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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Madeireiras cobram o governo federal.
Empresários querem apoio oficial para elevar a participação brasileira para cerca de 7% no comércio internacional. O setor brasileiro de empresas de bases florestais aguarda o segundo convite do presidente da República, Luiz Ignácio Lula das Silva, para participar do processo de retomada do crescimento econômico do País. Segundo informou ontem a este jornal o presidente executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Roberto Gava, em março deste ano, em reunião mantida por 30 empresários do setor com o presidente, no Palácio do Planalto, Lula anotou a informação dos empresários de que, apesar de toda a área geográfica disponível no Brasil e a vantagem da insolação tropical, que permite às árvores atingirem o ponto de corte na metade do tempo médio de países europeus, o Brasil participa de apenas 1% do comércio mundial de madeira. "A Finlândia, que tem 4% do nosso território, domina 7% do comércio internacional, destacou Gava.
Falta matéria-prima
Se fosse possível, com apoio oficial, elevar a participação brasileira para cerca de 7% no comércio internacional no segmento de produtos madeireiros, aumentaria dos atuais US$ 11 bilhões anuais para pelo menos US$ 35 bilhões. Nas projeções da Apre, que congrega 40 indústrias madeireiras, os 2 milhões de empregos atuais aumentariam para 4,5 milhões. "O nosso setor, que além de plantio, engloba os setores de fabricação de móveis, papéis, papelão e embalagens, entre outros, gera um emprego com investimentos de apenas US$ 2 mil, contra a média de US$ 100 mil, por vaga gerada em alguns segmentos industriais. Além disso, emprega principalmente operários considerados não qualificados para as empresas com equipamentos especializadas".
Apesar da aptidão natural para participar do chamado "espetáculo do crescimento", as empresas de base florestal se preocupam com um sério problema: o chamado "apagão" florestal, que começará a incomodar já a partir do próximo ano. Esse apagão, na avaliação da Apre, será pior na região Sul. No Paraná, maior produtor nacional de papel e segundo produtor nacional de móveis, o consumo anual de madeira plantada é de 23 milhões de metros cúbicos, com exportações de US$ 600 milhões ano passado e de US$ 390 milhões no primeiro semestre deste ano.
Segundo a Apre, o consumo do setor madeireiro paranaense, cresce a uma taxa de 4% ao ano, "na contramão da recessão nacional", e necessitaria de ampliar as áreas de plantio em pelo menos 35 mil hectares anuais, mas essa renovação é de apenas 8 mil hectares/ ano. Isso significa que a floresta plantada com pinus e eucaliptos não acompanha a demanda industrial, principalmente no Sul do país e já há indústrias importando pequenas quantidades do Paraguai, para suprir a demanda. A produção de madeira serrada de pinus aumentou em 84% em uma década.
O receio do presidente da Apre é que numa segunda fase, além da compra externa de matéria-prima que poderia perfeitamente ser produzida no País, as indústrias passem a consumir internamente parte da madeira hoje exportada com algum valor agregado. Para Roberto Gava, mercado perdido no exterior dificilmente é recuperado. O Estado possui 5.212 empresas que consomem produtos gerados a partir da floresta plantada e que geram 150 mil empregos diretos.
Na avaliação do presidente da Apre, devido às restrições ambientais e as indefinições governamentais, as áreas de plantio florestal não aumentam, embora as industrias do setor já tenham detectado a existência de 1,2 milhão de hectares no estado do Paraná com vocação florestal. São áreas antigas de agricultura e campos que, segundo ele, devem ser definidas, pelo governo, como próprias ou não para a silvicultura.
Sérgio Garschagen
Fonte: Gazeta
14/ago/03
Falta matéria-prima
Se fosse possível, com apoio oficial, elevar a participação brasileira para cerca de 7% no comércio internacional no segmento de produtos madeireiros, aumentaria dos atuais US$ 11 bilhões anuais para pelo menos US$ 35 bilhões. Nas projeções da Apre, que congrega 40 indústrias madeireiras, os 2 milhões de empregos atuais aumentariam para 4,5 milhões. "O nosso setor, que além de plantio, engloba os setores de fabricação de móveis, papéis, papelão e embalagens, entre outros, gera um emprego com investimentos de apenas US$ 2 mil, contra a média de US$ 100 mil, por vaga gerada em alguns segmentos industriais. Além disso, emprega principalmente operários considerados não qualificados para as empresas com equipamentos especializadas".
Apesar da aptidão natural para participar do chamado "espetáculo do crescimento", as empresas de base florestal se preocupam com um sério problema: o chamado "apagão" florestal, que começará a incomodar já a partir do próximo ano. Esse apagão, na avaliação da Apre, será pior na região Sul. No Paraná, maior produtor nacional de papel e segundo produtor nacional de móveis, o consumo anual de madeira plantada é de 23 milhões de metros cúbicos, com exportações de US$ 600 milhões ano passado e de US$ 390 milhões no primeiro semestre deste ano.
Segundo a Apre, o consumo do setor madeireiro paranaense, cresce a uma taxa de 4% ao ano, "na contramão da recessão nacional", e necessitaria de ampliar as áreas de plantio em pelo menos 35 mil hectares anuais, mas essa renovação é de apenas 8 mil hectares/ ano. Isso significa que a floresta plantada com pinus e eucaliptos não acompanha a demanda industrial, principalmente no Sul do país e já há indústrias importando pequenas quantidades do Paraguai, para suprir a demanda. A produção de madeira serrada de pinus aumentou em 84% em uma década.
O receio do presidente da Apre é que numa segunda fase, além da compra externa de matéria-prima que poderia perfeitamente ser produzida no País, as indústrias passem a consumir internamente parte da madeira hoje exportada com algum valor agregado. Para Roberto Gava, mercado perdido no exterior dificilmente é recuperado. O Estado possui 5.212 empresas que consomem produtos gerados a partir da floresta plantada e que geram 150 mil empregos diretos.
Na avaliação do presidente da Apre, devido às restrições ambientais e as indefinições governamentais, as áreas de plantio florestal não aumentam, embora as industrias do setor já tenham detectado a existência de 1,2 milhão de hectares no estado do Paraná com vocação florestal. São áreas antigas de agricultura e campos que, segundo ele, devem ser definidas, pelo governo, como próprias ou não para a silvicultura.
Sérgio Garschagen
Fonte: Gazeta
14/ago/03
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