetos dos nossos clientes, os quais demonstram a consciência da importância de estratégia logística adequada as suas necessidades. Antes as empresas só nos delegavam algumas funções - como transporte e armazenagem -, mas hoje já pensam no gerenciamento e controle das informações em toda cadeia de suprimentos. Além disso, os operadores logísticos estão sendo cada vez mais procurados para proporcionar-lhes soluções conforme o perfil da empresa. Uma Pesquisa do Centro de Estudos Logísticos do COPPEAD-UFRJ revelou que, entre as empresas que possuem contratos com operadores logísticos, 45% desejam aumentar os serviços contratados, 48% querem manter os atuais e apenas 7% pretendem reduzir o serviço terceirizado, o que comprova o investimento na logística”, completa Miriam Korn, diretora de negócios da Movicarga.
Fonte:DLA Consultoria Empresarial/Comexnews
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