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Notícias

09
out
2024
(MADEIRA E PRODUTOS)
Grupo Plantar inova e investe em eucalipto orgânico, café e cacau

Fundada em 1967 e originalmente mineira, empresa investiu R$ 25 milhões este ano em pesquisas para o desenvolvimento de novos materiais genéticos

O mineiro Grupo Plantar, fundado em  fevereiro de 1967, sempre teve como uma das premissas a inovação. Com ampla atuação no setor da silvicultura, a empresa segue diversificando e investindo em pesquisas e desenvolvimento. Entre as novidades estão o cultivo orgânico do eucalipto e também o ingresso da empresa no plantio de café e cacau. Este ano, o Grupo Plantar investiu R$ 25 milhões em pesquisas.

O diretor comercial do Grupo Plantar, Ricardo Moura, que é filho do fundador da empresa, Gualter de Moura Alves, explica que o grupo atua em todo o País. A empresa produz mudas de eucalipto e também investe em pesquisas para o desenvolvimento de novos materiais genéticos. Por ano, são produzidas 35 milhões de mudas de árvores.

“A gente tem uma parte de P&D muito grande para sempre trazer novos materiais genéticos. Nestes materiais, priorizamos a produtividade, a forma da árvore – que deve ser bem reta -, densidade e também que sejam árvores mais resistentes ao déficit hídrico”.

Plantar investe no eucalipto orgânico 

Há também um trabalho forte na parte de inteligência florestal, onde a empresa planeja desde a implantação da floresta até a parte de nutrição de solo. Hoje, na parte de P&D, a empresa está inovando, caminhando para a produção do eucalipto orgânico. A estimativa é reduzir os custos de produção.

“Estamos caminhando para a produção do eucalipto orgânico. Hoje, a Plantar produz, por exemplo, 17 famílias de bactérias e quatro insetos que são utilizados nesta produção orgânica. A visão do orgânico é para a redução do custo. Hoje, é mais barato ser orgânico, o que é uma quebra de paradigma”.

Ainda conforme Moura, o cultivo conta ainda com adubos orgânicos como, por exemplo, a rochagem, onde se usa pó de rocha para a nutrição do solo. Os resultados serão vistos daqui quatro ou cinco anos, já que a silvicultura é uma atividade de longo prazo. 

“A silvicultura está caminhando, de forma concreta, para as premissas da agricultura tropical. Os resultados na silvicultura são a longo prazo, o que a gente planta hoje, vamos colher daqui sete anos. Então, estamos acostumados a pensar no longo prazo, por isso, temos tempo para implantar todas essas técnicas que demoram um pouco mais para medir os resultados. O Grupo Plantar, hoje, está caminhando para isso e, de fato, é uma quebra de paradigma. É um novo pacote tecnológico de desenvolvimento da silvicultura tropical e Minas Gerais, que tem a maior floresta plantada do País, leva isso adiante”.

Caminhando para o cultivo orgânico, segundo Moura, a expectativa é que a produção se torne mais sustentável. Assim, haverá uma melhor qualidade de solo, uso de recursos já existentes na região e ganhos ambientais com a eliminação de produtos químicos. O resultado esperado é uma maior produtividade por área, o que é essencial para a redução de custos.

“Teremos ganhos ambientais, sociais e econômicos, que são o tripé da sustentabilidade. A nossa expectativa é chegar a uma produção praticamente 100% orgânica em sete anos”.

A madeira produzida pela Plantar é voltada para a fabricação de carvão, cavaco, para construção civil, postes de eletrificação, mourão para cercamento, entre outros. 

Diversificação

Em busca de diversificação, há investimentos voltados para o cultivo do cacau e café na região do Cerrado. “Além de cultivar o eucalipto, estamos investindo em novas áreas para o plantio de café e cacau no Cerrado. A gente entende que são duas árvores e duas culturas perenes e que têm muita sinergia com o nosso negócio, que é o eucalipto”.

O plantio do café e do cacau deve acontecer até o final do ano. A estimativa é que as primeiras colheitas ocorram em quatro anos. As áreas de café serão irrigadas e voltadas para a produção de café commodity. No caso do cacau, a produção será voltada para o mercado internacional.

“Vamos começar pequeno, mas nosso objetivo é fazer um projeto bem grande. Primeiro, tem uma curva de aprendizado que a gente não pode subestimar. A busca por inovação acontece no Grupo Plantar desde o meu pai, que foi pioneiro, sendo aluno da segunda turma de Engenharia Florestal do Brasil, lá em 1964”.
Michelle Valverde

 

Fonte: https://diariodocomercio.com.br/

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