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Notícias

25
set
2024
(MERCADO)
Exportações florestais brasileiras para Europa crescem 27 por cento no primeiro semestre de 2024

O setor alcançou US$ 1,84 bilhão em vendas, impulsionado principalmente pela celulose e pela valorização do dólar

As exportações de produtos florestais brasileiros para a Europa cresceram 27,1% no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo o relatório da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o volume de vendas atingiu US$ 1,84 bilhão, resultando em um crescimento de 14,7% no setor, com impacto direto na economia nacional.

A celulose foi o principal item exportado, registrando alta de 19% nas vendas em relação aos primeiros seis meses do ano anterior. O total de exportações de produtos florestais subiu 13,8%, enquanto as importações cresceram apenas 3%.

No setor madeireiro, as exportações permaneceram estáveis, porém o valor exportado cresceu devido à valorização do dólar. “As exportações permaneceram estáveis quando levamos em conta todos os produtos madeireiros, mas mesmo com desafios logísticos, o valor exportado chegou a R$ 164,7 milhões de acordo com informações tabuladas pela Wooflow. Ao comparar o resultado com o do ano passado, nos deparamos com um aumento de 17% no valor exportado, que foi impulsionado pela valorização do dólar”, destacou a diretora executiva do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), Renata Brito.

Os preços da madeira de Mogno Africano, uma espécie exótica e valorizada, também apresentaram elevações significativas no mercado internacional. O preço da madeira em lâmina saltou de €1.516 em julho de 2023 para €2.052 em julho de 2024. Já o produto seco ao ar livre subiu de €541 para €846 no mesmo período, enquanto a madeira seca em estufa foi de €916 para €986.

Com esse panorama favorável, o setor florestal se destaca como o quarto mais forte em exportações no agronegócio brasileiro. Renata enfatizou o potencial de crescimento do setor: “Precisamos pensar que o setor de florestas comerciais está aliado à sustentabilidade, com as mudanças climáticas e a necessidade de uma economia cada vez mais alinhada ao meio ambiente, a demanda por produtividade deve caminhar ainda mais ao lado do conceito Environmental, Social, and Governance, conhecido como ESG, que tem como um de seus princípios a economia verde. No IBF, nós atendemos a demanda da indústria por madeira e fazemos isso por meio do reflorestamento comercial, na contramão do desmatamento”.

O cenário positivo também atrai investimentos internacionais, reforçando o papel do Brasil como um importante produtor de madeira de alto valor agregado no mercado global.

Fonte: Gazeta Rural/Portal Celulose

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